"O filho sábio é a alegria de seu pai, o insensato, porém,a aflição de sua mãe." -( Provérbios, 10: 1 )-
Amados irmãos, bom dia!
"Diante de cada dia que surge, reflitamos na edificação do bem a que somos chamados.
Para isso, comecemos abençoando pessoas e acontecimentos, circunstâncias e cousas,
para que o melhor se realize." -( Mãos Unidas - Chico Xavier / Emmanuel )-
Então, chegou ela e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me. Ele, porém,
respondendo, disse: Não é bom pegar o pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos.
E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que
caem da mesa dos seus senhores. Então, respondeu Jesus e disse-lhe: Ó mulher,
grande é a tua fé. Seja isso feito para contigo, como tu desejas. E, desde aquela
hora, a sua filha ficou sã. (Mt 15: 25-28).
"A mulher sirofenícia não se deixa abater pelo silêncio de Jesus nem com as palavras dos discípulos. Persiste no seu propósito de receber o auxílio, implorando e argumentando com o Senhor. Alimentada pela força do amor que devotava à filha e pela confiança em Jesus, o mensageiro celestial, multiplicou as forças íntimas, prostrando-se junto ao Mestre, dizendo com mais convicção: “Senhor, socorre-me”. Há algo mais na postura dessa mulher: ela depositou toda a sua esperança, alimentada pela fé inarredável na pessoa do Senhor. Os verbos: “chegou” e “adorou-o” definem o alto grau de segurança e de humildade dessa criatura. Fica evidente também que ela realmente possuía muito mais informações sobre os poderes de Jesus, do que usualmente um sirofenício teria. Mesmo assim, em nenhum momento agrediu, revoltou-se ou insurgiu-se de qualquer maneira. Simplesmente, disse: “Senhor, socorre-me”.
Temos, assim, o valor da humildade associado à fé. O acontecimento ficou preso no tempo, mas o ensinamento permanece e se irradia pelos séculos. Jesus não pronunciou qualquer palavra, no primeiro momento. Entretanto, um diálogo inarticulado foi instaurado, que culminou com o pedido de socorro daquela mulher confiante e esperançosa, que soube submeter-se ao amparo da misericórdia do Senhor. O Mestre, entretanto, ao ouvir o segundo apelo, lhe responde: “Não é bom pegar o pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos”. A interpretação literal deste versículo 26 é totalmente imprópria. Aliás, esta afirmativa costuma escandalizar alguns aprendizes mais desavisados. A expressão é direta, mas acentuadamente afetiva, respeitosa, considerando o sentido didático da lição que o Mestre estava produzindo. Existiu uma razão para Jesus pronunciar aquelas palavras: era preciso que ela, a mulher sirofenícia, recordasse a sua origem de “ovelha perdida da casa de Israel”, renascida, naquela existência, no seio de um povo politeísta. Ela é o símbolo de alguém que renega a sua origem divina (tal como aconteceu ao filho pródigo) para entregar-se às sensações e aos prazeres da vida material. Preferiu Mamon a Deus. Entretanto, os reflexos da sua escolha infeliz se faziam presentes. Por isso ela buscou Jesus com tanta veemência.
Por outro lado, importa considerar que o Mestre testou a fé que ela, aparentemente, revelava possuir, a fim de que a lição ficasse clara para o aprendiz do Evangelho: “seria ela uma ovelha perdida que desejava voltar ao redil?” ou “seria alguém que, por ser informada dos prodígios operados por Jesus, desejava se ver livre de um problema que lhe atormentava a existência?” Apesar da incipiente base de conhecimento espiritual que ela recebeu naquela existência expiatória, o Mestre a reconheceu (“ovelha perdida da casa de Israel”), de imediato, de forma que o diálogo que se seguiu, foi para revelar quem ela era e de onde ela vinha. Condição que ficou plenamente demonstrada não só porque a cananéia busca e adora Jesus, reconhecendo-o como o Benfeitor Maior, mas, também, pela lucidez do diálogo que com ele estabelece. Quando Jesus responde-lhe que “não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos” não a estava humilhando, comparando-a com os filhotes de cães. A palavra “cachorrinhos” tem o sentido de “criancinhas” que, no texto, simbolizava o pouco conhecimento espiritual dos sirofenícios que, por serem politeístas, ainda se encontravam no estágio inicial dos processos que levam à compreensão de Deus Único.
