segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Sobretudo a fé


"Agrada-te do Senhor e ele fará aquilo que deseja o teu coração./' -( Salmos, 37: 4 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Provavelmente, em nossas fraquezas, teremos sido alguma vez defrontados pela tentação de acusar amigos ou adversários, quanto aos acontecimentos desagradáveis que nos ocorrem, no entanto, basta investigar o intimo para reconhecermos que as nossas falhas e erros pertencem ás opiniões e decisões que formamos por nós próprios. Todos estamos entrosados uns com os outros, através de vastas cadeias de relações e reações, no intercâmbio espiritual e as experiências que nos são necessárias decorrem de nossa vinculação com o próximo." -( Mãos Unidas - Chico Xavier / Emmanuel )-








Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu; não temais. E respondeu-lhe Pedro e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me. E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Homem de pequena fé, por que duvidaste? E, quando subiram para o barco, acalmou o vento. ( Mt 14:27-32 ).

É natural que os discípulos se assustassem com o surgimento inesperado do Cristo, ainda mais deslizando sobre as águas, mesmo que tivessem presenciado inúmeros prodígios realizados por Jesus. Tiveram medo e pensaram, no primeiro momento, que era um fantasma cuja aparência lembrava o seu Mestre. Foi por esse motivo que Pedro disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas”. E o Senhor responde, prontamente: “Vem”. A dúvida é um sentimento atroz, que nos lança numa situação de conflito íntimo. Neste sentido, afirmava o apóstolo Tiago em sua epístola: “[...] porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte” (Tg 1:6).

A dúvida, no plano externo, pode auxiliar a experimentação, nesse ou naquele setor do progresso material, mas a hesitação no mundo íntimo é o dissolvente de nossas melhores energias. Quem duvida de si próprio, perturba o auxílio divino em si mesmo. Ninguém pode ajudar àquele que se desajuda. 
Confiando e desconfiando, Pedro atendeu, de certa forma, à solicitação do Mestre de ir até ele, andando sobre as águas. Entretanto, a dúvida foi maior que a confiança, por isso ele começou a afundar nas águas do lago de Genesaré. É possível que lhe tenha faltado fé, não no Mestre, mas em si próprio.
E façamos dentro de nós o silêncio preciso, emudecendo qualquer indisciplina mental. Sintonizemos o coração em ponto certo, ou, melhor, liguemos o pensamento para a Infinita sabedoria, tendo o cuidado imprescindível para que a estática de nossas paixões e sensações não interfira com a recepção da bênção que nos advirá da divina Bondade.

Os versículos 29, 30 e 31, indicam que Pedro não conseguiu manter-se sobre as águas, afundando: “E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me. E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Homem de pequena fé, por que duvidaste?” Tal apontamento fornece inequívocas lições que devem ser refletidas mais profundamente:

A tempestade estabelecera a perturbação no ânimo dos discípulos mais fortes. Desorientados, ante a fúria dos elementos, socorrem-se de Jesus,em altos brados. Atende-os o Mestre, mas pergunta depois: — Onde está a vossa fé? O quadro sugere ponderações de vasto alcance. A interrogação de Jesus indica claramente a necessidade de manutenção da confiança, quando tudo parece obscuro e perdido. Em tais circunstâncias, surge a ocasião da fé, no tempo que lhe é próprio. Se há ensejo para trabalho e descanso, plantio e colheita, revelar-se-á igualmente a confiança na hora adequada. Ninguém exercitará otimismo, quando todas as situações se conjugam para o bem-estar. É difícil demonstrar-se amizade nos momentos felizes. Aguardem os discípulos, naturalmente, oportunidades de luta maior, em que necessitarão aplicar mais extensa e intensivamente os ensinos do Senhor. Sem isso, seria impossível aferir valores. Na atualidade dolorosa, inúmeros companheiros invocam a cooperação direta do Cristo. E o socorro vem sempre, porque é infinita a misericórdia celestial, mas, vencida a dificuldade, esperem a indagação: — Onde está a vossa fé?
E outros obstáculos sobrevirão, até que o discípulo aprenda a dominar-se, a educar-se e a vencer, serenamente, com as lições recebidas.

Importa destacar o cuidado e o amor do Cristo, auxiliando os discípulos em dois momentos específicos, citados no texto em estudo.

Primeiro quando percebeu a agitação das águas: “E o barco estava já no meio do mar, açoitado pelas ondas, porque o vento era contrário. Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, caminhando por cima do mar” (Mt 14:24-25). Segundo quando evitou que Pedro se afogasse: “E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me. E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Homem de pequena fé, por que duvidaste?” (Mt 14:29-31) 

Na verdade, o Mestre está sempre presente quando precisamos do seu auxílio. É bom não esquecer.
Na localização histórica do Cristo, impressiona-nos a realidade de sua imensa afeição pela Humanidade. Pelos homens, fez tudo o que era possível em renúncia e dedicação. Seus atos foram celebrados em assembleias de confraternização e de amor. [...] Era amigo fiel dos necessitados que se socorriam de suas virtudes imortais. Pelas lições evangélicas, nota-se-lhe o esforço para ser entendido em sua infinita capacidade de amar. A última ceia representa uma paisagem completa de afetividade integral. Lava os pés aos discípulos, ora pela felicidade de cada um...

O registro de Mateus encerra-se com esta anotação: “E, quando subiram para o barco, acalmou o vento” (Mt 14:32). Considerando a prodigiosa personalidade do Cristo, o seu conhecimento sobre as coisas da “terra e do céu”, é natural que Ele acalmasse ventos, tempestades e outros fenômenos da Natureza, com ou sem o auxílio de Espíritos que agiam como seus colaboradores. O que permanece, o que deve marcar o nosso Espírito, não são os seus atos exteriores, mas as suas lições sublimes, uma vez que “Jesus foi a manifestação do amor de Deus, a personificação de sua bondade infinita”. -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos







567. Costumam os Espíritos imiscuir-se em nossos prazeres e ocupações?

“Os Espíritos vulgares, como dizes, costumam. Esses vos rodeiam constantemente e com frequência tomam parte muito ativa no que fazeis, de conformidade com suas naturezas. Cumpre assim aconteça, porque, para serem os homens impelidos pelas diversas veredas da vida, necessário é que se lhes excitem ou moderem as paixões.”

Com as coisas deste mundo os Espíritos se ocupam conformemente ao grau de elevação ou de inferioridade em que se achem. Os Espíritos superiores dispõem, sem dúvida, da faculdade de examiná-las nas suas mínimas particularidades, mas só o fazem na medida em que isso seja útil ao progresso. Unicamente os Espíritos inferiores ligam a essas coisas uma importância relativa às reminiscências que ainda conservam e às idéias materiais que ainda se não extinguiram neles.




Que a graça e a paz sejam conosco!

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