sábado, 13 de maio de 2017

O serviço profundo da elevação espiritual


“Deixai crescer ambos juntos até à ceifa e, por ocasião  da  ceifa, direi aos  ceifeiros: Colhei primeiro o joio  e  atai­o  em  molhos para o queimar.”  - Jesus - ( Mateus, 13:30 )




Amados irmãos, bom dia!
"Quando Jesus recomendou o crescimento simultâneo do joio e do trigo, não  quis senão demonstrar a sublime tolerância celeste, no quadro das experiências da vida. O Mestre nunca subtraiu as oportunidades de crescimento e santificação do  homem e, nesse sentido, o próprio mal, oriundo das paixões menos dignas, é pacientemente examinado por seu infinito amor, sem ser destruído de pronto. Importa considerar, portanto, que o joio não cresce por relaxamento  do  Lavrador Divino, mas sim porque o otimismo do Celeste Semeador nunca perde a esperança na vitória final do bem." -( Vinha de Luz - Chico Xavier /Emmanuel )-








"Cristo simbolizou a edificação do caráter humano por meio de uma casa assentada sobre a rocha, uma casa de base sólida, contra a qual as tormentas e as tempestades da vida são incapazes de destruir ou abalar. Essa lição é muito atual, pois vivemos uma época difícil, onde os valores morais são questionados. Nesse sentido, toda prudência é pouca, a fim de que, inadvertidamente, venhamos a construir nossa casa sobre a areia, fácil de ruir e, em consequência, provocar grandes sofrimentos ou ruínas a nós próprios e ao próximo. Não se pode esquecer, também, que toda edificação de valores espirituais eternos deve erguer-se, no dia a dia, pedra a pedra, tijolo a tijolo, unidos com o cimento da atenção, da vigilância e da perseverança. 

A construção do caráter, ou a sua melhoria, não deve restringir-se às boas intenções, mas ao esforço disciplinado de combate às imperfeições e às más inclinações. A frase evangélica: “Qualquer um que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as observa [...]’’ está dirigida a quem ouve com atenção, que se esforça em entender ou assimilar a lição para, em seguida, colocá-la em prática. A vontade de se transformar em pessoa de bem é o primeiro passo, em continuidade, é necessário vivenciar esse propósito. Os que vivem na certeza das promessas divinas são os que guardam a fé no poder relativo que lhes foi confiado e, aumentando-o pelo próprio esforço, prosseguem nas edificações definitivas, com vistas à eternidade. Os que, no entanto, permanecem desalentados quanto às suas possibilidades, esperando em promessas humanas, dão a idéia de fragmentos de cortiça, sem finalidade própria, ao sabor das águas, sem roteiro e sem ancoradouro. [...] 

Na esfera de cada criatura, Deus pode tudo; não dispensa, porém, a cooperação, a vontade e a confiança do filho para realizar.  Sem dúvida, a exemplificação dos ensinos do Mestre tem sido o maior desafio enfrentado pelo cristão. «Edificar a casa de modo seguro e adequado é a meta do progresso espiritual. Para que tal solidez seja alcançada, necessitamos de componentes selecionados, de disposição para o trabalho, perseverança e projeto bem definido.»  As chuvas, ventos, enchentes e correntes de água, citados no texto de Mateus e no de Lucas, representam as dificuldades, as intempéries que assolam a existência humana, sobretudo quando o indivíduo se dispõe a melhorar. São as provações e os desafios da vida. Devemos considerar, porém, que há Espíritos que diante do ensino de  Jesus deixam-se conduzir por uma torrente de entusiasmo contraproducente. São criaturas boas, mas precipitadas. Querem transformar-se de um dia para o outro, sem dispensar os devidos cuidados exigidos no processo de edificação moral: estudo, exemplos, esforço, experiência. 

Sabemos que são poucas as pessoas que conseguem, por esforço hercúleo, mudarem rapidamente de posição evolutiva, num reduzido espaço de tempo. Na verdade, não devemos ser excessivamente morosos nas nossas conquistas espirituais, nem imprudentes. Tal situação nos faz lembrar esta outra citação do Evangelho: “Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar” (Lc 14:28-30). 

O Espírito Emmanuel se pronuncia a respeito do assunto. Constitui objeto de observação singular as circunstâncias do Mestre se referir, à essa altura dos ensinamentos evangélicos, à uma torre, quando deseja simbolizar o esforço de elevação espiritual por parte da criatura. A torre e a casa são construções muito diversas entre si. A primeira é fortaleza, a segunda é habitação. A casa proporciona aconchego, a torre dilata a visão. Um homem de bem, integrado no conhecimento espiritual e praticando-lhe os princípios sagrados está em sua casa, edificando a torre divina da iluminação, ao mesmo tempo. Em regra vulgar, porém, o que se observa no mundo é o número espontâneo de pessoas que nem cuidaram ainda da construção da casa interior e já falam calorosamente sobre a torre, de que se acham tão distantes. 

Não é fácil o serviço profundo da elevação espiritual, nem é justo apenas pintar projetos sem intenção séria de edificação própria. É indispensável refletir nas contas, nos dias ásperos de trabalho, de autodisciplina. Para atingir o sublime desiderato, o homem precisará gastar o patrimônio das velhas arbitrariedades e só realizará esses gastos com o desprendimento sincero da vaidade humana e com excelente disposição para o trabalho da elevação de si mesmo, a fim de chegar ao término, dignamente. Queres construir uma torre de luz divina? É justo. Mas não comeces o esforço, antes de haver edificado a própria casa íntima." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






467. Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal? 

“Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam, ou aos que, pelos seus pensamentos, os atraem.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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