terça-feira, 23 de maio de 2017

Tudo na vida tem o preço que lhe corresponde


“Deixai crescer ambos juntos até à ceifa e, por ocasião  da  ceifa, direi aos  ceifeiros: Colhei primeiro o joio  e  atai­o  em  molhos para o queimar.”  - Jesus - ( Mateus, 13:30 )




Amados irmãos, bom dia!
"O homem comum ainda não dispõe de visão adequada para identificar  a obra renovadora. Muitas plantas espinhosas ou  estéreis são modificadas em sua natureza essencial pelos filtros amorosos do Administrador da Seara, que usa afeições novas, situações diferentes, estímulos inesperados ou  responsabilidades ternas que falem ao coração; entretanto, se chega a época da ceifa, depois do tempo  de expectativa e observação, faz­se então necessária a eliminação  do joio em molhos. A colheita não é igual para todas as sementes da terra. Cada espécie tem o  seu dia, a sua estação.  E, em vista do joio ser atado, aos molhos, uma dor nunca vem sozinha." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )- 








Interpretação do texto evangélico:

Desde então, muitos dos seus discípulos tornaram para trás e já não andavam com ele (Jo 6:66). 

"Durante a sua missão, o Cristo enfrentou muitos obstáculos, sendo duramente criticado e perseguido, sobretudo por representantes do clero. Nunca se abateu ou se revelou desiludido. Entretanto, abençoou e perdoou a todos, sem restrições. A linguagem do Cristo sempre se afigurou a muitos aprendizes indecifrável e estranha. [...] Muita gente escuta a Boa Nova, mas não lhe penetra os ensinamentos. Isso ocorre a muitos seguidores do Evangelho, porque se utilizam da força mental em outros setores. Crêem vagamente no socorro celeste, nas horas de amargura, mostrando, porém, absoluto desinteresse ante o estudo e ante a aplicação das leis divinas. A preocupação da posse lhes absorve a existência. 

Como acontecia a alguns discípulos, à época do Cristo, nem sempre revelamos disposição para renunciar às infindáveis requisições do mundo e seguir Jesus. O apego a bens e a posições ainda exerce poderoso efeito sobre o nosso Espírito. A propósito, elucida o Espírito Lacordaire: «O amor aos bens terrenos constitui um dos mais fortes óbices ao vosso adiantamento moral e espiritual. Pelo apego à posse de tais bens, destruís as vossas faculdades de amar, com as aplicardes todas às coisas materiais.» 

A natureza humana se revela contraditória quando, frente a frente com o conhecimento verdadeiro, o qual eleva e engrandece o Espírito, deixa-se consumir por dúvidas, enredando-se nas malhas de conflitos existenciais. De um lado fica evidente o desejo de seguir o bem, de envolver-se com ele, mas, em razão da escassez de fortaleza moral, a pessoa não consegue pôr em prática os ditames da vontade. Esta é causa da maioria dos processos de fuga, os que produzem recuos perante os desafios da vida. As pessoas ficam, então, desorientadas e se deixam levar por temores infrutíferos, agindo da forma assinalada pelo registro do apóstolo João: “e tornam para trás”. Outros indivíduos são até corajosos, mas preferem manter-se no nível do conhecimento teórico, sem maiores implicações ou compromissos com a mudança de comportamento.  Faz-se necessário perseverar no desenvolvimento do senso moral a fim de que o desejo de melhoria espiritual se transforme em ações efetivas, porque, neste contexto, o conhecimento nem sempre é suficiente. 

“Já não andavam com Ele” retrata, em alguns Espíritos, o efeito do entusiasmo passageiro, das decisões apressadas, não filtradas pelo bom senso, e que é o oposto da fé raciocinada. Não andar com Jesus significa também abandonar o trabalho digno, forjado na luta redentora. Vemos, assim, que no cotidiano somos sempre defrontados com desafios que nos apontam para o valor de aprimorar a capacidade de andar com o Cristo, até para demonstrar a nossa fidelidade ao Pai Celestial. Na causa de Deus, a fidelidade deve ser uma das primeiras virtudes. Onde o filho e o pai que não desejam estabelecer, como ideal de união, a confiança integral e recíproca? Nós não podemos duvidar da fidelidade do Nosso Pai para conosco. Sua dedicação nos cerca os Espíritos, desde o primeiro dia. Ainda não o conhecíamos e já ele nos amava. E, acaso, poderemos desdenhar a possibilidade da retribuição? Não seria repudiarmos o título de filhos amorosos, o fato de nos deixarmos absorver no afastamento, favorecendo a negação? [...] Tudo na vida tem o preço que lhe corresponde. Se vacilais receosos ante as bênçãos do sacrifício e as alegrias do trabalho, meditai nos tributos que a fidelidade ao mundo exige. O prazer não costuma cobrar do homem um imposto alto e doloroso? Quanto pagarão, em flagelações íntimas, o vaidoso e o avarento? Qual o preço que o mundo reclama ao gozador e ao mentiroso? 

“Andar com Jesus” é, portanto, decisão séria, pessoal, intransferível. Se erguida sobre o alicerce do discernimento, aprendemos a conciliar as expectativas da vida no plano físico com as necessidades de melhoria espiritual." -( FEB - EADE )- 





Estudo do Livro dos Espíritos






477. As fórmulas de exorcismo têm qualquer eficácia sobre os maus Espíritos? 

“Não. Estes últimos riem e se obstinam, quando vêem alguém tomar isso a sério.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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