“E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno, nem no sábado.” - Jesus - ( Mateus, 24:20 )
Amados irmãos, bom dia!
"Razoável se torna que o trabalhador aproveite a primavera da mocidade, o
verão das forças físicas e o outono da reflexão, para a grande viagem do inferior
para o superior; entretanto, a maioria aguarda o inverno da velhice ou do sofrimento
irremediável na Terra, quando o ensejo de trabalho está findo. As possibilidades para determinada experiência jazem esgotadas. Não é o fim da vida, mas o termo de preciosa concessão. E, naturalmente, o
servidor descuidado, que deixou para sábado o trabalho que deveria executar na
segunda feira, será obrigado a recapitular a tarefa, sabe Deus quando!" -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu
coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento
e ao teu próximo como a ti mesmo (Lc 10: 27).
O Mandamento Maior ensinado por Jesus é constituído de dois preceitos:
Amar a Deus e amar ao próximo. Significa dizer «[...] que não se pode
verdadeiramente amar a Deus sem amar o próximo, nem amar o próximo
sem amar a Deus. Logo, tudo o que se faça contra o próximo o mesmo é que
fazê-lo contra Deus.
O entendimento espírita de Deus — «[...] a inteligência suprema, causa
primária [primeira] de todas as coisas», dos seus atributos e da providência
divina segue a orientação de Jesus que, ao apresentá-lo como Pai, justo e
misericordioso, ensina que não se deve temê-lo, tal como acontecia na orientação
moisaica.
Entretanto, perguntarás, como amarei a Deus que se encontra longe de mim? Cala, porém,
as tuas indagações e recorda que, se os pais e as mães do mundo vibram na experiência
dos filhos, se o artista está invisível em suas obras, também Deus permanece em suas
criaturas. Lembra que, se deves esperar por Deus onde te encontras, Deus igualmente
espera por ti em todos os ângulos do caminho. Ele é o Todo em que nos movemos e
existimos.
Por este motivo é que a assertiva “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o
teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento”
tem caráter direto e incisivo. Reflete, porém, o sentido verdadeiro
da lei de adoração, realizada em espírito e verdade, não mais por simples manifestações
de culto externo, idólatra e ritualista. Implica, igualmente, profundo
entendimento da solicitude do Pai para com todas as criaturas criadas.
Esse entendimento abrange o conhecimento de si mesmo.
Conhecer implica a pesquisa das causas.
A Causa Primária de tudo o que existe é Deus, o
Criador. Conhecer-nos significa a busca de todos os potenciais de nosso ser, compreendendo
o uso da razão e a conquista das virtudes, realizando o destino na luta permanente
pelo auto-aperfeiçoamento. Para bem dirigir esse esforço incessante de cada criatura,
o Pai Celestial enviou à Humanidade seu Filho, o Mestre por excelência de cada um, o
Cristo de Deus, que nos mostra como encontrar “o caminho, a verdade e a vida”.
Amar a Deus revela, pois, compreensão de que o «[...] amor puro é o
reflexo do Criador em todas as criaturas. Brilha em tudo e em tudo palpita na mesma vibração de sabedoria e beleza. É fundamento da vida e justiça de
toda a Lei.»
O segundo preceito, “amar ao próximo como a si mesmo” resume a Lei
de Amor, fundamentada na prática da caridade. É a regra áurea da vida.
Incontestavelmente, muitos séculos antes da vinda do Cristo já era ensinada no mundo
a Regra Áurea, trazida por embaixadores de sua sabedoria e misericórdia. Importa esclarecer,
todavia, que semelhante princípio era transmitido com maior ou menor exemplificação
de seus expositores. Diziam os gregos: “Não façais ao próximo o que não desejais
receber dele.” Afirmavam os persas: “Fazei como quereis que se vos faça.” Declaravam os
chineses: “O que não desejais para vós, não façais a outrem.” Recomendavam os egípcios:
“Deixai passar aquele que fez aos outros o que desejava para si.” Doutrinavam os hebreus:
“O que não quiserdes para vós, não desejeis para o próximo.” Insistiam os romanos: “A lei
gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo.”[...]
Com o Mestre, todavia, a Regra Áurea é a novidade divina, porque Jesus a ensinou e
exemplificou, não com virtudes parciais, mas em plenitude de trabalho, abnegação e amor,
à claridade das praças públicas, revelando-se aos olhos da Humanidade inteira. Mas, o que significa amar ao próximo como a si mesmo?
“Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros
fizessem por nós”, é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres
do homem para com o próximo. [...] A prática dessas máximas tende à destruição
do egoísmo. Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições,
os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz
e a justiça. Não mais haverá ódios, nem dissensões, mas, tão-somente, união, concórdia
e benevolência mútua." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
483. Qual a causa da insensibilidade física que se observa
em alguns convulsionários, assim como em outros
indivíduos submetidos às mais atrozes torturas?
“Em alguns é, exclusivamente, efeito do magnetismo,
que atua sobre o sistema nervoso, do mesmo modo que
certas substâncias. Em outros, a exaltação do pensamento
embota a sensibilidade. Dir-se-ia que nestes a vida se retirou
do corpo, para se concentrar toda no Espírito. Não sabeis
que, quando o Espírito está vivamente preocupado com uma
coisa, o corpo nada sente, nada vê e nada ouve?”
A exaltação fanática e o entusiasmo hão proporcionado, em
casos de suplícios, múltiplos exemplos de uma calma e de um
sangue frio que não seriam capazes de triunfar de uma dor aguda, senão admitindo-se que a sensibilidade se acha neutralizada,
como por efeito de um anestésico. Sabe-se que, no ardor da batalha,
combatentes há que não se apercebem de que estão gravemente
feridos, ao passo que, em circunstâncias ordinárias, uma
simples arranhadura os poria trêmulos.
Visto que esses fenômenos dependem de uma causa física e
da ação de certos Espíritos, lícito se torna perguntar como há
podido uma autoridade pública fazê-los cessar em alguns casos.
Simples a razão. Meramente secundária é aqui a ação dos Espíritos,
que nada mais fazem do que aproveitar-se de uma disposição natural. A autoridade não suprimiu essa disposição, mas a
causa que a entretinha e exaltava. De ativa que era, passou esta
a ser latente. E a autoridade teve razão para assim proceder, porque
do fato resultava abuso e escândalo. Sabe-se, demais, que
semelhante intervenção nenhum poder absolutamente tem,
quando a ação dos Espíritos é direta e espontânea.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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