sábado, 31 de dezembro de 2016

Bem aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus


“Então ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado;  aí, fazei preparativos.” - Jesus - ( Lucas, 22:12 ) 




Amados irmãos, bom dia!
"Aquele cenáculo mobilado, a que se referiu Jesus, é perfeito símbolo do  aposento interno da alma. O homem simplesmente terrestre mantém­-se na expectativa da morte orgânica; o homem espiritual espera o Mestre Divino, para consolidar a redenção  própria. Não abandoneis, portanto, o cenáculo da fé e, aí dentro, fazei preparativos em constante ascensão."  -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus (Mt 16:17).

"Simão Barjonas significa filho de Jonas. Assim falando, Jesus personifica o apóstolo em sua condição humana, genealógica, estabelecida nas linhas da reencarnação. Esclarece, porém, em seguida, que não foi a herança genética (“não foi carne nem sangue”) que lhe concedeu condições para identificar o Messias divino, mas, sim, a sua percepção espiritual que extrapola a matéria. Pedro demonstra possuir uma soma de recursos psíquicos úteis ao acolhimento da orientação que veio do Alto. Por certo, percebera Jesus a sensibilidade do seu valoroso cooperador, felicitando-o pelo fato de ter o apóstolo reconhecido, em plena existência física, o Governador espiritual do orbe. 

A frase: “porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus”, indica que somente quem atingiu este piso evolutivo consegue captar padrões de ordem transcendente. Entretanto, tais valores nos chegam continuamente do Alto, na forma de esclarecimentos e vibrações geradoras de segurança, equilíbrio e paz. Significa também dizer que a inspiração superior não está na dependência da “carne e sangue”, mas nos mecanismos impalpáveis da intuição e outras percepções psíquicas. 

O processo evolutivo desempenha, igualmente, o papel extraordinário de preparar a instrumentalidade humana para, no devido momento, poder assimilar com propriedade o conteúdo de ordem sublimada oriundo dos planos superiores da vida. Verificamos, então, que é na aprendizagem rotineira, desenvolvida, passo a passo, ao longo do caminho, que se enriquece a mente e fortalece o Espírito. Importa considerar que Jesus emprega o singular na expressão “Mas meu Pai” referindo-se, obviamente, ao Criador supremo. “Que está nos céus”. Não se trata, aqui, do céu religioso, tradicional, dos compêndios espirituais da retaguarda, fundamentados em interpretações teológicas e dogmáticas. Urge compreender “céus” como um estado vibracional da alma, em sua feição positiva de amor. É óbvio, que esse território está fora dos limites estreitos da matéria, mas vinculado aos meandros profundos do superconsciente. “Céus” é palavra que diz respeito ao estado de bem-aventurança. Estado em que a “[...] suprema felicidade consiste no gozo de todos os esplendores da Criação, que nenhuma linguagem humana jamais poderia descrever, que a imaginação mais fecunda não poderia conceber.”

São “céus” que se expressam no que existe de bom, de belo, de equilibrado e de harmônico, na medida em que avançamos em conhecimento e moralidade, pelo trabalho incessante. A verdadeira percepção de Deus e do reino dos Céus é atributo dos Espíritos crísticos, como Jesus. Os puros Espíritos são os messias ou mensageiros de Deus pela transmissão e execução das suas vontades. Preenchem as grandes missões, presidem à formação dos mundos e à harmonia geral do universo, tarefa gloriosa a que se não chega senão pela perfeição. Os [Espíritos] da ordem elevada são os únicos a possuírem os segredos de Deus, inspirando-se no seu pensamento, de que são diretos representantes." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






334. Há predestinação na união da alma com tal ou tal corpo, ou só à última hora é feita a escolha do corpo que ela tomará? 

“O Espírito é sempre, de antemão, designado. Tendo escolhido a prova a que queira submeter-se, pede para encarnar. Ora, Deus, que tudo sabe e vê, já antecipadamente sabia e vira que tal Espírito se uniria a tal corpo.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

E vós, quem dizeis que eu sou?


“E,  com  muitas  parábolas semelhantes,  lhes  dirigia  a  palavra, segundo o que podiam compreender.” -( Marcos, 4:33 )-





Amados irmãos, bom dia!
"Na difusão dos ensinamentos evangélicos, de quando em quando  encontramos pregadores rigorosos e exigentes. O Senhor somente ensinava aos que o  ouviam, “segundo o  que podiam compreender". Se estás em serviço do Senhor, considera os imperativos da iluminação, porque o mundo precisa de servidores cristãos e, não, de tiranos doutrinários."  -( Pão Nosso -  Chico Xavier / Emmanuel )-








Disse-lhes Ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16:15 e 16). 

