quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Marta, Maria e Maria de Magdala


“Da mesma boca procede bênção e maldição.” -( Tiago, 3:10 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Examina o sentido, o modo e a direção de tuas palavras, antes de pronunciá­las. Da mesma boca procede bênção ou maldição para o caminho." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )- 








Texto evangélico:

E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa. E tinha esta uma irmã, chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Marta, porém, andava distraída em muitos serviços e, aproximando-se, disse: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe, pois, que me ajude. E, respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada. (Lucas, 10: 38-42.) 

Foi, pois, Jesus seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos. Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Então, Maria, tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento. (João, 12:1-3.) 

E, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro. Correu, pois, e foi a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. [...] E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro. Estando ela, pois, chorando, abaixou-se para o sepulcro. [...] E disseram-lhe eles: Mulher, por que choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. E, tendo dito isso, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus. Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem buscas? Ela, cuidando que era o hortelão, disse-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni (que quer dizer Mestre)! (João, 20:1-2; 11; 13-16.) 

"A tradição judaica mantinha a liberdade feminina semelhante à dos homens, nos tempos antigos. “Israel vivia num mundo patriarcal,  mas sua sociedade era sempre conformada por uma fé que dava igualdade às mulheres aos olhos de Deus.” Antes do exílio babilônico (587–586 a.C.), encontram-se mulheres profetisas, juízas, rainhas, sem jamais serem excluídas do culto de Deus. São, por vezes, veneradas como modelo de sabedoria. A honra das mães é equivalente à dos pais na lei básica de Israel, os Dez Mandamentos. Os direitos de família de viúvas e mães são protegidos por lei. A mulher que se envolve em empreendimentos comerciais lucrativos, que ensina com sabedoria, e que serve à comunidade mediante atos de caridade é reverenciada como ideal. [...] Quando Israel foi levada para o exílio babilônio, seus sacerdotes no exílio determinaram que iriam traçar um plano para a vida de Israel que asseguraria que ela [a nação judia] jamais seria de novo julgada por Deus. Assim, coletaram e escreveram uma legislação sacerdotal que iria assegurar o ritual e a pureza social de Israel. Ao mesmo tempo, enfatizaram a importância da circuncisão como sinal de aliança. Essa ênfase levou a sexualidade para o domínio do culto e relacionou as mulheres à comunidade da aliança apenas através de seus homens.

As ordenações religiosas foram, aos poucos, limitando a ação da mulher. Por exemplo: ao eliminar a prática de derramamento de sangue na sinagoga, pelo sacrifício de animais, as mulheres foram excluídas do culto no período de parto ou de menstruação; o marido podia anular os votos a Deus pronunciados por sua esposa; não podiam aprender ou ensinar a Torá etc. As ações de Jesus em relação às mulheres foram consideradas revolucionárias, também neste sentido. Ele não hesitou em envolver até mulheres estrangeiras impuras em conversação pública. Ignorou todas as restrições de impureza ritual. Ele próprio ensinou mulheres, deu-lhes uma posição igual às dos homens [...] e conferiu-lhes o mais elevado respeito como pessoas.

Estas medidas foram mantidas pelos apóstolos e discípulos nos tempos do Cristianismo primitivo: as mulheres podiam, entre outras atividades, ser batizadas; praticar a caridade; ser ministras da Igreja; pregar no culto; profetizar e ensinar. Marta era irmã de Maria que ungiu nosso Senhor pouco antes de sua morte [Mt 26: 7; Mc 14: 3; Jo: 12: 3] [...]; e de Lázaro, a quem Jesus ressuscitou dos mortos (Jo:11), que era irmão de ambas. Segundo Jo a família veio de Betânia, uma vila provavelmente cerca de 3 km distante de Jerusalém, na estrada de Jericó. O nome Maria Madalena, outra importante personagem do Evangelho, sugere que ela veio da aldeia galileia de Magdala. Em Lucas, 8:2 [...] lemos que entre as mulheres curadas de possessão demoníaca [isto é, subjugação], e que passaram a acompanhar o Senhor e seus discípulos durante o ministério de evangelização dos mesmos, estava também “Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios” [sete obsessores] (cf. Mc 16:9; na terminação mais longa)." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






549. Algo de verdade haverá nos pactos com os maus Espíritos? 

“Não, não há pactos. Há, porém, naturezas más que simpatizam com os maus Espíritos. Por exemplo: queres atormentar o teu vizinho e não sabes como hás de fazer. Chamas então por Espíritos inferiores que, como tu, só querem o mal e que, para te ajudarem, exigem que também os sirvas em seus maus desígnios. Mas, não se segue que o teu vizinho não possa livrar-se deles por meio de uma conjuração oposta e pela ação da sua vontade. Aquele que intenta praticar uma ação má, pelo simples fato de alimentar essa intenção, chama em seu auxílio maus Espíritos, aos quais fica então obrigado a servir, porque dele também precisam esses Espíritos, para o mal que queiram fazer. Nisto apenas é que consiste o pacto.” 

O fato de o homem ficar, às vezes, na dependência dos Espíritos inferiores nasce de se entregar aos maus pensamentos que estes lhe sugerem e não de estipulações quaisquer que com eles faça. O pacto, no sentido vulgar do termo, é uma alegoria representativa da simpatia existente entre um indivíduo de natureza má e Espíritos malfazejos.




Que a graça e a paz sejam conosco!

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