"Não tenhas inveja dos homens malignos, nem deseje estar com eles." -( Provérbios, 24: 1 )-
Amados irmãos, bom dia!
"Guarda o teu sofrimento e mostra-o unicamente àqueles amigos que te possam medicar com segurança, para não destruíres o apoio e a colaboração daqueles sobre os quais te sustentas. Basta que o desejes e a vida te revelará múltiplos caminhos de reajuste e libertação. Sai de ti mesmo, carregando a tua dor, ao encontro de dores maiores que nos cercam, em todas as direções, a fim de minorá-las e regressarás, cada dia, a ti mesmo, trazendo uma partícula nova a mais de compreensão, - da bendita compreensão de que todos somos irmãos, sob a paternidade de Deus, - com dever claro e simples de auxiliar-nos uns aos outros, a fórmula mais alta de assegurar-nos o equilíbrio constante ou o reequilíbrio integral. -( Mãos Unidas - Chico Xavier / Emmanuel )-
E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés e um para Elias. -( Mt 17:3-4 )-.
A comprovação da imortalidade do Espírito, sobrevivente à morte do corpo físico, está evidente nessa citação do Evangelho. Várias escolas religiosas, defendendo talvez determinados interesses do sacerdócio, asseguram que o Evangelho não apresenta bases ao movimento de intercâmbio entre os homens e os Espíritos desencarnados que os precederam na jornada do mais Além... [...] Aliás, em diversas circunstâncias encontramos o Cristo em contato com almas perturbadas ou perversas, aliviando os padecimentos de infortunados perseguidos. Todavia, a mentalidade dogmática encontrou aí a manifestação de Satanás, inimigo eterno e insaciável. Aqui, porém, trata-se de sublime acontecimento no Tabor. Não vemos qualquer demonstração diabólica e, sim, dois espíritos gloriosos em conversação íntima com o Salvador. E não podemos situar o fenômeno em associação de generalidades, porquanto os “amigos do outro mundo”, que falaram com Jesus sobre o monte, foram devidamente identificados. Não se registrou o fato, declarando-se, por exemplo, que se tratava da visita de um anjo, mas de Moisés e do companheiro, dando-se a entender claramente que os “mortos” voltam de sua nova vida.
A materialização de Moisés e Elias tem razão de ser: os dois Espíritos traziam a garantia da amizade e fidelidade ao seu orientador maior, sobretudo por se tratar do momento em que se aproximava a crucificação. Neste encontro sublime, o Mestre radiante, na plenitude do seu Espírito, imprime continuidade à Lei e aos profetas. Vemos, assim, que Elias permanece ligado a Moisés na Antiga Aliança, da qual um é o legislador e, o outro, o grande profeta que a manteve intacta. A presença de ambos no Tabor é para testemunhar que a missão do Cristo renova e faz coroamento da Antiga Aliança. Quanto à percepção da presença de Moisés e de Elias, por parte dos apóstolos, pode ser catalogada como vidência mediúnica ou como materialização espiritual, que independe da faculdade de ver Espíritos. O fenômeno foi, entretanto, muito nítido, a ponto de Pedro pedir ao Senhor para construir um tabernáculo ou tenda, citada em outras versões. Fala, pois, mais a favor de uma materialização dos dois emissários do povo hebreu.
O exuberante fenômeno mediúnico, que trouxera de além da morte os ilustres líderes da raça, Moisés e Elias, deveria ficar ignorado pelas massas, que não o podiam compreender. Somente as pessoas preparadas emocional e psiquicamente dispunham da percepção necessária para entender que, ali, Moisés revogava a proibição de se falar com os mortos, vindo, ele próprio, demonstrar a possibilidade, ora tornada real.
A lição da ressurreição também estava sendo transmitida. Assim, quando Jesus fosse crucificado, esses apóstolos “[...] recordariam da cena da transfiguração e não perderiam a fé”.
Foi tão real a materialização dos dois profetas ao lado de Jesus, que Pedro pede permissão para levantar os tabernáculos, um para cada um. Esta ideia foi afastada não só pela impossibilidade de executá-la, como também porque Jesus quer que seu tabernáculo seja o nosso próprio coração, purificado pela fiel observância de seus ensinamentos." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
570. Os Espíritos percebem sempre os desígnios que lhes compete executar?
“Não. Muitos há que são instrumentos cegos. Outros, porém, sabem muito bem com que fim atuam.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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