Vimos no texto anterior que a multidão emite opiniões diversificadas a respeito de pessoas e acontecimentos, segundo o conhecimento que cada um possui. Relativamente, porém, a esta passagem evangélica a questão é outra. Na condição de seguidores próximos de Jesus e com Ele mais bem identificados, os discípulos deveriam estar aptos a refletir com maior clareza a efetiva posição espiritual do Mestre. Se antes, Jesus lhes testou o senso de observação quanto ao pensamento da multidão, agora revela a intenção de aferir-lhes o nível de conhecimento que possuíam a respeito dele, o Messias divino, e dos seus ensinamentos cristãos. 

A resposta proferida por Pedro à indagação de Jesus é sublime, refletindo divina inspiração. Sim! O Cristo é bem o Messias divino. A sua palavra é bem a palavra da verdade, fundada na qual a religião se torna inabalável, mas sob a condição de praticar os sublimes ensinamentos que ela contém e não de fazer do Deus justo e bom, que nela reconhecemos, um Deus faccioso, vingativo e cruel.

Iluminado por inspiração superior, Pedro age como médium perfeitamente associado às forças do bem quando reconhece, em Jesus, o Messias divino.  

Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito divino o animava. Entretanto, será que a humanidade atual apresentaria uma resposta tão pronta como a que foi dada pelo apóstolo? Possivelmente não. Certas questões ainda pairam no ar sem soluções definitivas: quem é Jesus? Como compreendê-lo, efetivamente? 

Como cristãos — devemos admitir — ainda possuímos limitações relativas a estes assuntos, que se expressam na forma de dúvidas, atavismos ou preconceitos. A despeito de os espíritas serem portadores de relativo conhecimento espiritual e endossarem a orientação existente em O livro dos espíritos de que Jesus é guia e modelo da humanidade, nem todos consideram esta questão com a devida profundidade. Presos a atavismos ou a ideias cristalizadas, oriundas de existências pretéritas, ainda cultivam uma moral periférica, de caráter utilitarista, que os mantém afastados do Cristo e dos seus ensinamentos. Neste particular, a pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Não obstante ser uma indagação formulada no plural, guarda, no tempo, uma resposta inteiramente individual. É necessário que, racional e afetivamente, aceitemos Jesus de forma transcendente. Estudando os seus ensinos, à luz do entendimento espírita, aprendemos a compreendê-lo sem misticismos, religiosidade perniciosa ou fanatismo, mas enxergando que o seu Evangelho é cartilha de vida. 

A vida moderna, com suas realidades brilhantes, vai ensinando às comunidades religiosas do Cristianismo que pregar é revelar a grandeza dos princípios de Jesus nas próprias ações diárias. O homem que se internou pelo território estranho dos discursos, sem atos correspondentes à elevação da palavra, expõe-se, cada vez mais, ao ridículo e à negação. [...] É nesse quadro obscuro do desenvolvimento intelectual da Terra que os aprendizes do Cristo são expoentes da filosofia edificante da renúncia e da bondade, revelando em suas obras isoladas a experiência divina daquele que preferiu a crucificação ao pacto com o mal.

Coube a Simão Pedro, entre os demais discípulos, veicular a resposta do Alto, demonstrando, assim, a sua desenvolvida sensibilidade mediúnica: “Tu és o Cristo, Filho de Deus vivo” reflete elevada  intuição. A resposta revela a sublimidade e a grandeza do Mestre. Por Ele, Jesus, a misericórdia e a majestade de Deus, se dinamizam no Filho, nos ajudando a compreender o Criador como Pai incansável e operante na extensão do universo. A inspiração mediúnica de Pedro nos leva a ponderar quanto à necessidade de estarmos atentos às indagações que nos chegam, e, principalmente, em saber respondê-las de forma direta e objetiva. Recordemos que como candidatos ao esforço de renovação com o Cristo, seremos testados continuamente, convocados a dar o testemunho da nossa fidelidade aos princípios que acatamos como regra de vida, tal como ocorreu aos discípulos de Jesus." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






333. Se se considerasse bastante feliz, numa condição mediana entre os Espíritos errantes e, conseguintemente, não ambicionasse elevar-se, poderia um Espírito prolongar indefinidamente esse estado? 

"Indefinidamente, não. Cedo ou tarde, o Espírito sente a necessidade de progredir. Todos têm que se elevar; esse o destino de todos.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?


