sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Maria escolheu a boa parte, que não lhe será tirada


“Depois, sobrevindo tribulação ou perseguição...”  - Jesus - ( Marcos, 4:17 )




Amados irmãos, bom dia!
"Todos sabem principiar o ministério do  bem, poucos prosseguem na lide salvadora, raríssimos terminam a tarefa edificante. Entretanto, por outro lado, as perigosas realizações da perturbação e da sombra se concretizam com rapidez.  Realmente, é muito difícil perseverar no bem e sempre fácil atingir o mal. Todavia, depois..." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-






Interpretação do texto evangélico:

Análise do texto de Lucas: Marta e Maria 

E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa. E tinha esta uma irmã, chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Marta, porém, andava distraída em muitos serviços e, aproximando-se, disse: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe, pois, que me ajude. E, respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada (Lc 10: 38-42). 

"As irmãs, Marta e Maria, recebem a bênção da visita de Jesus na intimidade do lar, oportunidade em que manifestam entusiasmo pela presença do Mestre, na forma que lhes é própria, consoante o temperamento, necessidades e entendimento espirituais. Maria, cujo nome aparece citado em Lucas, 10:38-42 e em João, 11:2; 2832 e 12:3, prostra-se aos pés de Jesus, ouvindo, embevecida, suas narrações e ensinamentos. Naquele momento, nada mais lhe era importante, tudo se tornou secundário, a não ser acomodar-se e escutar o Mestre. Reconhece-se nesta ação de Maria uma espontânea demonstração de devoção ao Salvador. Marta, porém, interpreta equivocadamente o comportamento da irmã, pedindo auxílio ao Mestre: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe, pois, que me ajude”. O Senhor, porém, faz-lhe suave advertência, esclarecendo-lhe para não valorizar em demasia as coisas materiais, ainda que importantes, como a alimentação e o conforto da hospedagem, por serem bens passageiros. Por isto, afirma: “Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada”. “Ela não era menos devotada a Jesus do que Maria, mas não percebeu o caminho certo para recebê-lo, aquele que mais o agradaria.” 

A lição é inestimável, e deve nos conduzir a reflexões mais aprofundadas. O mundo moderno, com as suas contínuas requisições, pode colocar o ser humano à deriva, se ele não tomar cuidado. É importante, à semelhança da atitude de Maria, fazer uma pausa e não deixar passar uma feliz oportunidade de melhoria espiritual, por excesso de zelo ou apego às ações cotidianas. Envolvidos pelas atividades comuns da vida no plano físico, nem sempre agimos com bom senso. É comum as pessoas alegarem falta de tempo, por se encontrarem assoberbadas pelas requisições do dever profissional, familiar, social ou religioso. Neste sentido, surpreendem-se certos comportamentos e atitudes radicais de alguns companheiros de estrada evolutiva que se atrelam a cronogramas rígidos, imutáveis, sem oferecerem espaço para improvisações ou mínimas alterações: não há tempo para contato fraterno, telefonema, carta, e-mail ou visita. As atividades são conduzidas, dia após dia, num ritmo frenético, metódico, tiranizante. Nos tempos atuais há, em geral, uma doentia subjugação a horários, rotinas e processos que mantêm as criaturas distantes, cada vez mais afastadas. Devemos analisar melhor esta questão. É bom investir na qualidade de vida. Ponderar que é possível reestruturar a existência, “escolher a boa parte”, como fez Maria, sair dessa “camisa de força”, mantendo, ainda, a responsabilidade, ordem e disciplina, exigidas pela existência. 

Maria escolheu a boa parte porque concedeu o valor preciso às necessidades de hospedagem e alimentação. A maior parte do seu tempo, os esforços e energias foram canalizados para o essencial. O Cristo encontrava-se presente em sua casa, por algumas horas. Talvez, não mais o visse naquela reencarnação. Assim, por que perder esses instantes, tão especiais, para se dedicar mais tempo às coisas materiais, ainda que estas fossem importantes? “Busquemos o lado melhor das situações, dos acontecimentos e das pessoas. “Maria escolheu a boa parte, que não lhe será tirada”  disse-nos o Senhor. Assimilemos a essência da divina lição. Quem procura a “boa parte” e nela se detém, recolhe no campo da vida o tesouro espiritual que jamais lhe será roubado.” 

“Uma só coisa é necessária”, asseverou o Mestre, em sua lição a Marta, cooperadora dedicada e ativa. Jesus desejava dizer que, acima de tudo, compete-nos guardar, dentro de nós mesmos, uma atitude adequada, ante os desígnios do Todo-Poderoso, avançando, segundo o roteiro que nos traçou a divina Lei. Realizado esse “necessário”, cada acontecimento, cada pessoa e cada coisa se ajustarão, a nossos olhos, no lugar que lhes é próprio. Sem essa posição espiritual de sintonia com o celeste instrutor, é muito difícil agir alguém com proveito." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos







550. Qual o sentido das lendas fantásticas em que figuram indivíduos que teriam vendido suas almas a Satanás para obterem certos favores? 

“Todas as fábulas encerram um ensinamento e um sentido moral. O vosso erro consiste em tomá-las ao pé da letra. Isso a que te referes é uma alegoria, que se pode explicar desta maneira: aquele que chama em seu auxílio os Espíritos, para deles obter riquezas, ou qualquer outro favor, rebela-se contra a Providência; renuncia à missão que recebeu e às provas que lhe cumpre suportar neste mundo. Sofrerá na vida futura as conseqüências desse ato. Não quer isto dizer que sua alma fique para sempre condenada à desgraça. Mas, desde que, em lugar de se desprender da  matéria, nela cada vez se enterra mais, não terá, no mundo dos Espíritos, a satisfação de que haja gozado na Terra, até que tenha resgatado a sua falta, por meio de novas provas, talvez maiores e mais penosas. Coloca-se, por amor dos gozos materiais, na dependência dos Espíritos impuros. Estabelece-se assim, tacitamente, entre estes e o delinqüente, um pacto que o leva à sua perda, mas que lhe será sempre fácil romper, se o quiser firmemente, granjeando a assistência dos bons Espíritos.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

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