quarta-feira, 29 de junho de 2016

Dados biográficos dos apóstolos - Pedro, Simão, Simão Pedro ou Cefas


"Mas o que sai da boca procede do coração, e isso contamina o homem." - Jesus - (Mateus, 15: 18 )



Amados irmãos, bom dia!
Cuidemos com elevada atenção, do que sai de nossas bocas. As palavras tem poderes que podem tanto edificar, quanto destruir.
O mau é o que sai da boca, pois, geralmente falamos do que está cheio o nosso coração. Portanto, instruiu-nos o Mestre Jesus: vigiai e orai! 
Busquemos sempre caminhar na presença do nosso Mestre Jesus e na companhia dos bons Espíritos, a fim de que não caiamos nas ciladas do mau.











Referências evangélicas sobre o apóstolo: Mateus, 4:18 e 10:2; Marcos, 1:16 e 3:16; Lucas, 6:14 e 9:20; João, 1:40; Atos dos Apóstolos, 1:13.

“Pescador em Cafarnaum, na Galileia, era irmão do apóstolo André (Mateus, 4:18; Lucas, 6:14; João, 1:40). Pedro, nome dado por Jesus, (Mateus, 4:18; 10:2) ou Cefas, são cognomes do apóstolo, palavras que significam pedra, em grego e hebraico, respectivamente. João (1:40-42) chama-o de Simão Pedro. É também conhecido como Simão Bar-Jonas, que significa Simão, filho de Jonas (Mateus, 16:18). Em suas epístolas apenas se autointitula apóstolo ou servo. Pedro, Tiago e João Evangelista faziam parte do círculo íntimo de Jesus, participando dos mais importantes atos do Mestre. Pedro é muito lembrado pelo episódio, anunciado por Jesus, de que ele o negaria por três vezes. A negação de Pedro sempre constitui assunto de palpitante interesse nas comunidades do Cristianismo. Enquadrar-se a queda moral do generoso amigo do Mestre num plano de fatalidade? Por que se negaria Simão a cooperar com o Senhor em minutos tão difíceis? Útil, nesse particular, é o exame de sua invigilância. O fracasso do amoroso pescador reside aí dentro, na desatenção para com as advertências recebidas. Grande número de discípulos modernos participam das mesmas negações, em razão de continuarem desatendendo. Informa o Evangelho que, naquela hora de trabalhos supremos, Simão Pedro seguia o Mestre “de longe”, ficou no “pátio do sumo sacerdote”, e “assentou-se entre os criados” deste, para “ver o fim”.

Leitura cuidadosa do texto esclarece-nos o entendimento e reconhecemos que, ainda hoje, muitos amigos do Evangelho prosseguem caindo em suas aspirações e esperanças, por acompanharem o Cristo a distância, receosos de perderem gratificações imediatistas; quando chamados a testemunho importante, demoram-se nas vizinhanças da arena de lutas redentoras, entre os servos das convenções utilitaristas, assentando binóculos de exame, a fim de observarem como será o fim dos serviços alheios. A dolorosa experiência de Pedro não se resume às perseguições que sofreu, ou nas lutas que enfrentou na divulgação do Evangelho. Está, antes, relacionada ao fato de ter negado Jesus. A tradição evangélica nos informa que, replicando ao Mestre, Pedro lhe diz que seria capaz de dar a própria vida por Ele. Ouvindo essa afirmativa, observa o Cristo: “Pedro, a tua inquietação se faz credora de novos ensinamentos. A experiência te ensinará melhores conclusões, porque, em verdade, te afirmo que esta noite o galo não cantará sem que me tenhas negado por três vezes.” (Mateus, 26: 69-75).


A teologia católica afirma ser Pedro o fundador da igreja cristã de Roma, considerando-o o primeiro Papa. Simbolicamente pode-se admitir tal fato, porque, em termos históricos, Pedro não a poderia ter fundado. Depois da morte de Jesus, despontou como líder dos doze apóstolos, aparecendo, praticamente, em todas as narrativas evangélicas. Exerceu autoridade na recém-nascida comunidade cristã, tendo apoiado a iniciativa de Paulo de Tarso de incluir os não judeus na fé cristã. Foi morto em Roma, crucificado de cabeça para baixo, no ano de 64 d.C., durante a perseguição feita por Nero aos cristãos. A forma de crucificação do apóstolo foi, segundo a tradição, escolhida por ele mesmo, que não se julgava digno de morrer como Jesus morreu. Supõe-se que o seu túmulo se encontra sob a catedral de São Pedro, no Vaticano.” -( FEB - EADE )- 




Estudo do Livro dos Espíritos










148. Não é de lastimar que o materialismo seja uma consequência de estudos que deveriam, contrariamente, mostrar ao homem a superioridade da inteligência que governa o mundo? Deve-se daí concluir que são perigosos? 

“Não é exato que o materialismo seja uma conseqüência desses estudos. O homem é que deles tira uma consequência falsa, pela razão de lhe ser dado abusar de tudo, mesmo das melhores coisas. Acresce que o nada os amedronta mais do que eles quereriam que parecesse, e os espíritos fortes, quase sempre, são antes fanfarrões do que bravos. Na sua maioria, só são materialistas porque não têm com que encher o vazio do abismo que diante deles se abre. Mostrai-lhes uma âncora de salvação e a ela se agarrarão pressurosamente.” 