“Na verdade  é já realmente uma falta entre vós terdes  demandas  uns  contra  os  outros.  Por  que  não sofreis,  antes,  a  injustiça? por que não sofreis, antes, o dano?” - Paulo - ( I Coríntios, 6:7 )




Amados irmãos, bom dia!
"Nem sempre as demandas permanecem nos tribunais judiciários, no terreno  escandaloso dos processos públicos. Expressam-­se em muito maior escala no centro dos lares e das instituições. Aprendizes inúmeros se tornam vítimas de semelhantes perturbações, por  se acastelarem nos falsos princípios regenerativos. De modo geral, grande parte prefere a atitude agressiva, de espada às mãos, esgrimindo com calor na ilusória suposição de operar o conserto do próximo. Quanto lucrará o mundo, quando o seguidor do Cristo se sentir  venturoso  em ser mero instrumento do bem nas Divinas Mãos, esquecendo o velho propósito  de ser orientador arbitrário do Serviço Celeste?" -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-  








Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? (Mt 16:13). 


"Em outras palavras: “o que falam os homens relativamente à minha pessoa?” Ambas indagações indicam processo avaliativo que, partindo-se do exame global ou coletivo, se atinge o específico ou pessoal. Em todos os instantes da vida encontramos pessoas que nos inquirem, buscando informações ou orientações. Nós mesmos, em inúmeras ocasiões, também nos questionamos. Embora o vasto conhecimento oferecido pela Doutrina Espírita, existem conceituações diferentes acerca de Jesus: há os que o ignoram e há os que o enxergam segundo as concepções do imediatismo humano. Entretanto, existem aqueles, que à semelhança de Pedro, lhe percebe a grandeza e a dimensão espiritual, atestadas nestas suas palavras: ‘‘Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou’’ (Jo 13:13). “Filho do Homem” é expressão comum no Evangelho. 

Participando da ascendência divina como filho de Deus, Ele, como “Filho do Homem”, mostra sua identificação com as faixas de aprendizado dos seres em evolução no orbe. O Filho do Homem é, portanto, o exemplo de perfeição que podemos aspirar. O homem por excelência que, amadurecendo seus potenciais, penetra nas linhas sutis de assimilação das revelações espirituais superiores. Trata-se de alguém ajustado à sintonia ideal do eterno Bem que, pela utilização dos conteúdos existentes no seu superconsciente, liga-se diretamente às fontes inesgotáveis da Vida Maior. 

É Espírito portador de evolução humana completa caracterizada pela angelitude. Dessa forma, “Filho do Homem” é aquele que nasce, cresce e se evidencia pela capacidade de transformação de si mesmo, sob a tutela amorável de Deus. 

» E eles disseram: Uns, João Batista; outros, Elias, e outros, Jeremias ou um dos profetas (Mt 16:14). 

Este texto evidencia que a ideia da reencarnação era corrente à época. Faltava, no entanto, um maior entendimento dos seus processos. Tal como acontece nos dias atuais, é significativo o número de pessoas que entende e aceita a ideia da reencarnação, mas nem sempre compreende os seus mecanismos. A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição. Só os saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso. As ideias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e de sua ligação com o corpo. Criam eles que o homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação. Com efeito, a ressurreição dá ideia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos.

A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo. [...] Se, portanto, segundo a crença deles, João Batista é Elias, o corpo de João Batista não poderia ser o de Elias, pois que João fora visto criança e seus pais eram conhecidos. João, pois, podia ser Elias reencarnado, porém, não ressuscitado.  O retorno do Espírito ao corpo, supostamente tido como morto — conhecido atualmente como fenômeno de quase morte — era denominado ressurreição. Há no Evangelho dois relatos que tratam da ressurreição: a história de Lázaro e a da filha de Jairo (respectivamente, Jo 11:1 a 46 e Lc 8:49 a 56). Nos dois casos, o Espírito já se encontrava em processo de desligamento físico, abeirando-se da morte, mas, por ainda existirem ligações perispirituais com o corpo físico, foi possível a Jesus impedir que se completasse a desencarnação." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






332. Pode o Espírito apressar ou retardar o momento da sua reencarnação? 

“Pode apressá-lo, atraindo-o por um desejo ardente. Pode igualmente distanciá-lo, recuando diante da prova, pois entre os Espíritos também há covardes e indiferentes. Nenhum, porém, assim procede impunemente, visto que sofre por isso, como aquele que recusa o remédio capaz de curá-lo.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A inspiração de Pedro


“Permaneça o amor fraternal.” - Paulo - ( Hebreus, 13:1 )




Amados irmãos, bom dia!
"As afeições familiares, os laços consanguíneos, as simpatias naturais podem ser manifestações muito  santas da alma, quando a criatura as eleva no altar do  sentimento superior, contudo, é razoável que o espírito não venha a cair sob o peso  das inclinações próprias. O equilíbrio é a posição ideal. . Os que se amam fraternalmente alegram-­se com o júbilo dos companheiros; sentem-­se felizes com a ventura que lhes visita os semelhantes. O amor fraternal, sublime e puro, representando o objetivo supremo do esforço  de compreensão, é a luz imperecível que sobreviverá no caminho eterno." -( Pão Nosso - Cjico Xavier / Emmanuel )- 










Texto evangélico 


"E, chegando Jesus às partes de Cesareia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? E eles disseram: Uns, João Batista; outros, Elias, e outros, Jeremias ou um dos profetas. Disse-lhes Ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E eu te darei as chaves do reino dos Céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus. Então, mandou aos seus discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o Cristo (Mt 16: 13-20).


