“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.” - Paulo - ( II Coríntios, 4:8 )
Amados irmãos, bom dia!
"Todos os discípulos fiéis sabem, com Paulo de Tarso, que “em tudo
serão atribulados e perplexos”, todavia, jamais se entregarão à angústia e ao
desânimo. Sabem que o Mestre Divino foi o Grande Atribulado e aprenderam com
Ele que da perplexidade, da aflição, do martírio e da morte, transfere-se a alma para
a Ressurreição Eterna." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim
mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também. Mesmo vós sabeis para
onde vou e conheceis o caminho (Jo 14:3-4).
Identificamos nesse texto mais uma promessa do Cristo, entre tantas com
que nos abençoou a existência. “Preparar o lugar” revela a diligência do seu
amor, a assistência contínua, manifestada diretamente por ele ou pelos seus
mensageiros celestiais. De acordo com o interesse, disposição e esforço dos aprendizes são organizados caminhos e planos de trabalho.
Na categoria de nosso Guia e Orientador maior, Jesus segue à frente, oferecendo
meios e recursos para que se concretize a nossa melhoria espiritual, de
sorte que, quando estivermos livres das imperfeições, estaremos definitivamente
unidos ao seu coração.
Assim, as frases: “se eu for e vos preparar o lugar”; “virei outra vez”; “vos
levarei para mim mesmo” e “onde eu estiver, estejais vós também” indicam as
felizes possibilidades que nos reservam o futuro, junto ao Cristo, na situação
de Espíritos redimidos.
Então, nossos sentimentos, pensamentos, palavras e
ações serão semelhantes aos d’Ele, na consolidação da sábia afirmativa contida
no Evangelho: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em
ti; que também eles sejam um em nós...” (Jo 17:21).
A afirmativa: “Para onde eu estiver estejais vós também” indica perfeita
sintonia do discípulo com o mestre. Trata-se do cumprimento do ideal de
ser feliz, nossa herança ancestral, a qual deve ser perseguida intensamente ao
longo dos tempos. Destacamos, ainda, os dois modos de conjugação do verbo
estar (“estiver” e “estejais”), presentes na frase ora citada. Refletem, na verdade,
o instante em que o discípulo se integra, definitivamente, ao Evangelho de
Jesus. Nesse momento, acontece entre Jesus e o seu fiel servidor um nível de
compreensão mútua, indicativa de que a criatura alcançou o estágio de Espírito
puro. Toda essa caminhada, contudo, só acontece após um árduo trabalho de
ascensão.
Sabia o Mestre que, até à construção do Reino Divino na Terra, quantos o acompanhassem
viveriam na condição de desajustados, trabalhando no progresso de todas as criaturas,
todavia, “sem lugar” adequado aos sublimes ideais que entesouram. Efetivamente, o
cristão leal, em toda parte, raramente recebe o respeito que lhe é devido: Por destoar,
quase sempre, da coletividade, ainda não completamente cristianizada, sofre a descaridosa
opinião de muitos. [...] Reconhecendo que o domicílio de seus seguidores não se ergue
sobre o chão do mundo, prometeu Jesus que lhes prepararia lugar na vida mais alta.
O versículo 4 do registro de João contém essa afirmativa: “mesmo vós
sabeis para onde vou e conhecereis o caminho”. A palavra “caminho” é de
ocorrência comum nos registros do Evangelho, cuja idéia tem origem no fato
de alguém seguir uma estrada pública onde se tornava conhecido pelos desejos
e alvo que pretendia alcançar. Como metáfora religiosa, expressa a vontade e
os propósitos de Deus para cada pessoa. No Novo Testamento, porém, há três significados específicos:
“Caminho” como sinônimo de igreja cristã primitiva: Mas, como alguns
deles se endurecessem e não obedecessem, falando mal do Caminho perante a
multidão, retirou-se deles e separou os discípulos [...]. Naquele mesmo tempo,
houve um não pequeno alvoroço acerca do Caminho. (Atos dos Apóstolos,
19:9 e 23).
-
“Caminho” no sentido de rota, meio ou via da salvação: E porque estreita
é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.
(Mateus, 7:14).
-
“Caminho” aplicado ao Cristo, referido a si mesmo, como meio de o
Espírito chegar a Deus: Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.
Ninguém vem ao Pai senão por mim. (João, 14:6).
Obviamente, a orientação de Jesus, sob análise (“mesmo vós sabeis para
onde vou e conhecereis o caminho”), abrange os dois últimos conceitos: Jesus
é o caminho da salvação, e, por ele, iremos ao Pai e Criador." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
472. Os Espíritos que procuram atrair-nos para o mal se
limitam a aproveitar as circunstâncias em que nos
achamos, ou podem também criá-las?
“Aproveitam as circunstâncias ocorrentes, mas também
costumam criá-las, impelindo-vos, mau grado vosso,
para aquilo que cobiçais. Assim, por exemplo, encontra um
homem, no seu caminho, certa quantia. Não penses tenham
sido os Espíritos que a trouxeram para ali. Mas, eles podem
inspirar ao homem a idéia de tomar aquela direção e
sugerir-lhe depois a de se apoderar da importância achada,
enquanto outros lhe sugerem a de restituir o dinheiro ao
seu legítimo dono. O mesmo se dá com relação a todas as
demais tentações.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
Nenhum comentário:
Postar um comentário