"A balança fraudulenta é abominada pelo Senhor,mas o peso justo lhe é agradável." -( Provérbios, 11: 1 )-
Amados irmãos, bom dia!
"Ponderemos, quanto a isso, e reconheçamos a nossa obrigação de trabalhar pelo bem
para que se faça, em toda a parte, o bem de todos. Lavrar o solo do espírito com os
instrumentos do estudo, semear a compreensão, difundir os valores humanos, exemplificar
lealdade aos compromissos esposados na oficina de elevação, espalhar para os outros,
tanto quanto possível, as bênçãos do Senhor." -( Mãos Unidas - Chico Xavier / Emmanuel )-
Interpretação do texto evangélico:
O povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz; e aos que
estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou. (Mt 4: 16).
"A palavra “povo” traz o sentido de coletividade ou de agrupamento de
indivíduos, como se sabe. Pode fazer referência a todos os habitantes do Planeta
ou de uma parte destes. No texto evangélico em questão, refere-se a um povo
específico o “que estava assentado em trevas”, que faz, por sua vez, referência
cruzada com Isaías, 9:2. Mas, há algo mais: o referido povo além de se encontrar
em trevas, estava “assentado”, ou seja, totalmente acomodado na situação.
Afinal, o que significa “estar em trevas”? Que povo era aquele que “estava
assentado em trevas”?
A palavra “trevas” significa estado de ignorância e de desinformação,
relativo às verdades espirituais. O indivíduo pode até possuir informações de
natureza espiritualista ou religiosa. Entretanto, tais informações são mantidas
na superfície do processo evolutivo, sem força moral suficiente para operar
uma verdadeira transformação no ser, tornando-o melhor. É por este motivo
que o Cristo assevera: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em
trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8:12).
A Doutrina Espírita esclarece que não é suficiente o indivíduo estar informado
sobre um ou outro ensino moral. É necessário desenvolver esforço
persistente de melhoria espiritual, combatendo as imperfeições.
O espírita, nesse particular, está suficientemente esclarecido de que para
se libertar das trevas é preciso seguir Jesus, incorporando em suas ações cotidianas a mensagem de amor ensinada no Evangelho. Entretanto, para se
transformar em “a luz do mundo” (“vós sois a luz do mundo”- Mt 5: 14), é
preciso esforço maior.
Há quem admire a glória do Cristo. Mas a admiração pura e simples pode transformar-se
em êxtase inoperante. Há quem creia nas promessas do Senhor. Todavia, a crença
só por si pode gerar o fanatismo e a discórdia. Há quem defenda a revelação de Jesus.
Entretanto, a defesa considerada isoladamente pode gerar o sectarismo e a cegueira.
Há quem confie no Divino Mestre. Contudo, a confiança estagnada pode ser uma força
inerte. Há quem espere pelo Eterno Benfeitor. No entanto, a expectativa sem trabalho
pode ser ansiedade inútil. Há quem louve o Salvador. Louvor exclusivo, porém, pode
coagular a adoração improdutiva. A palavra do Enviado Celeste, entretanto, é clara e
incisiva: — “Aquele que me segue não andará em trevas.”
“O povo que estava assentado em trevas” representa, em especial, os religiosos
que priorizam as práticas e a teologia em detrimento do ensinamento
espiritual, elemento renovador da posição evolutiva do ser humano. Sendo
assim, é imperativo penetrar na essência dos ensinamentos e segui-los na íntegra.
Há religiões mais esclarecidas do que outras, mas todas ensinam o bem.
O religioso que se prende às práticas da religião, não se revela suficientemente
atento ao processo de transformação moral e, em geral, não mede os efeitos
dos seus atos na vida das pessoas e na sociedade. Em consequência, desenvolve
excessivo apego às ordenações da existência material. Por exemplo, pelo «[...]
simples fato de duvidar da vida futura, o homem dirige todos os seus pensamentos
para a vida terrestre. Sem nenhuma certeza quanto ao porvir, dá tudo
ao presente.»
