"Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós." - Jesus - ( João, 20: 21 )
Amados irmãos, bom dia!
Que alegria poderia ser maior que a de seguir os passos do nosso Mestre Jesus? Porém, como espíritos imperfeitos e ignorantes que ainda somos, talvez seja um enorme fardo, afinal, ele não veio para ser sucesso, celebridade e coisas afins; veio ao serviço, para estar ao lado dos mais necessitados e até ser pregado numa cruz entre ladrões, e ainda assim, jamais deixou de nos amar. Ainda assim nos envia como seus emissários.
» Exortação à uma vida
santificada
“Portanto, cingindo os lombos do
vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que se vos
ofereceu na revelação de Jesus Cristo, como filhos obedientes, não vos
conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas,
como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa
maneira de viver. [...] Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para
caridade fraternal, não fingida, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um
coração puro [...]. Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos,
e invejas, e todas as murmurações [...]. Amados, peço-vos, como a peregrinos e
forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem
contra a alma, tendo o vosso viver honesto entre os gentios, para que, naquilo
em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da
visitação, pelas boas obras que em vós observem. [...] Honrai a todos. Amai a
fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei” (1 Pe 1:13-15; 22; 2:1;11-12; 17).
» Exortação ao amor fraternal
“E, finalmente, sede todos de
um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente
misericordiosos e afáveis, não tornando mal por mal ou injúria por injúria;
antes, pelo contrário, bendizendo, sabendo que para isto fostes chamados, para
que, por herança, alcanceis a bênção. Porque quem quer amar a vida e ver os
dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano;
aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a. Porque os olhos do Senhor
estão sobre os justos, e os seus ouvidos, atentos às suas orações; mas o rosto
do Senhor é contra os que fazem males. E qual é aquele que vos fará mal, se
fordes zelosos do bem?” (1 Pe 3:8-1).
A sublime exortação constitui
poderosa síntese das teorias de fraternidade. O entendimento e a aplicação do
“amai-vos” é a meta luminosa das lutas na Terra. [...] O amor a que se refere o
Evangelho é antes a divina disposição de servir com alegria, na execução da
Vontade do Pai, em qualquer região onde permaneçamos.
» Cuidados contra os falsos
mestres
“E também houve entre o povo
falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão
encobertadamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou,
trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas
dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade; e, por avareza,
farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo
não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita. [...] Estes são
fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão
das trevas eternamente se reserva; porque, falando coisas mui arrogantes de
vaidades, engodam com as concupiscências da carne e com dissoluções aqueles que
se estavam afastando dos que andam em erro, prometendo-lhes liberdade, sendo
eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se
também servo” (2 Pe 2:1-3; 17-19).
» A vinda do Senhor
“Amados, escrevo-vos, agora,
esta segunda carta, em ambas as quais desperto com exortação o vosso ânimo
sincero, para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos
santos profetas e do mandamento do Senhor e Salvador, mediante os vossos
apóstolos, sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores,
andando segundo as suas próprias concupiscências e dizendo: Onde está a
promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas
permanecem como desde o princípio da criação. Eles voluntariamente ignoram
isto: que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a
Terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste; pelas quais coisas
pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio. Mas os céus e a
Terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro e se
guardam para o fogo, até o Dia do Juízo e da perdição dos homens ímpios. Mas,
amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil
anos, como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm
por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam,
senão que todos venham a arrepender-se. Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão
de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos,
ardendo, se desfarão, e a Terra e as obras que nela há se queimarão. Havendo,
pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato
e piedade, aguardando e apressando-vos para a vinda do Dia de Deus, em que os
céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós,
segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova Terra, em que habita a justiça”
(2 Pe 3:1-13).
As duas epístolas de Pedro
destacam a importância de suportarmos com bom ânimo as provações e a
convivência fraterna. Para o sucesso dessa empreitada é necessário que
identifiquemos os males da vida e suas origens. O esclarecimento íntimo é inalienável tesouro dos discípulos sinceros
do Cristo. O mundo está cheio de enganos dos homens abomináveis que invadiram
os domínios da política, da ciência, da religião e ergueram criações chocantes
para os espíritos menos avisados; contam-se por milhões as almas com eles
arrebatadas às surpresas da morte e absolutamente desequilibradas nos círculos
da vida espiritual. Do cume falso de suas noções individualistas precipitam-se
em despenhadeiros apavorantes, onde perdem a firmeza e a luz. Grande número dos
imprevidentes encontram socorro justo, porquanto desconheciam a verdadeira
situação. Não se achavam devidamente informados. Os homens abomináveis
ocultavam-lhes o sentido real da vida. Semelhante benemerência, contudo, não
poderá atingir os aprendizes que conhecem, de antemão, a verdade. O aluno do
Evangelho somente se alimentará de equívocos deploráveis, se quiser. Rodopiará,
por isso mesmo, no torvelinho das sombras se nele cair voluntariamente, no
capítulo da preferência individual. O ignorante alcançará justificativa. A
vítima será libertada. O doente desprotegido receberá enfermagem e remédio. Mas
o discípulo de Jesus, bafejado pelos benefícios do Céu todos os dias, que se
rodeia de esclarecimentos e consolações, luzes e bênçãos, esse deve saber, de
antemão, quanto lhe compete realizar em serviço e vigilância e, caso aceite as
ilusões dos homens abomináveis, agirá sob a responsabilidade que lhe é própria,
entrando na partilha das aflitivas realidades que o aguardam nos planos
inferiores.” -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
224. Que é a alma no intervalo das encarnações?
“Espírito errante, que aspira a novo destino, que espera.”
a) — Quanto podem durar esses intervalos?
“Desde algumas horas até alguns milhares de séculos.
Propriamente falando, não há extremo limite estabelecido
para o estado de erraticidade, que pode prolongar-se muitíssimo,
mas que nunca é perpétuo. Cedo ou tarde, o Espírito terá que volver a uma existência apropriada a purificá-lo
das máculas de suas existências precedentes.”
b) — Essa duração depende da vontade do Espírito, ou
lhe pode ser imposta como expiação?
“É uma consequência do livre-arbítrio. Os Espíritos
sabem perfeitamente o que fazem. Mas, também, para alguns,
constitui uma punição que Deus lhes inflige. Outros
pedem que ela se prolongue, a fim de continuarem estudos
que só na condição de Espírito livre podem efetuar-se com
proveito.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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