segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Epístolas a Filemon


"Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados." - Paulo - ( I Coríntios, 15: 51 )




Amados irmãos, bom dia!
A infinita misericórdia do Criador e o seu eterno zelo por nós nos dá a certeza que, todos fazemos parte do seu plano renovador. Ele nos quer a todos junto dele e portanto, nos dá a graça da reencarnação a fim de que, segundo nosso esforço, alcancemos nossa reforma íntima. Uns mais rápido que os outros, mas, a todos nos oferece essa graça.











“Filemon foi um cristão que viveu na Frigia no primeiro século da Era Cristã. O principal interesse da breve carta é o destino do escravo de Filemon, Onésimo. [...] Parece que esse escravo havia sido de início útil a seu senhor, mas tornara-se inútil porque, tendo considerado suas condições intoleráveis, fugira de Colossos, provavelmente levando consigo certos objetos de valor pertencentes a seu patrão. A epístola fala do que se seguiu à fuga. Tendo se dirigido para uma cidade maior, Onésimo fora detido e posto na prisão, onde encontrou Paulo. Ali o escravo foi convertido e logo se fez útil a Paulo. Ao ser libertado, o novo cristão teve de decidir o que fazer com relação aos direitos de seu senhor prejudicado. Voltar para ele era correr o risco de severa punição, pois fugir da escravidão era uma transgressão capital e Filemon teria todo direito de lhe infligir a pena que quisesse. Encorajado por Paulo, contudo, o escravo decidiu retornar e partiu para Colossos, na companhia de Tíquico, e levando essa carta de Paulo. [...] Quando a carta foi entregue, o senhor deve ter enfrentado um dilema. A violação de seus direitos de propriedade teria gerado indignação, apoiados como eram pela lei romana e o costume universal.[...] Paulo pedia ao proprietário que acolhesse seu escravo como um irmão, aceitasse a restituição do que havia perdido e o tratasse como se fosse o próprio Paulo. [...] o que estava em jogo era mais que perdão, pois Paulo parece ter pedido a Filemon não só libertasse Onésimo, mas que até o enviasse de volta a ele, Paulo, para ajudá-lo no trabalho missionário [...]. Nada se sabe sobre a história posterior dos dois personagens [...].

Emmanuel faz significativos comentários a respeito da fraterna atitude de intercessão, operada por Paulo. Enviando Onésimo a Filemon, Paulo, nas suas expressões inspiradas e felizes, recomendava ao amigo lançasse ao seu débito quanto lhe era devido pelo portador.

Afeiçoemos a exortação às nossas necessidades próprias. Em cada novo dia de luta, passamos a ser maiores devedores do Cristo. Se tudo nos corre dificilmente, é de Jesus que nos chegam as providências justas. Se tudo se desenvolve retamente, é por seu amor que utilizamos as dádivas da vida e é, em seu nome, que distribuímos esperanças e consolações. Estamos empenhados à sua inesgotável misericórdia. Somos dele e nessa circunstância reside nosso título mais alto. Por que, então, o pessimismo e o desespero, quando a calúnia ou a ingratidão nos ataquem de rijo, trazendo-nos a possibilidade de mais vasta ascensão? Se estamos totalmente empenhados ao amor infinito do Mestre, não será razoável compreendermos pelo menos alguma particularidade de nossa dívida imensa, dispondo-nos a aceitar pequenina parcela de sofrimento, em memória de seu nome, junto de nossos irmãos da Terra, que são seus tutelados igualmente? Devemos refletir que quando falamos em paz, em felicidade, em vida superior, agimos no campo da confiança, prometendo por conta do Cristo, porquanto só Ele tem para dar em abundância. Em vista disso, caso sintas que alguém se converteu em devedor de tua alma, não te entregues a preocupações inúteis, porque o Cristo é também teu credor e deves colocar os danos do caminho em sua conta divina, passando adiante.” -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos






216. Em suas novas existências conservará o Espírito traços do caráter moral de suas existências anteriores? 

“Isso pode dar-se. Mas, melhorando-se, ele muda. Pode também acontecer que sua posição social venha a ser outra. Se de senhor passa a escravo, inteiramente diversos serão os seus gostos e dificilmente o reconheceríeis. Sendo o Espírito sempre o mesmo nas diversas encarnações, podem existir certas analogias entre as suas manifestações, se bem que modificadas pelos hábitos da posição que ocupe, até que um aperfeiçoamento notável lhe haja mudado completamente o caráter, porquanto, de orgulhoso e mau, pode tornar-se humilde e bondoso, se se arrependeu.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

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