domingo, 12 de junho de 2016

O dia dos namorados


"Não andeis, pois, inquietos." - Jesus - ( Mateus, 6: 31 )




Amados irmãos, bom dia!
Neste dia em que comemoramos o dia dos namorados, cabe uma reflexão sobre o ato de confiar. Sabemos que ainda andaremos por pântanos e desertos e que precisamos renovar atitudes mentais nessa obra a que fomos chamados. Como indivíduos devemos aprender a ter coragem na arte de amar, pois, na expectativa de sermos corretos muitas vezes nos tornamos os donos da verdade e transformamos nossos relacionamentos em disputa de quem está certo e/ou errado.
Como já foi dito pelo apóstolo João, Deus é amor, portanto, busquemos nele a direção para a caminhada também, na estrada do namoro.









Se você pensou que ia ler um texto romântico sobre almas gêmeas, sinto muito por decepcioná-lo. Você acha que eu devia ser mais romântico? Então você ainda acredita em almas gêmeas? Que pena. O amor de verdade é muito mais bonito.

O amor de duas pessoas completas é muito mais rico e apaixonante que o amor de duas metades de pessoa. Não é isso que diz a teoria das almas gêmeas? Que somos seres incompletos e que só seremos completos quando encontrarmos nossa outra metade?
Você é uma pessoa completa. Não falta nada em você. Não falta ninguém para você. Não é uma pessoa determinada que tem o poder de fazer você feliz. Ou você é feliz ou você não é. Isso é falta de romantismo? Acho que não. Acho que falta de romantismo é acreditar que dependemos de alguém, que talvez nem conhecemos ainda, para sermos felizes.

O amor não acontece uma vez só. Você pode amar mais de uma pessoa, pode amar a mesma pessoa mais de uma vez. O amor não tem limites, você sabe. Claro que você não vai passar a vida procurando a pessoa certa, até porque seria muito difícil definir o que seria a pessoa certa.

Algumas pessoas acham que numa relação amorosa os dois têm que pensar igual, ter os mesmos gostos, as mesmas opiniões, os mesmos objetivos, têm que concordar em tudo. Não descobriram ainda que numa relação assim os dois anulam partes importantes de si, deixam de se desenvolver plenamente, não crescem como poderiam crescer se cada um mantivesse sua individualidade.
Porque é isso que nós somos, é isso que você é: indivíduo. Cada um com suas características, cada um com seu modo de pensar e de agir. E que bom que seja assim! Que bom que podemos aprender um com o outro, aprender com as diferenças. É isso que nos enriquece. Enquanto tentamos nos moldar um ao outro ficamos estagnados, não evoluímos. E estamos aqui para evoluir, né?

Essas datas todas se tornaram essencialmente comerciais, você sabe. Natal, páscoa, dia das mães, dia dos pais, dia da criança, dia dos namorados. Mas elas existem, não se pode passar batido por elas. E, bem ou mal, elas cumprem seu papel de nos lembrar de que há alguém a ser lembrado. Mas você não acha, pelo menos um pouquinho, que é uma “forçação” de barra demonstrar amor com procedimentos padronizados? Jantar à luz de velas, flores, presentes e uma fila enorme no motel?
Se você pensar um pouco, vai perceber que os melhores momentos com quem você ama, as horas mais bonitas, as coisas mais românticas, não aconteceram com data marcada. Eles simplesmente aconteceram. Não pense que estou tentando convencer alguém a não comemorar o dia dos namorados. Cada um sabe de si, cada um vive o seu momento. Só que esse romantismo de propaganda de shopping não é amor. Pode ser algo parecido com o amor, pode ser até uma das faces do amor, mas não é o amor.
Há pessoas que passam esse dia sozinhas, lamentando não ter alguém para compartilhar a data… Mas há quem não lamente por estar só. Fazem disso uma opção, e vivem muito bem assim. Sabem que não precisam de ninguém para completá-los, e descobriram outras maneiras de dividir aprendizados e companheirismo.

Feliz dia dos namorados, independente de sua situação amorosa. Goste mais de você mesmo, hoje. Comemore por ser quem você é, sinta-se feliz e realizado por isso, sabendo que o amor está dentro de você mesmo. Você escolhe como e com quem compartilhá-lo. Está bem?