Interpretação do texto evangélico 

» E, chegando Jesus às partes de Cesareia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo... (Mt 16:13). O estudo do Evangelho apresenta nuances que merecem ser destacadas. “Chegando” é a conjugação do verbo chegar no gerúndio. Trata-se de uma forma nominal do verbo, usada para exprimir uma circunstância, já que o gerúndio não está conjugado com verbos auxiliares (andar, estar, ir, vir). É importante considerar, a propósito, que Jesus sempre valorizou as circunstâncias para ensinar com acerto. Daí ser usual encontrarmos no seu Evangelho verbos flexionados no gerúndio, tais como: partindo, operando, cumprindo, falando, dirigindo, voltando, retirando etc. 

Cesareia de Filipe (ou de Filipo) era um lugar pacato e afastado, situado ao pé do Monte Hermon, norte da Palestina. Esta cidade foi ampliada e embelezada por Filipe, tetrarca de Itureia, em honra de Tibério César. Localizada na cabeceira do rio Jordão, foi assim nomeada para distinguir de outra Cesareia, a marítima. Por estar mais distante do foco político e religioso das demais cidades e povoados, Cesareia de Filipe se afigurava como um lugar ideal para as pessoas emitirem opinião sobre Jesus, falando despreocupadamente e de forma autêntica. Vemos, ainda hoje, que quando se diminui o poder das atrações exteriores, com mais naturalidade expressamos os nossos reais sentimentos e ideias. “E chegando Jesus às partes de Cesareia de Filipe” se concretiza também, na “cesareia” de nosso campo pessoal, na intimidade do nosso ser, em momentos mais tranquilos favoráveis à reflexão. 

Sob o influxo da meditação e da autoanálise, nos identificamos com Jesus. A outra frase, “interrogou os seus discípulos”, é sugestiva de que Jesus procurava aferir o nível de aprendizado desenvolvido pelos seus discípulos em relação às suas orientações e à sua pessoa, propriamente dita. O Mestre, como todos os demais benfeitores que nos tutelam com amor, acompanham de perto o nosso desenvolvimento, verificando se nós, efetivamente, estamos seguindo os seus passos. “Discípulo” significa aprendiz, mas só há mestre onde existe discípulo. Por sua vez, o verdadeiro discípulo é consciente das pró- prias carências e tem necessidade de ser guiado por um bom mestre, submetendo-se com humildade e prudência às suas orientações. 

O texto nos mostra que os discípulos devem se portar como atentos observadores do seu orientador (guia ou mestre) e dos ensinamentos que este lhes transmite como diretrizes de vida. Ao interrogá-los, Jesus deu a entender que eles deveriam se posicionar como observadores atentos. Esta é também a proposta da Doutrina Espírita quando, pela fé raciocinada, nos fornece seguros padrões de conhecimento impulsionadores da nossa melhoria espiritual, e nos concede também condições para avaliar o progresso adquirido, segundo a nossa posição evolutiva. Além disso, a fé raciocinada viabiliza condições para entender e respeitar o grau de progresso de cada criatura que nos compartilha a existência." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






331. Todos os Espíritos se preocupam com a sua reencarnação? 

“Muitos há que em tal coisa não pensam, que nem sequer a compreendem. Depende de estarem mais ou menos adiantados. Para alguns, a incerteza em que se acham do futuro que os aguarda constitui punição.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará


“Lembrai-­vos das minhas prisões.” - Paulo - ( Colossenses, 4:18 )




Amados irmãos, bom dia!
"Nas infantilidades e irreflexões costumeiras, os crentes recordam apenas a luminosa auréola dos espíritos santificados na Terra. Quantos se lembrarão de Paulo tão ­somente na glorificação? Entretanto, nesta observação aos colossenses, o grande apóstolo exorta os amigos a lhe rememorarem as prisões, como a dizer que os discípulos não devem cristalizar o pensamento na antevisão de facilidades celestes e, sim, refletir, seriamente, no trabalho justo pela posse do reino divino. A conquista da espiritualidade sublimada tem igualmente os seus caminhos. É indispensável percorrê-­los." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )- 









E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (Jo 8:32). 


