"Mas o que sai da boca procede do coração, e isso contamina o homem." - Jesus - (Mateus, 15: 18 )
Amados irmãos, bom dia!
Cuidemos com elevada atenção, do que sai de nossas bocas. As palavras tem poderes que podem tanto edificar, quanto destruir.
O mau é o que sai da boca, pois, geralmente falamos do que está cheio o nosso coração. Portanto, instruiu-nos o Mestre Jesus: vigiai e orai!
Busquemos sempre caminhar na presença do nosso Mestre Jesus e na companhia dos bons Espíritos, a fim de que não caiamos nas ciladas do mau.
Referências evangélicas sobre
o apóstolo: Mateus, 4:18 e 10:2; Marcos, 1:16 e 3:16; Lucas, 6:14 e 9:20; João,
1:40; Atos dos Apóstolos, 1:13.
“Pescador em Cafarnaum, na
Galileia, era irmão do apóstolo André (Mateus, 4:18; Lucas, 6:14; João, 1:40).
Pedro, nome dado por Jesus, (Mateus, 4:18; 10:2) ou Cefas, são cognomes do
apóstolo, palavras que significam pedra, em grego e hebraico, respectivamente.
João (1:40-42) chama-o de Simão Pedro. É também conhecido como Simão Bar-Jonas,
que significa Simão, filho de Jonas (Mateus, 16:18). Em suas epístolas apenas
se autointitula apóstolo ou servo. Pedro, Tiago e João Evangelista faziam parte
do círculo íntimo de Jesus, participando dos mais importantes atos do Mestre.
Pedro é muito lembrado pelo episódio, anunciado por Jesus, de que ele o negaria
por três vezes. A negação de Pedro sempre constitui assunto de palpitante
interesse nas comunidades do Cristianismo. Enquadrar-se a queda moral do
generoso amigo do Mestre num plano de fatalidade? Por que se negaria Simão a
cooperar com o Senhor em minutos tão difíceis? Útil, nesse particular, é o
exame de sua invigilância. O fracasso do amoroso pescador reside aí dentro, na
desatenção para com as advertências recebidas. Grande número de discípulos
modernos participam das mesmas negações, em razão de continuarem desatendendo.
Informa o Evangelho que, naquela hora de trabalhos supremos, Simão Pedro seguia
o Mestre “de longe”, ficou no “pátio do sumo sacerdote”, e “assentou-se entre
os criados” deste, para “ver o fim”.
Leitura cuidadosa do texto
esclarece-nos o entendimento e reconhecemos que, ainda hoje, muitos amigos do
Evangelho prosseguem caindo em suas aspirações e esperanças, por acompanharem o
Cristo a distância, receosos de perderem gratificações imediatistas; quando
chamados a testemunho importante, demoram-se nas vizinhanças da arena de lutas
redentoras, entre os servos das convenções utilitaristas, assentando binóculos
de exame, a fim de observarem como será o fim dos serviços alheios. A dolorosa
experiência de Pedro não se resume às perseguições que sofreu, ou nas lutas que
enfrentou na divulgação do Evangelho. Está, antes, relacionada ao fato de ter
negado Jesus. A tradição evangélica nos informa que, replicando ao Mestre,
Pedro lhe diz que seria capaz de dar a própria vida por Ele. Ouvindo essa
afirmativa, observa o Cristo: “Pedro, a tua inquietação se faz credora de novos
ensinamentos. A experiência te ensinará melhores conclusões, porque, em
verdade, te afirmo que esta noite o galo não cantará sem que me tenhas negado
por três vezes.” (Mateus, 26: 69-75).
A teologia católica afirma ser
Pedro o fundador da igreja cristã de Roma, considerando-o o primeiro Papa.
Simbolicamente pode-se admitir tal fato, porque, em termos históricos, Pedro
não a poderia ter fundado. Depois da morte de Jesus, despontou como líder dos
doze apóstolos, aparecendo, praticamente, em todas as narrativas evangélicas.
Exerceu autoridade na recém-nascida comunidade cristã, tendo apoiado a
iniciativa de Paulo de Tarso de incluir os não judeus na fé cristã. Foi morto
em Roma, crucificado de cabeça para baixo, no ano de 64 d.C., durante a
perseguição feita por Nero aos cristãos. A forma de crucificação do apóstolo
foi, segundo a tradição, escolhida por ele mesmo, que não se julgava digno de
morrer como Jesus morreu. Supõe-se que o seu túmulo se encontra sob a catedral
de São Pedro, no Vaticano.” -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
148. Não é de lastimar que o materialismo seja uma consequência
de estudos que deveriam, contrariamente, mostrar
ao homem a superioridade da inteligência que governa
o mundo? Deve-se daí concluir que são perigosos?
“Não é exato que o materialismo seja uma conseqüência
desses estudos. O homem é que deles tira uma consequência falsa, pela razão de lhe ser dado abusar de tudo,
mesmo das melhores coisas. Acresce que o nada os amedronta
mais do que eles quereriam que parecesse, e os espíritos
fortes, quase sempre, são antes fanfarrões do que
bravos. Na sua maioria, só são materialistas porque não
têm com que encher o vazio do abismo que diante deles se
abre. Mostrai-lhes uma âncora de salvação e a ela se
agarrarão pressurosamente.”
