"Mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nessa parte." -( I Pedro, 4: 16 )-
Amados irmãos, bom dia!
Raros são os homens que aprendem a encontrar proveito em tribulações. Muitos padecem sem conseguir encontrar lições proveitosas nesses momentos de grandes oportunidades. Ante tais situações, busquemos o olhar compassivo do nosso Mestre Jesus e as boas orientações dos Espíritos amigos a fim de haurirmos ensinamentos para nossa reforma íntima.
“A infância de Jesus é marcada
por percepções e revelações mediúnicas. Anteriormente, antes do seu nascimento,
foram assinalados os sonhos de José e a aparição do anjo a Maria, anunciando-lhe
a vinda do Senhor. Outros acontecimentos merecem destaque, como os que se
seguem:
» E, quando os oito dias foram
cumpridos para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo
anjo lhe fora posto antes de ser concebido (Lucas, 2:21).
» E, cumprindo-se os dias da
purificação, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o
apresentarem ao Senhor. Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e
este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o
Espírito Santo estava sobre ele. E fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que
ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor. E, pelo Espírito, foi
ao templo e, quando os pais trouxeram o menino Jesus, para com ele procederem
segundo o uso da lei, ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e
disse: Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra,
pois já os meus olhos viram a tua salvação, a qual tu preparaste perante a face
de todos os povos, luz para alumiar as nações e para glória de teu povo Israel
(Lucas, 2:22; 25-32).
» De modo semelhante, Ana,
profetiza de idade avançada que vivia no Templo, deu graças a Deus quando viu
Jesus, afirmando ser Ele o que todos esperavam para a redenção de Jerusalém
(Lucas, 2:36-37).
A despeito da indiferença ou
das críticas ferinas que o Cristo e os seus auxiliares diretos têm recebido, ao
longo dos séculos, sabemos que o amor do Senhor por todos nós está acima dessas
pequenas questões. Cedo ou tarde a Humanidade reconhecerá a excelsitude do seu
Espírito, o seu extremado amor e a sua orientação maior. A propósito esclarece
Emmanuel: Debalde os escritores materialistas de todos os tempos vulgarizaram o
grande acontecimento, ironizando os altos fenômenos mediúnicos que o
precederam. As figuras de Simeão, Ana, Isabel, João Batista, José, bem como a
personalidade sublimada de Maria, têm sido muitas vezes objeto de observações
injustas e maliciosas; mas a realidade é que somente com o concurso daqueles
mensageiros da Boa Nova, portadores da contribuição de fervor, crença e vida,
poderia Jesus lançar na Terra os fundamentos da verdade inabalável.
Aos 12 anos Jesus surpreende a
todos, inclusive aos seus pais, quando dialoga com os doutores da Lei. “Ora,
todos os anos, iam seus pais a Jerusalém, à Festa da Páscoa. E, tendo Ele já
doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa. E,
regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e
não o souberam seus pais. Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo
caminho, andaram caminho de um dia e procuravam-no entre os parentes e conhecidos.
E, como o não encontrassem, voltaram a Jerusalém em busca dele. E aconteceu
que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores,
ouvindo-os e interrogando-os. E todos os que o ouviam admiravam a sua
inteligência e respostas” (Lucas, 2:41-47). “E sua mãe guardava no coração
todas essas coisas. E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça
para com Deus e os homens” (Lucas, 2:51-52). Permanece a incógnita, para os
historiadores e para todos nós, os acontecimentos da vida de Jesus ocorridos
entre os seus 13 e 30 anos. Existem muitas especulações, mas sem nenhuma
comprovação efetiva. Há [...] quem o veja entre os essênios, aprendendo as suas
doutrinas, antes do seu messianismo de amor e de redenção. As próprias esferas
mais próximas da Terra, que pela força das circunstâncias se acercam mais das
controvérsias dos homens que do sincero aprendizado dos espíritos estudiosos e
desprendidos do orbe, refletem as opiniões contraditórias da Humanidade, a
respeito do Salvador de todas as criaturas. O Mestre, porém, não obstante a
elevada cultura das escolas essênicas, não necessitou da sua contribuição.
Desde os seus primeiros dias na Terra, mostrou-se tal qual era, com a
superioridade que o planeta lhe conheceu desde os tempos longínquos do
princípio. Em todos os momentos da vida do Cristo, um fato se evidencia: Ele
sempre dá “a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mateus, 22:21).
Neste sentido, submete-se ao batismo proposto por João Batista. Então, veio
Jesus da Galileia ter com João junto do Jordão, para ser batizado por Ele. Mas
João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?
Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém
cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu. E, sendo Jesus batizado, saiu
logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus
descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é
o meu Filho amado, em quem me comprazo. [...]
Jesus, porém, ouvindo que João
estava preso, voltou para a Galileia. E, deixando Nazaré, foi habitar em
Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de Zebulom e Naftali, para que se
cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías, que diz: A terra de Zebulom e a terra
de Naftali, junto ao caminho do mar, além do Jordão, a Galileia das nações, o
povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz; e aos que estavam
assentados na região e sombra da morte a luz raiou. Desde então, começou Jesus a
pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus (Mateus,
3:13-17; 4:12-17).” -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
124. Pois que há Espíritos que desde o princípio seguem o
caminho do bem absoluto e outros o do mal absoluto,
deve haver, sem dúvida, gradações entre esses dois
extremos. Não?
“Sim, certamente, e os que se acham nos graus intermédios
constituem a maioria.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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