"Conhecer, segundo a sentença evangélica, não se traduz como mera informação, mas assimilação de conhecimentos que favoreçam o combate às imperfeições. Passando pelas provas que Deus lhes impõe é que os Espíritos adquirem aquele conhecimento. Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa à meta que lhes foi assinada. Outros só a suportam murmurando e, pela falta em que desse modo incorrem, permanecem afastados da perfeição e da prometida felicidade.

Neste sentido nos esclarecem os orientadores da Codificação Espírita: À medida que avançam, compreendem o que os distanciavam da perfeição. Concluindo uma prova, o Espírito fica com a ciência que daí lhe veio e não a esquece. Pode permanecer estacionário, mas não retrograda.

Em relação à sentença “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”, explica Emmanuel: Muitos, em política, filosofia, ciência e religião, se afeiçoam a certos ângulos da verdade e transformam a própria vida numa trincheira  de luta desesperada, a pretexto de defendê-la, quando não passam de prisioneiros do ponto de vista. Muitos aceitam a verdade, estendem-lhe as lições, advogam-lhe a causa e proclamam-lhe os méritos, entretanto, a verdade libertadora é aquela que conhecemos na atividade incessante do eterno Bem. Penetrá-la é compreender as obrigações que nos competem. Discerni-la é renovar o próprio entendimento e converter a existência num campo de responsabilidade para com o melhor. 

Só existe verdadeira liberdade na submissão ao dever fielmente cumprido. Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida. E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes. Observa, desse modo, a tua posição diante da Luz... Quem apenas vislumbra a glória ofuscante da realidade, fala muito e age menos. Quem, todavia, lhe penetra a grandeza indefinível, age mais e fala menos." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






PRELÚDIO DA VOLTA 


330. Sabem os Espíritos em que época reencarnarão? 

“Pressentem-na, como sucede ao cego que se aproxima do fogo. Sabem que têm de retomar um corpo, como sabeis que tendes de morrer um dia, mas ignoram quando isso se dará.” 

a)— Então, a reencarnação é uma necessidade da vida espírita, como a morte o é da vida corporal? 

“Certamente; assim é.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Verdadeiramente, sereis meus discípulos


“Porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-­se a si mesmo.” - Paulo - ( Hebreus, 7:27 )




Amados irmãos, bom dia!
"As criaturas humanas vão sempre bem na casa farta, ante o  céu  azul. Entretanto, logo surjam dificuldades, ei-­las à procura de quem as substitua nos lugares de aborrecimento e dor. Muitas vezes, pagam preço  elevado pela fuga e adiam indefinidamente a experiência benéfica a que foram convidadas pela mão do  Senhor.  Nesse sentido, contudo, o Cristo forneceu  preciosa resposta aos seus tutelados do mundo. Longe de pleitear quaisquer prerrogativas, não enviou  substitutos ao  Calvário ou animais para sacrifício nos templos e, sim, abraçou, ele mesmo, a cruz pesada, imolando-­se em favor das criaturas e dando a entender que todos os discípulos serão compelidos ao testemunho próprio, no altar da própria vida." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








Verdadeiramente, sereis meus discípulos (Jo 8:31). 


O advérbio “verdadeiramente” nos conduz a novas reflexões. Está ligado ao sentido expresso pelo substantivo “verdade”, ou pelo adjetivo “verdadeiro”, como autenticidade, de conformidade com os fatos ou com a realidade. Obviamente, é oposto de tudo o que é fictício ou enganoso. A palavra sábia de Jesus é luz para o nosso Espírito que, se vivenciada, nos confere a posição de aprendizes e, ao mesmo tempo, de usufrutuários dos seus abençoados ensinos. 

O discípulo da Boa-Nova, que realmente comunga com o Mestre, antes de tudo compreende as obrigações que lhe estão afetas e rende sincero culto à lei de liberdade, ciente de que ele mesmo recolherá nas leiras do mundo o que houver semeado. Os discípulos de Jesus se esforçam para realizar algo de bom e útil na vida, segundo as suas possibilidades. Serão sempre reconhecidos por muito se amarem. 

Jesus elegeu doze apóstolos entre os seus discípulos porque apresentavam recursos e posturas diferenciadas, não obstante a existência de extraordinária unidade quanto ao exercício do amor e do trabalho em seu nome. Neste sentido, “verdadeiramente sereis meus discípulos” é mensagem inspiradora de todos os que se revelam sensibilizados pelos ensinamentos do Evangelho. São aprendizes que não temem a luta renovadora, incorporando oportunidades de melhoria espiritual, consoante o espírito renovador proposto pelo Evangelho. Guardadas as devidas proporções, esses discípulos serão chamados de novos apóstolos do Cristianismo. 