Por uma aberração da inteligência, pessoas há que só vêem
nos seres orgânicos a ação da matéria e a esta atribuem todos os
nossos atos. No corpo humano apenas vêem a máquina elétrica;
somente pelo funcionamento dos órgãos estudaram o mecanismo
da vida, cuja repetida extinção observaram, por efeito da ruptura
de um fio, e nada mais enxergaram além desse fio. Procuraram
saber se alguma coisa restava e, como nada acharam senão matéria,
que se tornara inerte, como não viram a alma escapar-se,
como não a puderam apanhar, concluíram que tudo se continha
nas propriedades da matéria e que, portanto, à morte se seguia a
aniquilação do pensamento. Triste conseqüência, se fora real,
porque então o bem e o mal nada significariam, o homem teria
razão para só pensar em si e para colocar acima de tudo a satisfação
de seus apetites materiais; quebrados estariam os laços
sociais e as mais santas afeições se romperiam para sempre. Felizmente,
longe estão de ser gerais semelhantes idéias, que se
podem mesmo ter por muito circunscritas, constituindo apenas
opiniões individuais, pois que em parte alguma ainda formaram
doutrina. Uma sociedade que se fundasse sobre tais bases traria
em si o gérmen de sua dissolução e seus membros se entredevorariam
como animais ferozes.
O homem tem, instintivamente, a convicção de que nem tudo
se lhe acaba com a vida. O nada lhe infunde horror. É em vão que
se obstina contra a idéia da vida futura. Ao soar o momento supremo,
poucos são os que não inquirem do que vai ser deles,
porque a idéia de deixar a vida para sempre algo oferece de pungente. Quem, de fato, poderia encarar com indiferença uma separação absoluta, eterna, de tudo o que foi objeto de seu amor? Quem
poderia ver, sem terror, abrir-se diante si o imensurável abismo
do nada, onde se sepultassem para sempre todas as suas faculdades,
todas as suas esperanças, e dizer a si mesmo: Pois que!
depois de mim, nada, nada mais, senão o vácuo, tudo definitivamente
acabado; mais alguns dias e a minha lembrança se terá
apagado da memória dos que me sobreviverem; nenhum vestígio,
dentro em pouco, restará da minha passagem pela Terra; até
mesmo o bem que fiz será esquecido pelos ingratos a quem
beneficiei. E nada, para compensar tudo isto, nenhuma outra
perspectiva, além da do meu corpo roído pelos vermes!
Não tem este quadro alguma coisa de horrível, de glacial? A
religião ensina que não pode ser assim e a razão no-lo confirma.
Mas, uma existência futura, vaga e indefinida não apresenta o
que satisfaça ao nosso desejo do positivo. Essa, em muitos, a
origem da dúvida. Possuímos alma, está bem; mas, que é a nossa
alma? Tem forma, uma aparência qualquer? É um ser limitado,
ou indefinido? Dizem alguns que é um sopro de Deus, outros
uma centelha, outros uma parcela do grande Todo, o princípio da
vida e da inteligência. Que é, porém, o que de tudo isto ficamos
sabendo? Que nos importa ter uma alma, se, extinguindo-se-nos
a vida, ela desaparece na imensidade, como as gotas dágua no
Oceano? A perda da nossa individualidade não equivale, para
nós, ao nada? Diz-se também que a alma é imaterial. Ora, uma
coisa imaterial carece de proporções determinadas. Desde então,
nada é, para nós. A religião ainda nos ensina que seremos felizes
ou desgraçados, conforme ao bem ou ao mal que houvermos feito.
Que vem a ser, porém, essa felicidade que nos aguarda no seio
de Deus? Será uma beatitude, uma contemplação eterna, sem
outra ocupação mais do que entoar louvores ao Criador? As chamas
do inferno serão uma realidade ou um símbolo? A própria
Igreja lhes dá esta última significação; mas, então, que são aqueles
sofrimentos? Onde esse lugar de suplício? Numa palavra, que
é o que se faz, que é o que se vê, nesse outro mundo que a todos nos espera? Dizem que ninguém jamais voltou de lá para nos dar
informações.
É erro dizê-lo e a missão do Espiritismo consiste precisamente
em nos esclarecer acerca desse futuro, em fazer com que, até certo
ponto, o toquemos com o dedo e o penetremos com o olhar, não mais
pelo raciocínio somente, porém, pelos fatos. Graças às comunica-
ções espíritas, não se trata mais de uma simples presunção,
de uma probabilidade sobre a qual cada um conjeture à
vontade, que os poetas embelezem com suas ficções, ou cumulem
de enganadoras imagens alegóricas. É a realidade que nos aparece,
pois que são os próprios seres de além-túmulo que nos vêm
descrever a situação em que se acham, relatar o que fazem,
facultando-nos assistir, por assim dizer, a todas as peripécias da
nova vida que lá vivem e mostrando-nos, por esse meio, a sorte
inevitável que nos está reservada, de acordo com os nossos méritos
e deméritos. Haverá nisso alguma coisa de anti-religioso? Muito
ao contrário, porquanto os incrédulos encontram aí a fé e os
tíbios a renovação do fervor e da confiança. O Espiritismo é, pois,
o mais potente auxiliar da religião. Se ele aí está, é porque Deus
o permite e o permite para que as nossas vacilantes esperanças
se revigorem e para que sejamos reconduzidos à senda do bem
pela perspectiva do futuro.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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