"Os Espíritos são bons ou maus por natureza, ou são eles mesmos que se melhoram?
São os próprios Espíritos que se melhoram e, melhorando-se, passam de uma ordem inferior para outra mais elevada". - O Livro dos Espíritos - questão 114 - Allan Kardec
Boa tarde, irmãos!
Que a paz de Nosso Senhor Jesus, continue nos abençoando e nos motivando ao estudo raciocinado desta Doutrina que tanto nos ampara e nos protege.
Diferentes
ordens de Espíritos. Escala Espírita
“Assinala o
Codificador que a [...] classificação dos Espíritos se baseia no grau de
adiantamento deles, nas qualidades que já adquiriram e nas imperfeições de que
ainda terão de despojar-se. Esta classificação, aliás, nada tem de absoluta. Apenas
no seu conjunto cada categoria apresenta caráter definido. De um grau a outro a
transição é insensível e, nos limites extremos, os matizes se apagam, como nos
reinos da natureza, como nas cores do arco-íris, ou, também, como nos
diferentes períodos da vida do homem. Podem, pois, formar-se maior ou menor
número de classes, conforme o ponto de vista donde se considere a questão.
Dá-se aqui o que se dá com todos os sistemas de classificação científica, que
podem ser mais ou menos completos, mais ou menos racionais, mais ou menos
cômodos para a inteligência.
Sejam, porém,
quais forem, em nada alteram as bases da ciência. Os Espíritos, em geral,
admitem três categorias principais, ou três grandes divisões. Na última, a que
fica na parte inferior da escala, estão os Espíritos imperfeitos, caracterizados
pela predominância da matéria sobre o espírito e pela propensão para o mal. Os
da segunda se caracterizam pela predominância do espírito sobre a matéria e
pelo desejo do bem: são os bons Espíritos. A primeira, finalmente, compreende
os Espíritos puros, os que atingiram o grau supremo da perfeição.
Essas três
categorias principais ou ordens podem ser subdivididas em classes, como veremos
a seguir:
Terceira ordem – Espíritos imperfeitos
Décima classe.
Espíritos impuros. São inclinados ao mal, de que fazem o objeto de suas
preocupações. Como Espíritos, dão conselhos pérfidos, sopram a discórdia e a
desconfiança e se mascaram de todas as maneiras para melhor enganar. Ligam-se
aos homens de caráter bastante fraco para cederem às suas sugestões, a fim de
induzi-los à perdição, satisfeitos com o conseguirem retardar-lhes o
adiantamento, fazendo-os sucumbir nas provas por que passam. (...) Alguns povos
os arvoraram em divindades maléficas; outros os designam pelos nomes de
demônios, maus gênios, Espíritos do mal.
Nona classe.
Espíritos levianos. São ignorantes, maliciosos, irrefletidos e zombeteiros. Metem-se
em tudo, a tudo respondem, sem se incomodarem com a verdade. Gostam de causar
pequenos desgostos e ligeiras alegrias, de intrigar, de induzir maldosamente em
erro, por meio de mistificações e de espertezas. A esta classe pertencem os
Espíritos vulgarmente tratados de duendes, trasgos, gnomos, diabretes.
Oitava classe.
Espíritos pseudo-sábios. Dispõem de conhecimentos bastante amplos, porém, creem
saber mais do que realmente sabem. Tendo realizado alguns progressos sob
diversos pontos de vista, a linguagem deles aparenta um cunho de seriedade, de
natureza a iludir com respeito às suas capacidades e luzes.
Sétima classe.
Espíritos neutros. Nem bastante bons para fazerem o bem, nem bastante maus para
fazerem o mal. Pendem tanto para um como para o outro e não ultrapassam a
condição comum da Humanidade, quer no que concerne ao moral, quer no que toca à
inteligência. Apegam-se às coisas deste mundo, de cujas grosseiras alegrias
sentem saudades.
Sexta classe.
Espíritos batedores e perturbadores. Estes Espíritos, propriamente falando, não
formam uma classe distinta pelas suas qualidades pessoais [...]. Manifestam
geralmente sua presença por efeitos sensíveis e físicos, como pancadas, movimento
e deslocamento anormal de corpos sólidos, agitação do ar, etc.
Segunda ordem – Bons Espíritos
Quinta classe.
Espíritos benévolos. A bondade é neles a qualidade dominante. Apraz-lhes
prestar serviço aos homens e protegê-los. Limitados, porém, são os seus
conhecimentos. Hão progredido mais no sentido moral do que no sentido
intelectual.
Quarta classe.
Espíritos sábios. Distinguem-se pela amplitude de seus conhecimentos. Preocupam-se
menos com as questões morais, do que com as de natureza científica, para as
quais têm maior aptidão. Entretanto, só encaram a ciência do ponto de vista da
sua utilidade e jamais dominados por quaisquer paixões próprias dos Espíritos
imperfeitos.
Terceira
classe. Espíritos de sabedoria. As qualidades morais da ordem mais elevada são
o que os caracteriza. Sem possuírem ilimitados conhecimentos, são dotados de
uma capacidade intelectual que lhes faculta juízo reto sobre os homens e as
coisas.
Segunda classe.
Espíritos superiores. Esses em si reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Da
linguagem que empregam se exala sempre a benevolência; é uma linguagem
invariavelmente digna, elevada e, muitas vezes, sublime. Sua superioridade os
torna mais aptos do que os outros a nos darem noções exatas sobre as coisas do
mundo incorpóreo, dentro dos limites do que é permitido ao homem saber. [...]
Afastam-se, porém, daqueles a quem só a curiosidade impele, ou que, por influência
da matéria, fogem à prática do bem. Quando, por exceção, encarnam na Terra, é
para cumprir missão de progresso e então nos oferecem o tipo da perfeição a que
a Humanidade pode aspirar neste mundo.
Primeira ordem – Espíritos puros
Primeira
classe. Classe única. Os Espíritos que a compõem percorreram todos os graus da
escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma
de perfeição de que é suscetível a criatura, não têm mais que sofrer provas,
nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, realizam
a vida eterna no seio de Deus. Gozam de inalterável felicidade, porque não se
acham submetidos às necessidades, nem às vicissitudes da vida material. Essa
felicidade, porém, não é a de ociosidade monótona, a transcorrer em perpétua
contemplação. Eles são os mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens
executam para manutenção da harmonia universal. [...] São designados às vezes
pelos nomes de anjos, arcanjos ou serafins”. -( FEB )-
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