“Sereis meus discípulos” deixa de ser uma escolha pessoal do Mestre, mas do próprio indivíduo, que, frente às orientações da consciência, se entrega ao trabalho digno, caracterizado por serviços ao semelhante. O verdadeiro discípulo do Cristo percebe, então, que a despeito das próprias imperfeições, é necessário ser bom. A construção do bem comum é obra de todos. Todos necessitamos trabalhar no sentido de aprender e construir, auxiliando os companheiros esclarecidos para que se tornem cada vez mais fiéis à execução dos compromissos nobilitantes que abraçam: os valorosos para não descerem ao desânimo; os retos para que não se transviem; os fracos para que se robusteçam; os tristes para que se consolem; os caídos para que se reergam; os desequilibrados para que se recomponham; os grandes devedores para que descubram a trilha da solução aos problemas em que se oneram. Todos nós, Espíritos em evolução no Planeta, somos ainda imperfeitos, mas úteis." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






329. O instintivo respeito que, em todos os tempos e entre todos os povos, o homem consagrou e consagra aos mortos é efeito da intuição que tem da vida futura? 

“É a consequência natural dessa intuição. Se assim não fosse, nenhuma razão de ser teria esse respeito.”   




Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 25 de dezembro de 2016

Feliz Natal


"E conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará." -( João, 8, 31-32 )-




Amados irmãos, bom dia!
Nesse dia em que comemoramos o aniversário do nosso Mestre Jesus, disponibilizamos uma mensagem do nosso irmão Haroldo Dutra. Desejamos ao nosso Mestre votos de parabéns e de felicidades e nossa gratidão por ter se dedicado a nós desde sempre. Que possamos ser melhores a seus olhos, seguindo seus exemplos, pois, é para isso que fomos criados e é isso que espera de nós.
Que seja o nosso coração como uma manjedoura onde o Menino Sagrado possa renascer e ser recebido com amor e carinho.
A todos Feliz Natal!







Estudo do Livro dos Espíritos








328. O Espírito daquele que acaba de morrer assiste à reunião de seus herdeiros? 

“Quase sempre. Para seu ensinamento e castigo dos culpados, Deus permite que assim aconteça. Nessa ocasião, o Espírito julga do valor dos protestos que lhe faziam. Todos os sentimentos se lhe patenteiam e a decepção que lhe causa a rapacidade dos que entre si partilham os bens por ele deixados o esclarece acerca daqueles sentimentos. Chegará, porém, a vez dos que lhe motivam essa decepção.”




Que a graça e a paz sejam conosco! 

sábado, 24 de dezembro de 2016

Se vós permanecerdes na minha palavra


“Porque o Cristo me enviou, não para batizar, mas para  evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que  a cruz do  Cristo se não faça vã.” - Paulo - ( I Coríntios, 1:17 )




Amados irmãos, bom dia!
"Quando Jesus penetra o coração de um homem, converte-­o em testemunho  vivo do bem e manda­-o a evangelizar os seus irmãos com a própria vida e, quando  um homem alcança Jesus, não se detém, pura e simplesmente, na estação das palavras brilhantes, mas vive de acordo com o Mestre, exemplificando o trabalho e o  amor que iluminam a vida, a fim de que a glória da cruz se não faça vã." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-  








Se vós permanecerdes na minha palavra... (Jo 8:31). 

"Merece destaque, aqui, a expressão “se permanecerdes na minha palavra”, indicativa da condição de “prosseguir existindo”, de “continuar sendo” ou de “persistir”. Neste último sentido, a perseverança surge como um preceito de conduta, útil à reestruturação da vida, pois em todo processo de aprimoramento espiritual não se comportam improvisações e desgastes de qualquer natureza. Ao contrário, é durante a luta renovadora que somos convocados a fazer escolhas mais acertadas, administrar o tempo, ampliar sentimentos, desenvolver virtudes, cultivar, sobretudo, a solidariedade e prestar-se à prática da caridade, fugindo dos extremos do intelectualismo e das emoções. 

Sabemos, entretanto, que há um número significativo de pessoas que se encontra sob o embalo das oscilações espirituais, vacilando entre o “crer e o fazer”. São criaturas que, ainda que vinculadas ao Espiritismo, não conseguem administrar certas paixões inferiores por não terem o necessário domínio sobre si mesmas. A maioria dos Espíritos, caracterizada pela heterogeneidade de caracteres e temperamentos, das aspirações e propósitos, impede a compreensão integral da realidade cotidiana. Assim, há “[...] que esperar pela passagem das horas. Nos círculos do tempo, a semente, com o esforço do homem, provê o celeiro; e o carvão, com o auxílio da natureza, se converte em diamante.”