Por uma aberração da inteligência, pessoas há que só vêem nos seres orgânicos a ação da matéria e a esta atribuem todos os nossos atos. No corpo humano apenas vêem a máquina elétrica; somente pelo funcionamento dos órgãos estudaram o mecanismo da vida, cuja repetida extinção observaram, por efeito da ruptura de um fio, e nada mais enxergaram além desse fio. Procuraram saber se alguma coisa restava e, como nada acharam senão matéria, que se tornara inerte, como não viram a alma escapar-se, como não a puderam apanhar, concluíram que tudo se continha nas propriedades da matéria e que, portanto, à morte se seguia a aniquilação do pensamento. Triste conseqüência, se fora real, porque então o bem e o mal nada significariam, o homem teria razão para só pensar em si e para colocar acima de tudo a satisfação de seus apetites materiais; quebrados estariam os laços sociais e as mais santas afeições se romperiam para sempre. Felizmente, longe estão de ser gerais semelhantes idéias, que se podem mesmo ter por muito circunscritas, constituindo apenas opiniões individuais, pois que em parte alguma ainda formaram doutrina. Uma sociedade que se fundasse sobre tais bases traria em si o gérmen de sua dissolução e seus membros se entredevorariam como animais ferozes. O homem tem, instintivamente, a convicção de que nem tudo se lhe acaba com a vida. O nada lhe infunde horror. É em vão que se obstina contra a idéia da vida futura. Ao soar o momento supremo, poucos são os que não inquirem do que vai ser deles, porque a idéia de deixar a vida para sempre algo oferece de pungente. Quem, de fato, poderia encarar com indiferença uma separação absoluta, eterna, de tudo o que foi objeto de seu amor? Quem poderia ver, sem terror, abrir-se diante si o imensurável abismo do nada, onde se sepultassem para sempre todas as suas faculdades, todas as suas esperanças, e dizer a si mesmo: Pois que! depois de mim, nada, nada mais, senão o vácuo, tudo definitivamente acabado; mais alguns dias e a minha lembrança se terá apagado da memória dos que me sobreviverem; nenhum vestígio, dentro em pouco, restará da minha passagem pela Terra; até mesmo o bem que fiz será esquecido pelos ingratos a quem beneficiei. E nada, para compensar tudo isto, nenhuma outra perspectiva, além da do meu corpo roído pelos vermes! Não tem este quadro alguma coisa de horrível, de glacial? A religião ensina que não pode ser assim e a razão no-lo confirma. Mas, uma existência futura, vaga e indefinida não apresenta o que satisfaça ao nosso desejo do positivo. Essa, em muitos, a origem da dúvida. Possuímos alma, está bem; mas, que é a nossa alma? Tem forma, uma aparência qualquer? É um ser limitado, ou indefinido? Dizem alguns que é um sopro de Deus, outros uma centelha, outros uma parcela do grande Todo, o princípio da vida e da inteligência. Que é, porém, o que de tudo isto ficamos sabendo? Que nos importa ter uma alma, se, extinguindo-se-nos a vida, ela desaparece na imensidade, como as gotas dágua no Oceano? A perda da nossa individualidade não equivale, para nós, ao nada? Diz-se também que a alma é imaterial. Ora, uma coisa imaterial carece de proporções determinadas. Desde então, nada é, para nós. A religião ainda nos ensina que seremos felizes ou desgraçados, conforme ao bem ou ao mal que houvermos feito. Que vem a ser, porém, essa felicidade que nos aguarda no seio de Deus? Será uma beatitude, uma contemplação eterna, sem outra ocupação mais do que entoar louvores ao Criador? As chamas do inferno serão uma realidade ou um símbolo? A própria Igreja lhes dá esta última significação; mas, então, que são aqueles sofrimentos? Onde esse lugar de suplício? Numa palavra, que é o que se faz, que é o que se vê, nesse outro mundo que a todos nos espera? Dizem que ninguém jamais voltou de lá para nos dar informações. É erro dizê-lo e a missão do Espiritismo consiste precisamente em nos esclarecer acerca desse futuro, em fazer com que, até certo ponto, o toquemos com o dedo e o penetremos com o olhar, não mais pelo raciocínio somente, porém, pelos fatos. Graças às comunica- ções espíritas, não se trata mais de uma simples presunção, de uma probabilidade sobre a qual cada um conjeture à vontade, que os poetas embelezem com suas ficções, ou cumulem de enganadoras imagens alegóricas. É a realidade que nos aparece, pois que são os próprios seres de além-túmulo que nos vêm descrever a situação em que se acham, relatar o que fazem, facultando-nos assistir, por assim dizer, a todas as peripécias da nova vida que lá vivem e mostrando-nos, por esse meio, a sorte inevitável que nos está reservada, de acordo com os nossos méritos e deméritos. Haverá nisso alguma coisa de anti-religioso? Muito ao contrário, porquanto os incrédulos encontram aí a fé e os tíbios a renovação do fervor e da confiança. O Espiritismo é, pois, o mais potente auxiliar da religião. Se ele aí está, é porque Deus o permite e o permite para que as nossas vacilantes esperanças se revigorem e para que sejamos reconduzidos à senda do bem pela perspectiva do futuro.




Que a graça e a paz sejam conosco!

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