sábado, 18 de junho de 2016

O valor da oração


"E tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou. e partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos à multidão." -( Mateus, 14: 19 )-



Amados irmãos, bom dia!
Somos chamados a ser os multiplicadores da boa nova, dos bons exemplos e da verdadeira prática da fé. Nosso Mestre Jesus contou com os discípulos para que a todos alimentassem e também conta conosco para que também o façamos.








“Lembra-nos Jesus: “Por isso, vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis. E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas” (Marcos, 11: 24-25).

Orienta também Jesus: “E quando orardes, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que esta oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará. E orando, não useis vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos” (Mateus, 6: 5-7). Jesus nos ensina como orar, dizendo:

“Pai-nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na Terra, como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal” (Mateus, 6: 9-13).

“A oração é divino movimento do espelho de nossa alma no rumo da Esfera superior, para refletir-lhe a grandeza.” Orar é identificar-se com a maior fonte de poder de todo o Universo, absorvendo-lhe as reservas e retratando as leis da renovação permanente que governam os fundamentos da vida. A prece impulsiona as recônditas energias do coração, libertando-as com as imagens de nosso desejo, por intermédio da força viva e plasticizante do pensamento, imagens essas que, ascendendo às Esferas superiores, tocam as inteligências visíveis ou invisíveis que nos rodeiam, pelas quais comumente recebemos as respostas do plano divino, porquanto o Pai Todo-Bondoso se manifesta igualmente pelos filhos que se fazem bons. A vontade que ora, tange o coração que sente, produzindo reflexos iluminativos através dos quais o Espírito recolhe em silêncio, sob a forma de inspiração e socorro íntimo, o influxo dos mensageiros divinos que lhe presidem o território evolutivo, a lhe renovarem a emoção e a ideia, com que se lhe aperfeiçoa a existência.

Os ensinamentos de Jesus representam, pois, “[...] a pedra angular, isto é, a pedra de consolidação do novo edifício da fé, erguido sobre as ruínas do antigo”. Sendo assim, chegará o dia em que estas palavras do Cristo se cumprirão: “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor” (João, 10:16). Por essas palavras, Jesus claramente anuncia que os homens um dia se unirão por uma crença única; mas como poderá efetuar-se essa união? Difícil parecerá isso, tendo-se em vista as diferenças que existem entre as religiões, o antagonismo que elas alimentam entre seus adeptos, a obstinação que manifestam em se acreditarem na posse exclusiva da verdade. [...] Entretanto, a unidade se fará em religião, como já tende a fazer-se socialmente, politicamente, comercialmente, pela queda das barreiras que separam os povos, pela assimilação dos costumes, dos usos, da linguagem. Os povos do mundo inteiro já confraternizam, como os das províncias de um mesmo império. Pressente-se essa unidade e todos a desejam. Ela se fará pela força das coisas, porque há de tornar-se uma necessidade, para que se estreitem os laços de fraternidade entre as nações; far-se-á pelo desenvolvimento da razão humana, que se tornará apta a compreender a puerilidade de todas as dissidências; pelo progresso das ciências, a demonstrar cada dia mais os erros materiais sobre que tais dissidências assentam e a destacar pouco a pouco das suas fiadas as pedras estragadas.

Demolindo nas religiões o que é obra dos homens e fruto de sua ignorância das leis de Natureza, a Ciência não poderá destruir, malgrado à opinião de alguns, o que é obra de Deus e eterna verdade. Afastando os acessórios, ela prepara as vias para a unidade. A fim de chegarem a esta, as religiões terão que encontrar-se num terreno neutro, se bem que comum a todas; para isso, todas terão que fazer concessões e sacrifícios mais ou menos importantes, conformemente à multiplicidade dos seus dogmas particulares. [...] No estado atual da opinião e dos conhecimentos, a religião, que terá de congregar um dia todos os homens sob o mesmo estandarte, será a que melhor satisfaça à razão e às legítimas aspirações do coração e do espírito; que não seja em nenhum ponto desmentida pela ciência positiva; que, em vez de se imobilizar, acompanhe a Humanidade em sua marcha progressiva, sem nunca deixar que a ultrapassem; que não for nem exclusivista, nem intolerante; que for a emancipadora da inteligência, com o não admitir senão a fé racional; aquela cujo código de moral seja o mais puro, o mais lógico, o mais de harmonia com as necessidades sociais, o mais apropriado, enfim, a fundar na Terra o reinado do Bem, pela prática da caridade e da fraternidade universais.” -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos







137. Um Espírito pode encarnar a um tempo em dois corpos diferentes? 

“Não, o Espírito é indivisível e não pode animar simultaneamente dois seres distintos.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

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