Somente conseguiremos renovar nosso psiquismo e imprimir valores edificantes à nossa alma se apreendermos o verdadeiro significado de “permanecermos na palavra do Cristo”. Receberemos, então, o atestado de maturidade espiritual, prosseguindo sem cansaço, mas com inteligência e devoção, jamais duvidando das promessas de Jesus.

Entendamos que a disciplina que deve nortear as mudanças comportamentais, para melhor, é apenas um estágio de transição e de adaptação, uma vez que a disciplina antecede a espontaneidade. É valido também considerar que não se trata, aqui, de uma simples movimentação de elementos informativos, mas de ênfase na mudança de hábitos, caracterizada por uma prática persistente. Somente “permanecendo” no plano aplicativo dos ensinos é que efetivamente progredimos." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






327. O Espírito assiste ao seu enterro? 

“Freqüentemente assiste, mas, algumas vezes, se ainda está perturbado, não percebe o que se passa.” 

a) — Lisonjeia-o a concorrência de muitas pessoas ao seu enterramento?

 “Mais ou menos, conforme o sentimento que as anima.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará


“Amai, pois, os vossos inimigos.”  - Jesus - ( Lucas, 6:35 )




Amados irmãos, bom dia!
"A afirmativa do Mestre Divino merece meditação em toda parte.  Quando o Senhor  nos aconselhou  amar  os inimigos, não exigiu  aplausos ao  que rouba ou  destrói, deliberadamente, nem mandou multiplicarmos as asas da perversidade ou da má ­fé. O Mestre, acima de tudo, preocupou-­se em preservar-­nos contra o veneno  do ódio, evitando-­nos a queda em disputas inferiores, inúteis ou desastrosas. Ama, pois, os que se mostram contrários ao teu  coração, amparando-­os fraternalmente com todas as possibilidades de socorro ao teu  alcance, convicto de que semelhante medida te livrará do calamitoso duelo do mal contra o mal." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








Texto evangélico:   


"Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (Jo 8:31-32). 

A palavra do Mestre é clara e segura. Não seremos libertados pelos aspectos da verdade ou pelas verdades provisórias de que sejamos detentores no círculo das afirmações apaixonadas a que nos inclinemos. 

Sendo assim, elucida Kardec: Que homem se pode vangloriar de a possuir integral, quando o âmbito dos conhecimentos incessantemente se alarga e todos os dias se retificam ideias? A verdade absoluta é patrimônio unicamente de Espíritos de categoria mais elevada e a humanidade terrena não poderia pretender possuí-la, porque não lhe é dado saber tudo. Ela somente pode aspirar a uma verdade relativa [parcial] e proporcionada ao seu adiantamento.


Interpretação do texto evangélico 

» Jesus dizia, pois aos judeus que criam nele... (Jo 8:31). 

A palavra “judeu” (do hebraico yehudi) apresenta conotação especial. Antes da diáspora, os judeus eram denominados representantes da tribo de Judá. Após a dispersão por todo o globo, o termo “judeu” passou a ser usado por todos os descendentes dessa etnia, no seu aspecto religioso ou identificados com ele, independente de raça ou nacionalidade. Inicialmente, o vocábulo refletia não apenas o aspecto de nacionalidade, mas também o interlocutor que possuía certos valores espirituais fornecidos pelo conhecimento da lei moisaica. Em situação oposta, conviviam os judeus com os “gentios”, isto é, qualquer pessoa que não professava o Judaísmo.  

Do ponto de vista histórico, sabemos que havia reações dos judeus aos gentios, a despeito das conexões políticas, comerciais e até mesmo relativas à práticas religiosas existentes entre eles: alguns gentios tornavam-se prosélitos (convertidos), atraídos pelas práticas do judaísmo. Não obstante as dúvidas quanto aos ensinamentos do Cristo, os judeus, referidos nessa passagem evangélica, demonstram possuir algum conhecimento espiritual e, de certa forma, depositavam fé no Mestre porque “criam nele”. Eram judeus que já não se encontravam presos à lei civil ou disciplinar de Moisés, mas à Lei de Deus formulada nos Dez Mandamentos. Estavam, pois, abertos, a novos aprendizados." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






326. Comovem a alma que volta à vida espiritual as honras que lhe prestem aos despojos mortais?

“Quando já ascendeu a certo grau de perfeição, o Espírito se acha escoimado de vaidades terrenas e compreende a futilidade de todas essas coisas. Porém, ficai sabendo, há Espíritos que, nos primeiros momentos que se seguem à sua morte material, experimentam grande prazer com as honras que lhes tributam, ou se aborrecem com o pouco caso que façam de seus envoltórios corporais. É que ainda conservam alguns dos preconceitos desse mundo.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito


