domingo, 6 de agosto de 2017

Raboni


"A balança fraudulenta é abominada pelo Senhor, mas o peso justo lhe é agradável." -( Provérbios, 11: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Em cada resposta aos outros, em cada gesto para com os semelhantes, em cada manifestação dos teus pontos de vista e em cada demonstração de tua alma, grafas com tinta perene, a história de tua passagem." -( Mãos unidas - Chico Xavier / Emmanuel )-








Análise do segundo texto de João: Maria de Magdala 

E, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro. Correu, pois, e foi a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. [...] E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro. Estando ela, pois, chorando, abaixou-se para o sepulcro. [...] E disseram-lhe eles: Mulher, por que choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. E, tendo dito isso, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus. Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem buscas? Ela, cuidando que era o hortelão, disse-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni (que quer dizer Mestre)! (Jo, 20:1-2; 11; 13-16). 

Maria de Magdala representa o exemplo dos que cometem equívocos graves em sua marcha evolutiva, mas que conseguem, ao toque do amor do Cristo, reajustar-se perante a Lei de Deus e voltar-se, definitivamente, para o bem. Seguiu Jesus em muitas de suas peregrinações, estando presente nos momentos dolorosos da crucificação, em companhia de outras mulheres, e também no sublime instante da ressurreição do Senhor. Humberto de Campos nos transmite oportunas informações sobre esse valoroso Espírito: Maria de Magdala ouvira as pregações do Evangelho do Reino, não longe da vila principesca onde vivia entregue a prazeres, em companhia de patrícios romanos, e tomara-se de admiração profunda pelo Messias. Que novo amor era aquele apregoado aos pescadores singelos por lábios tão divinos? Até ali, caminhara ela sobre as rosas rubras do desejo, embriagando-se com o vinho de condenáveis alegrias. No entanto, seu coração estava sequioso e em desalento. Jovem e formosa, emancipara-se dos preconceitos férreos de sua raça; sua beleza lhe escravizara aos caprichos de mulher os mais ardentes admiradores; mas seu Espírito tinha fome de amor. 

O profeta nazareno havia plantado em sua alma novos pensamentos. Depois que lhe ouvira a palavra, observou que as facilidades da vida lhe traziam agora um tédio mortal ao Espírito sensível. As músicas voluptuosas não encontravam eco em seu íntimo, os enfeites romanos de sua habitação se tornaram áridos e tristes. Maria chorou longamente, embora não compreendesse ainda o que pleiteava o profeta desconhecido. Entretanto, seu convite amoroso parecia ressoar-lhe nas fibras mais sensíveis de mulher. Jesus chamava os homens para uma vida nova.  Procurou, decidida, o Mestre, a quem abriu o coração: «— Senhor, ouvi a vossa palavra consoladora e venho ao vosso encontro!... [...] Sou uma filha do pecado. Todos me condenam. Entretanto, Mestre, observai como tenho sede do verdadeiro amor!...Minha existência, como todos os prazeres, tem sido estéril e amargurada ...»  Jesus escutou-lhe atencioso o desabafo sincero e falou-lhe, então, sobre a Boa Nova, o reino dos céus, a bondade e misericórdia do Pai Celestial. Mostrou-lhe os sacrifícios que marcam a vida dos que buscam o amor verdadeiro. Não lhe criticou os desvios, nem as faltas cometidas, mas abraçou-a como irmã querida, oferecendo o seu apoio inestimável. 

Sabe-se que, a partir desse instante, Maria Madalena se transformou, dedicando-se com fervor e humildade em servir Jesus, irrestritamente, através do amor ao próximo. Renunciou a todos os prazeres que o mundo lhe oferecia, acolhendo como filhas as irmãs que sofriam, os infortunados do caminho, os aleijados e os leprosos. Passou a viver junto a eles, em permanente dedicação.  Submeteu-se a todo tipo de infortúnio, exemplificando-se como fiel servidora do Cristo, sem jamais desfalecer ou reclamar de algo. Vivendo junto aos leprosos (hansenianos), cuidando deles, foi contaminada pelo agente infeccioso, responsável pela doença. A morte do corpo a alcançou num momento em que a enfermidade se espalhava, inflexível, por todo o seu organismo, cobrindo-o de pústulas e lesões deformantes. Entretanto, o seu Espírito estava em paz, ela conseguira passar pela porta estreita e alcançara a glória da felicidade verdadeira." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






552. Que se deve pensar da crença no poder, que certas pessoas teriam, de enfeitiçar? 

“Algumas pessoas dispõem de grande força magnética, de que podem fazer mau uso, se maus forem seus próprios Espíritos, caso em que possível se torna serem secundados por outros Espíritos maus. Não creias, porém, num pretenso poder mágico, que só existe na imaginação de criaturas supersticiosas, ignorantes das verdadeiras leis da Natureza. Os fatos que citam, como prova da existência desse poder, são fatos naturais, mal observados e sobretudo mal compreendidos.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

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