quinta-feira, 17 de agosto de 2017

A multiplicação de pães e peixes


"Buscai, primeiro, o reino de Deus e a sua justiça." -( Mateus, 6: 33 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Do que podemos doar vamos adquirindo conhecimento sempre mais amplo, no entanto, muitas matérias existem ainda na escola da vida que necessitamos aprender, a fim de doar algo de nós mesmos com eficiência e segurança. Saibamos adquirir os grandes valores da cultura espiritual, mas aprendamos a entesourar as lições supostamente pequeninas da vida para que o nosso amor não se faça à maneira de mel temperado em veneno.-( Mãos Unidas - Chico Xavier / Emmanuel )-





Texto evangélico

Primeira multiplicação de pães e peixes

E, regressando os apóstolos, contaram-lhe tudo o que tinham feito. E, tomando-os consigo, retirou-se para um lugar deserto de uma cidade chamada Betsaida. E, sabendo-o a multidão, o seguiu; e ele os recebeu, e falava-lhes do Reino de Deus, e sarava os que necessitavam de cura. E já o dia começava a declinar; então, chegando-se a ele os doze, disseram-lhe: Despede a multidão, para que, indo aos campos e aldeias ao redor, se agasalhem e achem o que comer, porque aqui estamos em lugar deserto. Mas ele lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E eles disseram: Não temos senão cinco pães e dois peixes, salvo se nós próprios formos comprar comida para todo este povo. Porquanto estavam ali quase cinco mil homens. Disse, então, aos seus discípulos: Fazei-os assentar, em grupos de cinquenta em cinquenta. E assim o fizeram, fazendo-os assentar a todos. E, tomando os cinco pães e os dois peixes e olhando para o céu, abençoou-os, e partiu-os, e deu-os aos seus discípulos para os porem diante da multidão. E comeram todos e saciaram-se; e levantaram, do que lhes sobejou, doze cestos de pedaços. (Lucas, 9:10-17)


Segunda multiplicação de pães e peixes

E Jesus, chamando os seus discípulos, disse: Tenho compaixão da multidão, porque já está comigo há três dias e não tem o que comer, e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho. E os seus discípulos disseram-lhe: Donde nos viriam num deserto tantos pães, para saciar tal multidão? E Jesus disse-lhes: Quantos pães tendes? E eles disseram: Sete e uns poucos peixinhos. Então, mandou à multidão que se assentasse no chão. E, tomando os sete pães e os peixes e dando graças, partiu-os e deu-os aos seus discípulos, e os discípulos, à multidão. E todos comeram e se saciaram, e levantaram, do que sobejou, sete cestos cheios de pedaços. Ora, os que tinham comido eram quatro mil homens, além de mulheres e crianças. E, tendo despedido a multidão, entrou no barco e dirigiu-se ao território de Magdala. (Mateus, 15:32-39.)


"O fenômeno da multiplicação dos pães e dos peixes, considerado milagre por algumas teologias cristãs, é relatado pelos quatro evangelistas e aconteceu em duas oportunidades distintas: uma num lugar deserto nas proximidades de Betsaida, outra, antes do território de Magdala. Na primeira multiplicação, a partir de cinco pães e dois peixes, Jesus alimenta cinco mil pessoas, e ainda sobram doze cestos com pedaços desses alimentos. Na segunda multiplicação, quatro mil pessoas tiveram a fome saciada, tendo como base sete pães e alguns peixinhos, sobrando sete cestos com pedaços.
A primeira multiplicação é relatada nesse texto de Lucas e, também, por Mateus, 14: 13-21, Marcos, 6: 34-35 e João, 6: 1-14. A segunda, por Mateus, no texto citado e por Marcos, 8: 1-10. Não há dúvida, portanto, de que o fato aconteceu.
Importa, entretanto, indagar: como ocorreu, efetivamente, a multiplicação de pães e peixes?
Para o Espiritismo, o Cristo produziu materialização de pães e de peixes. Entretanto, é importante que este efeito físico conduza o estudioso ao entendimento das implicações espirituais de que o fenômeno se reveste: mais importante que o alimento material, deve-se ficar atento à alegoria do “alimento espiritual”, simbolizado nos ensinamentos de Jesus.

Temos de distinguir dois aspectos: o material e o espiritual. Materialmente falando, o fato pertence aos gênero dos fenômenos de efeitos físicos. E nas sessões espíritas de efeitos físicos, já se tem observado a formação de objetos pelos Espíritos com auxílio dos médiuns. Jesus, médium de Deus, ajudado pela mediunidade de seus doze discípulos e assistido pelos Espíritos que o secundavam nos trabalhos evangélicos, faz com que se materialize em suas mãos os bocados de pão para o povo. Pode-se perceber nessas passagens evangélicas “[...] mais do que uma simples figura e admitir, de certo ponto de vista, a realidade de um fato material, sem que, para isso, seja preciso se recorra ao prodígio”.

A interpretação que se segue dos registros de Lucas e de Mateus, inseridas neste Roteiro, será realizada concomitantemente, destacando-se que as poucas diferenças existentes entre os dois registros, são mais de forma do que de conteúdo. -( FEB - EADE )-



Estudo do Livro dos Espíritos




563. São incessantes as ocupações dos Espíritos?

“Incessantes, sim, atendendo-se a que sempre ativos são os seus pensamentos, porquanto vivem pelo pensamento. Importa, porém, não identifiqueis as ocupações dos Espíritos com as ocupações materiais dos homens. Essa mesma atividade lhes constitui um gozo, pela consciência que têm de ser úteis.”

a) — Concebe-se isto com relação aos bons Espíritos. Dar-se-á, entretanto, o mesmo com os Espíritos inferiores?

“A estes cabem ocupações apropriadas à sua natureza. Confiais, porventura, ao obreiro manual e ao ignorante trabalhos que só o homem instruído pode executar?”




Que a graça e a paz sejam conosco!


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