“Tenho-vos dito estas coisas, para que vos não
escandalizeis.” - Jesus - ( João, 16:1 )
Amados irmãos, bom dia!
"O Mestre Divino, pois, não deixou os companheiros e continuadores
desavisados. Não oferecia a nenhum aprendiz, na Terra, a coroa de rosas sem espinhos. Prometeu-lhes luta edificante, trabalho educativo, situações retificadoras, ensejos de
iluminação, através da grandeza do sacrifício que produz elevação e do espírito de
serviço que estabelece luz e paz. É importante, desse modo, para quantos amadureceram os raciocínios na
luta terrestre, a viva recordação das advertências do Cristo, no setor da edificação
evangélica, para que se não escandalizem nos testemunhos difíceis do plano
individual." -( Vinha de |Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá,
e achará pastagens. [...] Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas
ovelhas (Jo10:9 e11).
"A porta é uma passagem situada entre dois ambientes que, no sentido do
Evangelho, expressa níveis de entendimento ou de planos evolutivos. A passagem
de um lado para o outro está intermediada pela porta, aqui claramente
representada pelo Cristo. Quer isso dizer que as oportunidades de progresso,
advindas das provações ou em razão de escolhas sensatas, são concessões que
Jesus faz aos seres humanos, em nome de Deus.
Há também outro sentido para “porta”. Pode indicar sinal de renovação
mental, ou mudanças de atitudes e de comportamentos. Devemos considerar,
porém, que nem sempre o desejo de melhoria corresponde a ações efetivas.
Quando notarmos a presença de um crente de boa palavra, mas sem o íntimo renovado,
dirigindo-se ao Mestre como um prisioneiro carregado de cadeias, estejamos certos de
que esse irmão pode estar à porta do Cristo, pela sinceridade das intenções; no entanto,
não conseguiu, ainda, a penetração no santuário de seu amor.
Encontramos muitas portas na vida: as “portas largas” que conduzem às
perturbações e às desarmonias espirituais. Da mesma forma, existem “portas
estreitas”, caracterizadas pela renúncia aos valores transitórios e às ilusões
da matéria. (Mt 7:13-14). Com o Cristo, porém, a palavra “porta” apresenta
grande significância, porque quando ele afirma “Eu sou a porta”, acrescenta,
em seguida: “se alguém entrar por mim, salvar-se-á”. Jesus é, assim, meio de
progresso moral-intelectual e salvação. É o Guia e Modelo da Humanidade. Jesus é a referência legítima do bem e da felicidade. Simbolizando-se como
porta, demonstra que a sua mensagem conduz a um patamar mais amplo, mais
elevado, fértil de valores edificantes para o Espírito.
O Cristo foi o iniciador da mais pura, da mais sublime moral, da moral evangélicocristã,
que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos; que há de
fazer brotar de todos os corações a caridade e o amor do próximo e estabelecer entre
os humanos uma solidariedade comum; de uma moral, enfim, que há de transformar
a Terra, tornando-a morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam. É a lei do
progresso, a que a Natureza está submetida, que se cumpre, e o Espiritismo é a alavanca
de que Deus se utiliza para fazer que a Humanidade avance.
No final do versículo nove, da citação de João, o Mestre afirma: “Salvar-se-á,
e entrará, e sairá, e achará pastagens”. Percebe-se, aqui, que a idéia de
“salvar-se” não é algo estático ou passivo. Envolve movimentação de um
nível evolutivo para outro, determinada por ações precisas. “Salvar-se” significa
integrar-se ao serviço do Cristo, colocar-se à sua disposição, onde o
indivíduo encontrará sempre oportunidades de realizações nobres (“achará
pastagens”).
Fica claro também que a pessoa é salva porque se libertou ou encontra-se
em processo de libertação das próprias imperfeições. O Espírito é livre a
partir do momento que aceita e vivência ensinamentos do Cristo (“a porta”).
Sendo livre, “entrará, e sairá, e achará pastagens”, ou seja, é capaz de vencer as
tentações do caminho porque a sua alimentação mental, “a pastagem”, agora,
é farta, decorrente da sua nova atuação no cenário da vida: a vitória sobre si
mesmo, sobre as próprias imperfeições." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
461. Como havemos de distinguir os pensamentos que nos são próprios dos que nos são sugeridos?
“Quando um pensamento vos é sugerido, tendes a impressão de que alguém vos fala. Geralmente, os pensamentos próprios são os que acodem em primeiro lugar. Afinal, não vos é de grande interesse estabelecer essa distinção. Muitas vezes, é útil que não saibais fazê-la. Não a fazendo, obra o homem com mais liberdade. Se se decide pelo bem, é voluntariamente que o pratica; se toma o mau caminho, maior será a sua responsabilidade.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
Nenhum comentário:
Postar um comentário