sábado, 20 de maio de 2017

Ninguém deita remendo de pano novo em vestido velho


“E  ele, respondendo, disse: O que mete  comigo  a mão  no prato, esse me há de trair.” -( Mateus, 26:23 )-




Amados irmãos, bom dia!
"O infrator mais temível, em todas as boas obras, é sempre o  amigo  transviado, o companheiro leviano e o irmão indiferente. De modo geral, a calúnia e o erro, a defecção e o fel não partem de nossos opositores declarados, mas, sim, daqueles que se alimentam conosco, nos mesmos pratos da vida. Conserve-­se cada discípulo plenamente informado, com respeito a semelhante verdade, a fim de que saibamos imitar o Senhor, nos grandes dias." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-






Interpretação do texto evangélico:

Ninguém deita remendo de pano novo em veste velha, porque semelhante remendo rompe a veste, e faz-se maior a rotura (Mt 9: 16). 

"O significado literal desta imagem elaborada por Jesus é de fácil compreensão: é trabalho inglório remendar roupa velha, desgastada pelo tempo de uso, com remendo novo. Tal tentativa ampliará a rotura, isto é, o rasgão ou ruptura. Essa mensagem evangélica reflete profundas advertências para todos que querem afastar-se dos comportamentos infelizes e pretendem operar no bem, seguindo os ensinamentos do Cristo. Neste sentido, o Evangelho, para ser integralmente entendido e vivenciado, requer rompimento com os antigos padrões comportamentais, assimilados ao longo das experiências reencarnatórias, aqui representados pelos símbolos “veste velha” e “odres velhos”, (pronuncia-se “ôdres”).

Quem deseja implementar mudanças de comportamento, priorizando a própria melhoria espiritual, deve estar consciente que a transformação precisa ocorrer sob novas bases. É ilusão querer colocar remendo nas imperfeições, maquiando-as, ainda que existam predisposições favoráveis. Quem age assim, falseia a verdade e se colocará, cedo ou tarde, numa posição constrangedora, quando num momento de descontrole os maus comportamentos assomarem à superfície da personalidade. Faz-se, pois, necessário que se associe à vontade de mudança, uma ação persistente. Há indivíduos que se aferram à rotina, aos preconceitos sociais, às conveniências mundanas, ou por comodismo ou por orgulho. Quais odres velhos que não suportam vinho novo, tais pessoas são inacessíveis às idéias novas. 

Com pessoas dessa categoria, o trabalhador de boa vontade do Evangelho e do Espiritismo nada tem a fazer. É deixá-la entregues aos cuidados do Pai Celestial, que por meio das reencarnações em ambientes diversos, lhes modificará a atitude mental, transformando-as em odres novos, aptos a receberem o generoso vinho novo das idéias novas e progressista. 

Providências parciais, ou remendos na própria personalidade, sempre resultam frustrações, desilusões, que acabarão por trair e fazer sofrer o indivíduo quando este se vê frente a frente com a própria realidade. Assim, é importante fazer análise mais apurada destas incisivas exortações de Jesus: “ninguém deita remendo de pano novo em vestido velho”. “Nem se deita vinho novo em odres velhos”. Esta recomendação não se aplica à simples costura de roupas ou à produção de vinhos, menos ainda aos processos de renovação espiritual." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






474. Desde que não há possessão propriamente dita, isto é, coabitação de dois Espíritos no mesmo corpo, pode a alma ficar na dependência de outro Espírito, de modo a se achar subjugada ou obsidiada ao ponto de a sua vontade vir a achar-se, de certa maneira, paralisada? 

“Sem dúvida e são esses os verdadeiros possessos. Mas, é preciso saibas que essa dominação não se efetua nunca sem que aquele que a sofre o consinta, quer por sua fraqueza, quer por desejá-la. Muitos epilépticos ou loucos, que mais necessitavam de médico que de exorcismos, têm sido tomados por possessos.” 

O vocábulo possesso, na sua acepção vulgar, supõe a existência de demônios, isto é, de uma categoria de seres maus por natureza, e a coabitação de um desses seres com a alma de um indivíduo, no seu corpo. Pois que, nesse sentido, não há demônios e que dois Espíritos não podem habitar simultaneamente o mesmo corpo, não há possessos na conformidade da idéia a que esta palavra se acha associada. O termo possesso só se deve admitir como exprimindo a dependência absoluta em que uma alma pode achar-se com relação a Espíritos imperfeitos que a subjuguem.




Que a graça e a paz sejam conosco!

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