“Deixai crescer ambos juntos até à ceifa e, por ocasião
da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio e ataio em molhos para o queimar.” - Jesus - ( Mateus, 13:30 )
Amados irmãos, bom dia!
"Quando Jesus recomendou o crescimento simultâneo do joio e do trigo, não
quis senão demonstrar a sublime tolerância celeste, no quadro das experiências da
vida. O Mestre nunca subtraiu as oportunidades de crescimento e santificação do
homem e, nesse sentido, o próprio mal, oriundo das paixões menos dignas, é
pacientemente examinado por seu infinito amor, sem ser destruído de pronto.
Importa considerar, portanto, que o joio não cresce por relaxamento do
Lavrador Divino, mas sim porque o otimismo do Celeste Semeador nunca perde a
esperança na vitória final do bem." -( Vinha de Luz - Chico Xavier /Emmanuel )-
"Cristo simbolizou a edificação do caráter humano por meio de uma casa
assentada sobre a rocha, uma casa de base sólida, contra a qual as tormentas e
as tempestades da vida são incapazes de destruir ou abalar. Essa lição é muito
atual, pois vivemos uma época difícil, onde os valores morais são questionados.
Nesse sentido, toda prudência é pouca, a fim de que, inadvertidamente,
venhamos a construir nossa casa sobre a areia, fácil de ruir e, em consequência,
provocar grandes sofrimentos ou ruínas a nós próprios e ao próximo.
Não se pode esquecer, também, que toda edificação de valores espirituais
eternos deve erguer-se, no dia a dia, pedra a pedra, tijolo a tijolo, unidos com
o cimento da atenção, da vigilância e da perseverança.
A construção do caráter, ou a sua melhoria, não deve restringir-se às boas
intenções, mas ao esforço disciplinado de combate às imperfeições e às más
inclinações.
A frase evangélica: “Qualquer um que vem a mim, e ouve as minhas palavras,
e as observa [...]’’ está dirigida a quem ouve com atenção, que se esforça em
entender ou assimilar a lição para, em seguida, colocá-la em prática. A vontade
de se transformar em pessoa de bem é o primeiro passo, em continuidade, é
necessário vivenciar esse propósito.
Os que vivem na certeza das promessas divinas são os que guardam a fé no poder relativo
que lhes foi confiado e, aumentando-o pelo próprio esforço, prosseguem nas edificações
definitivas, com vistas à eternidade. Os que, no entanto, permanecem desalentados quanto
às suas possibilidades, esperando em promessas humanas, dão a idéia de fragmentos
de cortiça, sem finalidade própria, ao sabor das águas, sem roteiro e sem ancoradouro.
[...]
Na esfera de cada criatura, Deus pode tudo; não dispensa, porém, a cooperação, a
vontade e a confiança do filho para realizar. Sem dúvida, a exemplificação dos ensinos do Mestre tem sido o maior
desafio enfrentado pelo cristão. «Edificar a casa de modo seguro e adequado é a
meta do progresso espiritual. Para que tal solidez seja alcançada, necessitamos
de componentes selecionados, de disposição para o trabalho, perseverança e
projeto bem definido.» As chuvas, ventos, enchentes e correntes de água, citados no texto de Mateus
e no de Lucas, representam as dificuldades, as intempéries que assolam a
existência humana, sobretudo quando o indivíduo se dispõe a melhorar. São
as provações e os desafios da vida.
Devemos considerar, porém, que há Espíritos que diante do ensino de Jesus deixam-se conduzir por uma torrente de entusiasmo contraproducente.
São criaturas boas, mas precipitadas. Querem transformar-se de um dia para
o outro, sem dispensar os devidos cuidados exigidos no processo de edificação
moral: estudo, exemplos, esforço, experiência.
Sabemos que são poucas as pessoas
que conseguem, por esforço hercúleo, mudarem rapidamente de posição
evolutiva, num reduzido espaço de tempo. Na verdade, não devemos ser excessivamente
morosos nas nossas conquistas espirituais, nem imprudentes.
Tal situação nos faz lembrar esta outra citação do Evangelho: “Pois qual de
vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos
gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de
haver posto os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem
a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar”
(Lc 14:28-30).
O Espírito Emmanuel se pronuncia a respeito do assunto.
Constitui objeto de observação singular as circunstâncias do Mestre se referir, à essa
altura dos ensinamentos evangélicos, à uma torre, quando deseja simbolizar o esforço
de elevação espiritual por parte da criatura.
A torre e a casa são construções muito diversas entre si. A primeira é fortaleza, a segunda
é habitação. A casa proporciona aconchego, a torre dilata a visão. Um homem de bem,
integrado no conhecimento espiritual e praticando-lhe os princípios sagrados está em sua
casa, edificando a torre divina da iluminação, ao mesmo tempo. Em regra vulgar, porém,
o que se observa no mundo é o número espontâneo de pessoas que nem cuidaram ainda
da construção da casa interior e já falam calorosamente sobre a torre, de que se acham
tão distantes.
Não é fácil o serviço profundo da elevação espiritual, nem é justo apenas
pintar projetos sem intenção séria de edificação própria. É indispensável refletir nas
contas, nos dias ásperos de trabalho, de autodisciplina. Para atingir o sublime desiderato,
o homem precisará gastar o patrimônio das velhas arbitrariedades e só realizará esses
gastos com o desprendimento sincero da vaidade humana e com excelente disposição
para o trabalho da elevação de si mesmo, a fim de chegar ao término, dignamente. Queres
construir uma torre de luz divina? É justo. Mas não comeces o esforço, antes de haver
edificado a própria casa íntima." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
467. Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos
que procuram arrastá-lo ao mal?
“Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que,
pelos seus desejos, os chamam, ou aos que, pelos seus
pensamentos, os atraem.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
Nenhum comentário:
Postar um comentário