“Deixai crescer ambos juntos até à ceifa e, por ocasião
da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio e ataio em molhos para o queimar.” - Jesus - ( Mateus, 13:30 )
Amados irmãos, bom dia!
"O homem comum ainda não dispõe de visão adequada para identificar a
obra renovadora. Muitas plantas espinhosas ou estéreis são modificadas em sua
natureza essencial pelos filtros amorosos do Administrador da Seara, que usa
afeições novas, situações diferentes, estímulos inesperados ou responsabilidades
ternas que falem ao coração; entretanto, se chega a época da ceifa, depois do tempo
de expectativa e observação, fazse então necessária a eliminação do joio em
molhos. A colheita não é igual para todas as sementes da terra. Cada espécie tem o
seu dia, a sua estação. E, em vista do joio ser atado, aos molhos, uma dor nunca vem sozinha." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
Interpretação do texto evangélico:
Desde então, muitos dos seus discípulos tornaram para trás e já não
andavam com ele (Jo 6:66).
"Durante a sua missão, o Cristo enfrentou muitos obstáculos, sendo duramente
criticado e perseguido, sobretudo por representantes do clero. Nunca
se abateu ou se revelou desiludido. Entretanto, abençoou e perdoou a todos,
sem restrições.
A linguagem do Cristo sempre se afigurou a muitos aprendizes indecifrável e estranha.
[...] Muita gente escuta a Boa Nova, mas não lhe penetra os ensinamentos. Isso ocorre a
muitos seguidores do Evangelho, porque se utilizam da força mental em outros setores.
Crêem vagamente no socorro celeste, nas horas de amargura, mostrando, porém, absoluto
desinteresse ante o estudo e ante a aplicação das leis divinas. A preocupação da posse
lhes absorve a existência.
Como acontecia a alguns discípulos, à época do Cristo, nem sempre revelamos
disposição para renunciar às infindáveis requisições do mundo e seguir
Jesus. O apego a bens e a posições ainda exerce poderoso efeito sobre o nosso
Espírito. A propósito, elucida o Espírito Lacordaire: «O amor aos bens terrenos
constitui um dos mais fortes óbices ao vosso adiantamento moral e espiritual.
Pelo apego à posse de tais bens, destruís as vossas faculdades de amar, com as
aplicardes todas às coisas materiais.»
A natureza humana se revela contraditória quando, frente a frente com
o conhecimento verdadeiro, o qual eleva e engrandece o Espírito, deixa-se
consumir por dúvidas, enredando-se nas malhas de conflitos existenciais. De
um lado fica evidente o desejo de seguir o bem, de envolver-se com ele, mas,
em razão da escassez de fortaleza moral, a pessoa não consegue pôr em prática
os ditames da vontade.
Esta é causa da maioria dos processos de fuga, os que produzem recuos
perante os desafios da vida. As pessoas ficam, então, desorientadas e se deixam
levar por temores infrutíferos, agindo da forma assinalada pelo registro do
apóstolo João: “e tornam para trás”. Outros indivíduos são até corajosos, mas
preferem manter-se no nível do conhecimento teórico, sem maiores implicações
ou compromissos com a mudança de comportamento. Faz-se necessário perseverar no desenvolvimento do senso moral a fim de
que o desejo de melhoria espiritual se transforme em ações efetivas, porque,
neste contexto, o conhecimento nem sempre é suficiente.
“Já não andavam com Ele” retrata, em alguns Espíritos, o efeito do entusiasmo
passageiro, das decisões apressadas, não filtradas pelo bom senso,
e que é o oposto da fé raciocinada. Não andar com Jesus significa também
abandonar o trabalho digno, forjado na luta redentora. Vemos, assim, que no
cotidiano somos sempre defrontados com desafios que nos apontam para o
valor de aprimorar a capacidade de andar com o Cristo, até para demonstrar
a nossa fidelidade ao Pai Celestial.
Na causa de Deus, a fidelidade deve ser uma das primeiras virtudes. Onde o filho e o
pai que não desejam estabelecer, como ideal de união, a confiança integral e recíproca?
Nós não podemos duvidar da fidelidade do Nosso Pai para conosco. Sua dedicação nos
cerca os Espíritos, desde o primeiro dia. Ainda não o conhecíamos e já ele nos amava.
E, acaso, poderemos desdenhar a possibilidade da retribuição? Não seria repudiarmos o
título de filhos amorosos, o fato de nos deixarmos absorver no afastamento, favorecendo
a negação? [...] Tudo na vida tem o preço que lhe corresponde. Se vacilais receosos ante
as bênçãos do sacrifício e as alegrias do trabalho, meditai nos tributos que a fidelidade
ao mundo exige. O prazer não costuma cobrar do homem um imposto alto e doloroso?
Quanto pagarão, em flagelações íntimas, o vaidoso e o avarento? Qual o preço que o
mundo reclama ao gozador e ao mentiroso?
“Andar com Jesus” é, portanto, decisão séria, pessoal, intransferível. Se
erguida sobre o alicerce do discernimento, aprendemos a conciliar as expectativas
da vida no plano físico com as necessidades de melhoria espiritual." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
477. As fórmulas de exorcismo têm qualquer eficácia sobre
os maus Espíritos?
“Não. Estes últimos riem e se obstinam, quando vêem
alguém tomar isso a sério.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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