Os “filhos” simbolizavam os judeus, monoteístas por natureza, isto é, Espíritos que se encontravam um passo à frente, em termos de entendimento espiritual, a despeito das distorções religiosas existentes. Dessa forma, o alimento espiritual destinado aos seres humanos, simbolizados como “filhos”, deveria ser diferente do que era fornecido aos “cachorrinhos” — animais fiéis, muito próximos dos homens — ou “filhotes” que, por representarem crianças espirituais, requisitavam uma alimentação menos consistente, apropriada à idade infantil.
Cairbar Schutel complementa a lição com estas explicações: A mulher sirofenícia, embora não fosse da “casa de Israel”, era uma dessas ovelhas. A sua intuição de procurar a Jesus, o seu gesto de prostrar-se a seus pés, o seu modo decisivo e claro de falar-lhe, a sua insistência na rogativa dirigida ao Mestre, mostra bem claramente que se tratava de uma pessoa que não podia deixar de ter afinidade espiritual com Jesus. Para afirmar mais ainda a sua fé, e certamente porque aquela mulher havia cometido a grande falta do “desgarramento” do seu rebanho em anterior encarnação, Jesus propositadamente tratou-a com severidade, pois assim despertaria nela fundas intuições de haver abandonado o Mestre e ela se firmaria ainda mais no dever de reparar a falta [...]. Já não era somente a cura de sua filha que ela desejava; queria também, embora “como um cachorrinho”, comer uma migalha daquele pão da Vida que Jesus estava distribuindo tão fartamente e com tanto amor, para os deserdados da sorte. Aberto o Espírito para as coisas divinas e publicamente proclamada a fé e a crença resoluta que ela mantinha, Jesus não se fez mais rogado, e, satisfazendo-lhe o desejo, frisou bem: “Por esta palavra vai-te, faça-se contigo como queres. Mulher, grande é a tua fé!” E daquela hora em diante a sua filha ficou sã." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
555. Que sentido se deve dar ao qualificativo de feiticeiro?
“Aqueles a quem chamais feiticeiros são pessoas que, quando de boa-fé, gozam de certas faculdades, como sejam a força magnética ou a dupla vista. Então, como fazem coisas geralmente incompreensíveis, são tidas por dotadas de um poder sobrenatural. Os vossos sábios não têm passado muitas vezes por feiticeiros aos olhos dos ignorantes?”
O Espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma imensidade de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu um sem número de fábulas, em que os fatos se apresentam exagerados pela imaginação. O conhecimento lúcido dessas duas ciências que, a bem dizer, formam uma única, mostrando a realidade das coisas e suas verdadeiras causas, constitui o melhor preservativo contra as idéias supersticiosas, porque revela o que é possível e o que é impossível, o que está nas leis da Natureza e o que não passa de ridícula crendice.
Que a graça e a paz sejam conosco!
"A mulher sirofenícia não se deixa abater pelo silêncio de Jesus nem com as palavras dos discípulos. Persiste no seu propósito de receber o auxílio, implorando e argumentando com o Senhor. Alimentada pela força do amor que devotava à filha e pela confiança em Jesus, o mensageiro celestial, multiplicou as forças íntimas, prostrando-se junto ao Mestre, dizendo com mais convicção: “Senhor, socorre-me”. Há algo mais na postura dessa mulher: ela depositou toda a sua esperança, alimentada pela fé inarredável na pessoa do Senhor. Os verbos: “chegou” e “adorou-o” definem o alto grau de segurança e de humildade dessa criatura. Fica evidente também que ela realmente possuía muito mais informações sobre os poderes de Jesus, do que usualmente um sirofenício teria. Mesmo assim, em nenhum momento agrediu, revoltou-se ou insurgiu-se de qualquer maneira. Simplesmente, disse: “Senhor, socorre-me”.
Temos, assim, o valor da humildade associado à fé. O acontecimento ficou preso no tempo, mas o ensinamento permanece e se irradia pelos séculos. Jesus não pronunciou qualquer palavra, no primeiro momento. Entretanto, um diálogo inarticulado foi instaurado, que culminou com o pedido de socorro daquela mulher confiante e esperançosa, que soube submeter-se ao amparo da misericórdia do Senhor. O Mestre, entretanto, ao ouvir o segundo apelo, lhe responde: “Não é bom pegar o pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos”. A interpretação literal deste versículo 26 é totalmente imprópria. Aliás, esta afirmativa costuma escandalizar alguns aprendizes mais desavisados. A expressão é direta, mas acentuadamente afetiva, respeitosa, considerando o sentido didático da lição que o Mestre estava produzindo. Existiu uma razão para Jesus pronunciar aquelas palavras: era preciso que ela, a mulher sirofenícia, recordasse a sua origem de “ovelha perdida da casa de Israel”, renascida, naquela existência, no seio de um povo politeísta. Ela é o símbolo de alguém que renega a sua origem divina (tal como aconteceu ao filho pródigo) para entregar-se às sensações e aos prazeres da vida material. Preferiu Mamon a Deus. Entretanto, os reflexos da sua escolha infeliz se faziam presentes. Por isso ela buscou Jesus com tanta veemência.