Estudo do Livro dos Espíritos







131. Há demônios, no sentido que se dá a esta palavra? 

“Se houvesse demônios, seriam obra de Deus. Mas, porventura, Deus seria justo e bom se houvera criado seres destinados eternamente ao mal e a permanecerem eternamente desgraçados? Se há demônios, eles se encontram no mundo inferior em que habitais e em outros semelhantes. São esses homens hipócritas que fazem de um Deus justo  um Deus mau e vingativo e que julgam agradá-lo por meio das abominações que praticam em seu nome.”

A palavra demônio não implica a idéia de Espírito mau, senão na sua acepção moderna, porquanto o termo grego daïmon, donde ela derivou, significa gênio, inteligência e se aplicava aos seres incorpóreos, bons ou maus, indistintamente. Por demônios, segundo a acepção vulgar da palavra, se entendem seres essencialmente malfazejos. Como todas as coisas, eles teriam sido criados por Deus. Ora, Deus, que é soberanamente justo e bom, não pode ter criado seres prepostos, por sua natureza, ao mal e condenados por toda a eternidade.   

Se não fossem obra de Deus, existiriam, como ele, desde toda a eternidade, ou então haveria muitas potências soberanas. A primeira condição de toda doutrina é ser lógica. Ora, à dos demônios, no sentido absoluto, falta esta base essencial. Concebe-se que povos atrasados, os quais, por desconhecerem os atributos de Deus, admitem em suas crenças divindades maléficas, também admitam demônios; mas, é ilógico e contraditório que quem faz da bondade um dos atributos essenciais de Deus suponha haver ele criado seres destinados ao mal e a praticá-lo perpetuamente, porque isso equivale a lhe negar a bondade. Os partidários dos demônios se apóiam nas palavras do Cristo. Não seremos nós quem conteste a autoridade de seus ensinos, que desejáramos ver mais no coração do que na boca dos homens; porém, estarão aqueles partidários certos do sentido que ele dava a esse vocábulo? Não é sabido que a forma alegórica constitui um dos caracteres distintivos da sua linguagem? Dever-se-á tomar ao pé da letra tudo o que o Evangelho contém? Não precisamos de outra prova além da que nos fornece esta passagem: “Logo após esses dias de aflição, o Sol escurecerá e a Lua não mais dará sua luz, as estrelas cairão do céu e as potências do céu se abalarão. Em verdade vos digo que esta geração não passará, sem que todas estas coisas se tenham cumprido.” 

Não temos visto a Ciência contraditar a forma do texto bíblico, no tocante à Criação e ao movimento da Terra? Não se dará o mesmo com algumas figuras de que se serviu o Cristo, que tinha de falar de acordo com os tempos e os lugares? Não é possível que ele haja dito conscientemente uma falsidade. Assim, pois, se nas suas palavras há coisas que parecem chocar a razão, é que não as compreendemos bem, ou as interpretamos mal. Os homens fizeram com os demônios o que fizeram com os anjos. Como acreditaram na existência de seres perfeitos desde toda a eternidade, tomaram os Espíritos inferiores por seres perpetuamente maus. Por demônios se devem entender os Espíritos impuros, que muitas vezes não valem mais do que as entidades designadas por esse nome, mas com a diferença de ser transitório o estado deles. 

São Espíritos imperfeitos, que se rebelam contra as provas que lhes tocam e que, por isso, as sofrem mais longamente, porém que, a seu turno, chegarão a sair daquele estado, quando o quiserem. Poder-se-ia, pois, aceitar o termo demônio com esta restrição. Como o entendem atualmente, dando-se-lhe um sentido exclusivo, ele induziria em erro, com o fazer crer na existência de seres especiais criados para o mal. Satanás é evidentemente a personificação do mal sob forma alegórica, visto não se poder admitir que exista um ser mau a lutar, como de potência a potência, com a Divindade e cuja única preocupação consistisse em lhe contrariar os desígnios. Como precisa de figuras e imagens que lhe impressionem a imaginação, o homem pintou os seres incorpóreos sob uma forma material, com atributos que lembram as qualidades ou os defeitos humanos. É assim que os antigos, querendo personificar o Tempo, o pintaram com a figura de um velho munido de uma foice e uma ampulheta. Representá-lo pela figura de um mancebo fora contra-senso. O mesmo se verifica com as alegorias da fortuna, da verdade, etc. Os modernos representaram os anjos, os puros Espíritos, por uma figura radiosa, de asas brancas, emblema da pureza; e Satanás com chifres, garras e os atributos da animalidade, emblema das paixões vis. O vulgo, que toma as coisas ao pé da letra, viu nesses emblemas individualidades reais, como vira outrora Saturno na alegoria do Tempo.




Que a graça e a paz sejam conosco!

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