“Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará os desejos do teu coração.” -(Sl 37.4)-
Amados irmãos, bom dia!
"Acreditemos ou não, tudo o que sentimos,pensamos, dizemos ou realizamos nos define a contribuição diária no montante de forças e possibilidades felizes ou menos felizes da existência. Meditemos nisso. Reflitamos na parcela de influência e de ação que impomos à vida, na pessoa dos semelhantes, porque de tudo o que dermos à vida, a vida também nos trará."
E, tendo dito isso, clamou com grande voz: Lázaro, vem para fora. E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto, envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o e deixai-o ir. -( Jo 11: 43-44 ).
"Por esses versículos compreendemos que a ressurreição de Lázaro foi realizada em três estágios. Atendendo ao aflitivo chamado das moças [Maria e Marta], que choravam o irmão morto, pronunciou as três frases que, segundo a elucidação espírita, indicam o lento despertar do Espírito para as belezas da imortalidade.
“Tirai a pedra.”
“Lázaro, sai para fora.”
“Desligai-o, e deixai-o ir”.
Por outro lado, considerando as implicações espirituais das ações e ensinamentos de Jesus, importa considerar:
O despertamento é gradativo e se condiciona ao funcionamento, equânime e perfeito, das leis naturais que regem a evolução. Ninguém desperta instantaneamente. Ninguém se ergue, de um momento para outro, do túmulo da ignorância, para o santuário do conhecimento. Ninguém dá um salto da cova do egoísmo para a catedral da abnegação. Ninguém, após levantar-se, conseguirá desenfaixar-se, com facilidade, sem o concurso de amigos e benfeitores, sejam eles encarnados ou desencarnados. Há sempre alguém intercedendo por nós, à maneira de Marta e Maria, que se apressaram a enviar mensageiros ao Cristo, a fim de que pudesse Lázaro ser restituído à dinâmica da vida. É importante analisarmos, à luz da Doutrina Espírita, cada etapa da ressurreição de Lázaro, brilhantemente interpretada por Martins Peralva.
Comecemos pela primeira ordenação de Jesus: “Tirai a pedra” ( Jo 11:39 ) Entre Jesus e o morto havia uma pedra. Entre a claridade e a sombra havia uma barreira, um obstáculo enorme e pesado. No estreito recinto onde se presumia que Lázaro começava a apodrecer, e no amplo mundo exterior, onde o Cristo meditava, duas estranhas realidades se defrontavam. Estranhas, diferentes, antagônicas... A vida e a morte. Cá fora, com a primeira, a luz fulgurando na ribalta da Natureza em festa. Lá dentro, com a segunda, a escuridão, a inércia. [...] Era indispensável, portanto, o concurso dos circunstantes, a colaboração dos que ali se encontravam, mesmo por curiosidade ou descrença, a ajuda dos amigos de Lázaro. [...] Apelou, então, Jesus, para a cooperação dos seus amigos: “Tirai a pedra.” Em outras palavras: “Tirai o entulho mental que impede a visão dos magníficos panoramas da Vida imortal.”
A segunda ordenação de Jesus é: “E, tendo dito isso, clamou com grande voz: Lázaro, vem para fora” ( Jo 11:43 ). Mas, tão logo estabeleceu contato visual com o jovem de Betânia, fala-lhe diretamente, sem reticências. Não mais intermediários: dá-lhe a ordem, incisiva e categórica. Intima-o, com bondosa energia, a deixar a sombra do túmulo, num convite a que viesse aspirar o oxigênio cá de fora; a que viesse reaquecer-se sob a claridade do Sol que buscava, àquela hora, a linha do horizonte.
Na última etapa do processo de ressurreição, Jesus entrega Lázaro aos cuidados de familiares e amigos. A lição cala fundo no nosso ser, fazendo-nos refletir sobre o valor da amizade. Mais uma vez, no entanto, uma vez mais o Mestre roga o concurso de nossos queridos cireneus, velhos amigos que removeram a pedra, quando não apenas “dormíamos”, mas estávamos “mortos” para as realidades da Vida mais alta. Devotados amigos, benfeitores incansáveis de outras existências, que estiveram ao nosso lado na “morte”, no “sono”, no “despertamento”, acorrem de novo, pressurosos, para nos desligarem as faixas e o lenço que nos perturbam, nos inibem, nos impedem de dar o passo decisivo. [...] Embora desperto — Lázaro não podia caminhar. Estava enfaixado, inibido, obliterado.
A ressurreição de Lázaro é preciosa oportunidade de aprendizado espiritual, oferecida pelo Evangelho e pela Doutrina Espírita.
Muitos outros comentários poderiam ser acrescentados. Destacamos, porém, alguns esclarecimentos de Emmanuel, sabiamente analisados por este benfeitor espiritual.
É importante pensar que Jesus não apenas arrancou Lázaro à sombra do túmulo. Trazendo-o, de volta, à vida, pede para que seja restituído à liberdade. “Desatai-o e deixai-o ir” — diz o Senhor. O companheiro redivivo deveria estar desalgemado para atender às próprias experiências. Emmanuel faz uma reflexão mais aprofundada do que deve significar para nós, pequenos aprendizes do Evangelho de Jesus, o retorno de Lázaro à vida. O regresso de Lázaro à vida ativa representa grandioso símbolo para todos os trabalhadores da Terra. Os criminosos arrependidos, os pecadores que se voltam para o bem, os que “trincaram” o cristal da consciência, entendem a maravilhosa característica do verbo recomeçar. Lázaro não podia ser feliz tão só por revestir-se novamente da carne perecível, mas, sim, pela possibilidade de reiniciar a experiência humana com valores novos. E, na faina evolutiva, cada vez que o Espírito alcança do Mestre divino a oportunidade de regressar à Terra, ei-lo desenfaixado dos laços vigorosos... exonerado da angústia, do remorso, do medo... A sensação do túmulo de impressões em que se encontrava, era venda forte a cobrir-lhe o rosto... Jesus, compadecido, exclamou para o mundo: — Desligai-o, deixai-o ir.
Essa passagem evangélica é assinalada de profunda beleza. Preciosa é a existência de um homem, porque o Cristo lhe permitiu o desligamento dos laços criminosos com o pretérito, deixando-o encaminhar-se, de novo, às fontes da vida humana, de maneira a reconstituir e santificar os elos de seu destino espiritual, na dádiva suprema de começar outra vez. É natural fazermos especulações sobre o que aconteceu a Lázaro depois da sua ressurreição, como ele tocou a sua vida, que lições foram retiradas de tão significativa experiência. O Espírito Irmão X, nos fala a respeito, em uma mensagem transmitida pela gloriosa mediunidade de Chico Xavier, a qual incluímos anexo, para leitura e desenvolvimento da atividade grupal." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
562. Já não tendo o que adquirir, os Espíritos da ordem mais elevada se acham em repouso absoluto, ou também lhes tocam ocupações?
“Que quererias que fizessem na eternidade? A ociosidade eterna seria um eterno suplício.”
a) — De que natureza são as suas ocupações?
“Receber diretamente as ordens de Deus, transmiti-las ao Universo inteiro e velar por que sejam cumpridas.”
Que a graça e a paz sejam conosco///1
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