Por outro lado, importa considerar que o Mestre testou a fé que ela, aparentemente, revelava possuir, a fim de que a lição ficasse clara para o aprendiz do Evangelho: “seria ela uma ovelha perdida que desejava voltar ao redil?” ou “seria alguém que, por ser informada dos prodígios operados por Jesus, desejava se ver livre de um problema que lhe atormentava a existência?” Apesar da incipiente base de conhecimento espiritual que ela recebeu naquela existência expiatória, o Mestre a reconheceu (“ovelha perdida da casa de Israel”), de imediato, de forma que o diálogo que se seguiu, foi para revelar quem ela era e de onde ela vinha. Condição que ficou plenamente demonstrada não só porque a cananéia busca e adora Jesus, reconhecendo-o como o Benfeitor Maior, mas, também, pela lucidez do diálogo que com ele estabelece. Quando Jesus responde-lhe que “não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos” não a estava humilhando, comparando-a com os filhotes de cães. A palavra “cachorrinhos” tem o sentido de “criancinhas” que, no texto, simbolizava o pouco conhecimento espiritual dos sirofenícios que, por serem politeístas, ainda se encontravam no estágio inicial dos processos que levam à compreensão de Deus Único.
Os “filhos” simbolizavam os judeus, monoteístas por natureza, isto é, Espíritos que se encontravam um passo à frente, em termos de entendimento espiritual, a despeito das distorções religiosas existentes. Dessa forma, o alimento espiritual destinado aos seres humanos, simbolizados como “filhos”, deveria ser diferente do que era fornecido aos “cachorrinhos” — animais fiéis, muito próximos dos homens — ou “filhotes” que, por representarem crianças espirituais, requisitavam uma alimentação menos consistente, apropriada à idade infantil.
Cairbar Schutel complementa a lição com estas explicações: A mulher sirofenícia, embora não fosse da “casa de Israel”, era uma dessas ovelhas. A sua intuição de procurar a Jesus, o seu gesto de prostrar-se a seus pés, o seu modo decisivo e claro de falar-lhe, a sua insistência na rogativa dirigida ao Mestre, mostra bem claramente que se tratava de uma pessoa que não podia deixar de ter afinidade espiritual com Jesus. Para afirmar mais ainda a sua fé, e certamente porque aquela mulher havia cometido a grande falta do “desgarramento” do seu rebanho em anterior encarnação, Jesus propositadamente tratou-a com severidade, pois assim despertaria nela fundas intuições de haver abandonado o Mestre e ela se firmaria ainda mais no dever de reparar a falta [...]. Já não era somente a cura de sua filha que ela desejava; queria também, embora “como um cachorrinho”, comer uma migalha daquele pão da Vida que Jesus estava distribuindo tão fartamente e com tanto amor, para os deserdados da sorte. Aberto o Espírito para as coisas divinas e publicamente proclamada a fé e a crença resoluta que ela mantinha, Jesus não se fez mais rogado, e, satisfazendo-lhe o desejo, frisou bem: “Por esta palavra vai-te, faça-se contigo como queres. Mulher, grande é a tua fé!” E daquela hora em diante a sua filha ficou sã." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
555. Que sentido se deve dar ao qualificativo de feiticeiro?
“Aqueles a quem chamais feiticeiros são pessoas que, quando de boa-fé, gozam de certas faculdades, como sejam a força magnética ou a dupla vista. Então, como fazem coisas geralmente incompreensíveis, são tidas por dotadas de um poder sobrenatural. Os vossos sábios não têm passado muitas vezes por feiticeiros aos olhos dos ignorantes?”
O Espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma imensidade de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu um sem número de fábulas, em que os fatos se apresentam exagerados pela imaginação. O conhecimento lúcido dessas duas ciências que, a bem dizer, formam uma única, mostrando a realidade das coisas e suas verdadeiras causas, constitui o melhor preservativo contra as idéias supersticiosas, porque revela o que é possível e o que é impossível, o que está nas leis da Natureza e o que não passa de ridícula crendice.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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