“Acho  então  esta  lei  em  mim:  quando  quero  fazer  o  bem, o mal está comigo.” -  Paulo - ( Romanos, 7:21 )




Amados irmãos, bom dia!
"Os discípulos sinceros do Evangelho, à maneira de Paulo de Tarso, encontram grande conflito na própria natureza. Quase sempre são defrontados por enormes dificuldades nos testemunhos. No instante justo, quando lhes cabe revelar a presença do Divino Companheiro no  coração, eis que uma palavra, uma atitude ligeira os traem, diante da própria consciência, indicando­-lhes a continuidade das antigas fraquezas. O Senhor concede­-nos a claridade de Hoje para esquecermos as trevas de Ontem, preparando-­nos para o Amanhã, no rumo da luz imperecível." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )- 








Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito (Jo 3:5-6). 

Nós, os Nicodemos da atualidade, podemos compreender, pelos registros seguros da Doutrina Espírita, alguns detalhes a respeito da reencarnação. Passados vários séculos desse admirável colóquio, podemos dizer que muito se abriu ao entendimento dos homens. Entretanto, permanecem, ainda, sob o véu da desinformação muitos outros. Felizes são aqueles que, apesar de encobertos pelas trevas passageiras da desinformação, conseguem encontrar Jesus e com ele dialogar. 

Nesse sentido, por obra e misericórdia do Senhor, chegou até nós o Consolador prometido, representado na bênção do Espiritismo que esclarece, ensina, alivia dores e sana aflições. O “nascer da água” é a forma simbólica de dizer que a água representa o elemento material de onde o Espírito renascerá ou emergirá.

As características naturais existentes no nosso planeta determinam que os animais mamíferos, inclusive o ser humano, estejam protegidos dentro de uma bolsa (placenta) que possui líquido (amniótico) em abundância, durante o período gestacional. Por extensão, vemos que o planeta Terra tem uma aparência física nitidamente aquática, formada de três partes de água e uma parte de terra. O corpo humano é, igualmente, formado de maior percentual de água (80%). A orientação de Jesus a Nicodemos de que “o que é nascido de carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. “[...] indica claramente que só o corpo procede do corpo e que o Espírito independe deste.”

O “nascer da água”, traz, pois a ideia explícita da reencarnação, ou seja, o retorno em um novo corpo físico. O “nascer do Espírito”, tem significação mais ampla: reporta-se à capacidade de transformação ou de renovação moral e intelectual. No primeiro caso (“nascer da água”) estão evidentes os processos de concepção biológica, gestação e renascimento físico. No segundo (“nascer do Espírito”) temos as possibilidades do progresso espiritual. A reencarnação e os benefícios decorrentes indicam, também, a manifestação da justiça e misericórdia divinas, as quais não condenam o Espírito infrator ao sofrimento eterno. Trazendo em seus mecanismos, não apenas as propostas de aprendizado, mas, também os impositivos da lei de causa e efeito, a reencarnação proporciona ao Espírito devedor, na maioria das vezes, condições de refazimento do seu destino, sobretudo se há empenho, deste, em se melhorar. 

Quando se trata de remontar dos efeitos às causas, a reencarnação surge como de necessidade absoluta, como condição inerente à humanidade; numa palavra: como lei da natureza. Pelos seus resultados, ela se evidencia, de modo, por assim dizer, material, da mesma forma que o motor oculto se revela pelo movimento. Só ela pode dizer ao homem donde ele vem, para onde vai, porque está na Terra, e justificar todas as anomalias e todas as aparentes injustiças que a vida apresenta." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






325. Qual a origem do desejo que certas pessoas exprimem de ser enterradas antes num lugar do que noutro? Será que preferirão, depois de mortas, vir a tal lugar? E essa importância dada a uma coisa tão material constitui indício de inferioridade do Espírito? 

“Afeição particular do Espírito por determinados lugares; inferioridade moral. Que importa este ou aquele canto da Terra a um Espírito elevado? Não sabe ele que sua alma se reunirá às dos que lhe são caros, embora fiquem separados os seus respectivos ossos?” 

a) — Deve-se considerar futilidade a reunião dos despojos mortais de todos os membros de uma família? 

“Não; é um costume piedoso e um testemunho de simpatia que dão os que assim procedem aos que lhes foram entes queridos. Conquanto destituída de importância para os Espíritos, essa reunião é útil aos homens: mais concentradas se tornam suas recordações.”




Que a graça e a paz sejam conosco!