“O povo que estava assentado nas trevas” pode indicar, igualmente,
qualquer coletividade humana que se mantém indiferente ao processo de
melhoria espiritual. Esse povo representa os grupos de pessoas descuidadas,
ignorantes da realidade e alheias à manifestação da vida. Cedo ou tarde, serão
sacudidas pela lei do progresso e verão a “grande luz”, segundo o relato do
texto evangélico.
Sigamos de perto o sentido desta orientação de Emmanuel, a fim de não
nos comprometer com a ignorância e retardar o nosso processo evolutivo:
Cede aos poderes humanos respeitáveis o que lhes cabe por direito lógico da vida, mas
não te esqueças de dar ao Senhor o que lhe pertence. [...] Não convém concentrar em
organizações mutáveis do plano carnal todas as nossas esperanças e aspirações. O homem
interior renova-se diariamente. Por isso, a ciência que lhe atende as reclamações, nos minutos que passam, não é a mesma que o servia, nas horas que se foram, e a do
futuro será muito diversa daquela que o auxilia no presente.
A política do pretérito deu
lugar à política das lutas modernas. Ao triunfo sanguinolento dos mais fortes ao tempo
da selvageria sem peias, seguiu-se a autocracia militarista. A força cedeu à autoridade,
a autoridade ao direito. No setor das atividades religiosas, o esforço evolutivo não tem
sido menor. [...] Examinando a fisionomia indisfarçável da verdade, como hipertrofiar
o sentimento, definindo-te, em absoluto, por instituições terrestres que carecem, acima
de tudo, de teu próprio auxílio espiritual? A evolução se encaminha de forma que envolve toda a comunidade humana,
em um ou outro momento: ao lado das criaturas já plenamente esclarecidas,
encontram-se as ignorantes, de diferentes graus. Estas, no momento propício,
porém, serão banhadas por uma “grande luz” implementadora do progresso
espiritual. E os que estavam “assentados” se erguerão.
A segunda parte do versículo 16 apresenta esta informação: “e aos que
estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou.” Não deixa de ser
interessante este detalhe. Percebemos que, o esclarecimento doutrinário não
se aplica apenas ao povo “que estava assentado em trevas” (ou seja, todos os
ignorantes e desinformados), mas, especificamente, aos que “estavam assentados
na região e sombra da morte”.
As anotações do evangelista apontam, portanto, para um grupo de Espíritos que se encontrava em uma esfera, morada ou região evolutiva. É preciso
atenção: tais localidades não devem ser confundidas com habitações físicas.
São moradas mentais, os locais onde a mente se encontra, de acordo com o
progresso evolutivo alcançado. São regiões eleitas por cada um, de acordo
com as manifestações do livre arbítrio, e em decorrência dos desejos, vontade
e seleções íntimos." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
BÊNÇÃOS E MALDIÇÕES
557 Podem a bênção e a maldição atrair o bem e o mal para aquele sobre quem são lançadas?
“Deus não escuta a maldição injusta e culpado perante ele se torna o que a profere. Como temos os dois gênios opostos, o bem e o mal, pode a maldição exercer momentaneamente influência, mesmo sobre a matéria. Tal influência, porém, só se verifica por vontade de Deus como aumento de prova para aquele que é dela objeto. Demais, o que é comum é serem amaldiçoados os maus e abençoados os bons. Jamais a bênção e a maldição podem desviar da senda da justiça a Providência, que nunca fere o maldito, senão quando mau, e cuja proteção não acoberta senão aquele que a merece.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
Estudo do Livro dos Espíritos
BÊNÇÃOS E MALDIÇÕES
557 Podem a bênção e a maldição atrair o bem e o mal para aquele sobre quem são lançadas?
“Deus não escuta a maldição injusta e culpado perante ele se torna o que a profere. Como temos os dois gênios opostos, o bem e o mal, pode a maldição exercer momentaneamente influência, mesmo sobre a matéria. Tal influência, porém, só se verifica por vontade de Deus como aumento de prova para aquele que é dela objeto. Demais, o que é comum é serem amaldiçoados os maus e abençoados os bons. Jamais a bênção e a maldição podem desviar da senda da justiça a Providência, que nunca fere o maldito, senão quando mau, e cuja proteção não acoberta senão aquele que a merece.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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