"E qual dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?" - Jesus - ( Lucas, 11: 11 )
Amados irmãos, bom dia!
Muitas vezes nos deixamos levar pelos defeitos que ainda conservamos e somente enxergamos dificuldades. Até parece que o Senhor não se importa conosco e que somos deixados à parte. Isso nada mais é que a presença do véu a nos obscurecer o entendimento, pois, em tudo devemos ter a certeza que conosco está o Senhor. Seu amor ultrapassa nosso entendimento e, se nem tudo parece a nosso favor, tenhamos a certeza que são os frutos que semeamos e que agora estamos colhendo. Revisemos nosso proceder e nossas sementes para que a próxima safra nos seja favorável.
Epístola de João
"Além do seu evangelho, João, filho de Zebedeu e irmão de Tiago
Maior, escreveu três epístolas e o livro do apocalipse.
Há muita semelhança, literária e doutrinária, entre as epístolas
e o evangelho de João, de forma que é praticamente impossível negar
a sua autoria. É verdade que a segunda e a terceira epístolas deram
lugar a certas dúvidas, cujo eco se encontra em Orígenes, Eusébio de
Cesareia e Jerônimo.
As três epístolas joaninas formam uma unidade de composição,
embora cada uma possua a sua especificidade.
A terceira epístola é provavelmente a primeira na data; procura resolver
um conflito de autoridade que surgira em uma das igrejas sob
a autoridade de João. A segunda epístola põe de sobreaviso uma ou
outra igreja particular contra a propaganda de falso doutores que
negam a realidade da encarnação. Quanto à primeira epístola, sem
dúvida a mais importante. Apresenta-se como mais uma carta
encíclica destinadas às comunidades [cristãs] da Ásia, ameaçadas
pelos dilaceramentos das primeiras heresias. João nela condensou o
essencial de sua experiência religiosa.
É quase certo que essas cartas foram escritas em Éfeso, na virada
do século I para o II, à mesma época da escritura do seu evangelho. As três Epístolas de João apresentam um ponto em comum,
relacionado aos conflitos existentes nas comunidades cristãs de Éfeso
e da Ásia Menor.
“Pode-se supor que, nas diversas comunidades joaninas, tenham
começado a aparecer grupos religiosos influenciados pelo gnosticismo.”
A influência das ideias gnósticas provocam divisões nas igrejas.
As cartas de João representam um tipo de reação a essa situação,
apelando para a necessidade de manter a mensagem cristã intocável. Gnosticismo foi um movimento histórico e religioso cristão,
fundamentado na gnose (palavra grega que significa conhecimento),
surgido nos séculos II e III, e de natureza filosófica e inspirada nas ideias do neoplatonismo e dos pitagóricos. Originou-se provavelmente
na Ásia menor a partir de pensamentos existentes na
Babilônia, Egito, Síria e Grécia. O gnosticismo combinava alguns
elementos da Astrologia e mistérios das religiões gregas, como os
mistérios de Elêusis, com as doutrinas do Cristianismo. Em seu sentido
mais abrangente, gnosticismo significa “a crença na salvação
pelo conhecimento.”
O apóstolo João enfrentou sérias dificuldades para manter a
mensagem cristã livre do intelectualismo, gnóstico e de outras ideias,
especialmente na cidade de Éfeso. “Geralmente reconhecida como a
primeira e a mais notável metrópole da província romana da Ásia,
Éfeso desempenhou um papel histórico no movimento do Cristianismo
desde a Palestina até Roma”. Do período clássico ao bizantino, Éfeso exerceu hegemonia na região
jônica. Era famosa por seus filósofos, artistas, poetas, historiadores e
retóricos. Deu nítidas contribuições para a história intelectual e religiosa
desde o período pré-socrático até os ressurgimentos filosóficos
do Império Romano mais tardio. Não admira que [...] João tenha, ao
que se conta, escrito o quarto Evangelho em Éfeso, e que tenha sido o
local de conversão de Justino Mártir, o primeiro filósofo cristão.[...] A
cidade era [também] famosa como um centro de magia e taumaturgia.
A expressão grega Ephesia grammata (letras efésias) tornou-se uma
designação genérica para toda sorte de palavras mágicas e encantações
apotropaicas [orações ou frases para afastarem influências maléficas].
A cidade atraia exorcitas judeus bem como seus equivalentes gentios,
como Apolônio de Tiana." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
225. A erraticidade é, por si só, um sinal de inferioridade
dos Espíritos?
“Não, porquanto há Espíritos errantes de todos os
graus. A encarnação é um estado transitório, já o dissemos.
O Espírito se acha no seu estado normal, quando
liberto da matéria.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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