sábado, 19 de agosto de 2017

A superioridade espiritual de Jesus


"Como suspira a corsa pelas correntes de água, assim ó Deus, por ti suspira a minha alma". -( Salmos, 42 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Aspiras à união com Jesus e, consequentemente, à vitória da paz em ti mesmo. Para conseguir semelhante realização, será preciso, porém, penetrar mais profundamente no significado das palavras do Cristo: “e aquele que quiser vir em meus passos, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. 
Deixemos cada companheiro ou companheira de caminho, na realidade que lhes toca e, amando e abençoando a todos, atendamos à realidade que nos diga respeito, reconhecendo que não nos achamos no educandário da experiência para dar as lições alheias e sim dar conta das lições outras que pelas aulas do dia-a-dia, a própria vida confere a nós." -( Mãos Unidas - Chico Xavier / Emmanuel )- 






Interpretação dos textos evangélicos: segunda parte

Texto de Lucas: primeira multiplicação

E assim o fizeram, fazendo-os assentar a todos. E, tomando os cinco pães e os dois peixes e olhando para o céu, abençoou-os, e partiu-os, e deu-os aos seus discípulos para os porem diante da multidão. E comeram todos e saciaram-se; e levantaram, do que lhes sobejou, doze cestos de pedaços. ( Lc 9:15-17 ).

Texto de Mateus: segunda multiplicação

E, tomando os sete pães e os peixes e dando graças, partiu-os e deu-os aos seus discípulos, e os discípulos, à multidão. E todos comeram e se saciaram, e levantaram, do que sobejou, sete cestos cheios de pedaços. Ora, os que tinham comido eram quatro mil homens, além de mulheres e crianças. E, tendo despedido a multidão, entrou no barco e dirigiu-se ao território de Magdala. ( Mt 15:36-39 ).

Allan Kardec considera a possibilidade de ter Jesus eliminado a sensação de fome, não por materialização de pães e peixes, mas pela irradiação de suas energias magnéticas sobre a multidão. Ora, os que acompanhavam a Jesus eram criaturas ávidas de ouvi-lo; nada há, pois, de espantar em que, fascinadas pela sua palavra e também, talvez, pela poderosa ação magnética que Ele exercia sobre os que o cercavam, elas não tenham experimentado a necessidade material de comer. [...] Desse modo, a par do sentido moral alegórico, produziu-se um efeito fisiológico, natural e muito conhecido. O prodígio, no caso, está no ascendente da palavra de Jesus, poderosa bastante para cativar a atenção de uma multidão imensa, ao ponto de fazê-la esquecer-se de comer. Esse poder moral comprova a superioridade de Jesus, muito mais do que o fato puramente material da multiplicação dos pães, que tem de ser considerada como alegoria.

Essa teoria tem razão de ser, uma vez que as energias magnéticas exercem poderoso efeito, bons ou maus, conforme a natureza da emissão fluídica e as intenções do operador. Em relação a Jesus, esse efeito é inimaginável, pois o Mestre sabia (e sabe) conjugar, entre si, profundo amor ao semelhante e inigualável conhecimento das leis que regem a produção dos fenômenos espirituais e materiais.

O Espiritismo ensina que os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, “[...] empregando o pensamento e a vontade. Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem.”

Esta ação produz efeitos materiais, em decorrência das transformações ocorridas nas propriedades da matéria, como acontece nas curas, aparições e materializações de Espíritos, transporte de objetos etc. Algumas vezes, essas transformações resultam de uma intenção; doutras, são produto de um pensamento inconsciente. Basta que o Espírito pense uma coisa, para que esta se produza, como basta que modele uma ária, para que esta repercuta na atmosfera. [...] Por análogo efeito, o pensamento do Espírito cria fluidicamente os objetos que ele esteja habituado a usar. [...] Para o Espírito, que é, também ele, fluídico, esses objetos fluídicos são tão reais, como o eram, no estado material, para o homem vivo [reencarnado]; mas, pela razão de serem criações do pensamento, a existência deles é tão fugitiva quanto a deste.

Não podemos esquecer, contudo que, em outras oportunidades, Jesus agiu sobre as propriedades da matéria, modificando-a, tal como aconteceu na transformação de água e vinho, na bodas de Caná. ( Jo 2;1-12 ). Cairbar Schutel, assim como André Luiz, defendem a ideia de materialização de pães e peixes, da mesma forma que Espíritos e objetos são materializados, até porque, sobraram cestos contendo pedaços desses alimentos. A “panificação do trigo”, sob as ordens e direção de Jesus Cristo, no deserto, não pode deixar de obedecer à lei da materialização dos corpos, tenham eles a natureza que tiverem, sejam de carne, de massa, de pedra. O fenômeno da materialização tem como complemento o da desmaterialização, e se assenta justamente num princípio positivo proclamado pela ciência materialista, que é a existência, no Universo, da força e da matéria: força e matéria são os princípios constitutivos do Universo. Mas como está mais que provado que a força e matéria não podem por si sós produzir fenômenos inteligentes, e todo efeito inteligente deve forçosamente ter uma causa inteligente, o Espiritismo vem demonstrar a existência de inteligências livres e individualizadas que presidem à direção da força e manipulam a matéria em suas múltiplas manifestações objetivas.

Cairbar considera também que de “[...] duas naturezas eram os pães que Jesus ofertou à multidão que, pressurosa, seguia seus passos: o pão para o corpo e o pão para a alma, o pão que sacia a fome do Espírito”. Não, nenhuma dúvida a esse respeito, pois, como esclarece Kardec, Jesus estava “[...] empenhado em fazer que seus ouvintes compreendessem o verdadeiro sentido do alimento espiritual. [...] Esse alimento é a sua palavra, pão que desceu do céu e dá vida ao mundo”.
Jesus é o despenseiro divino. Compadeceu-se da Humanidade que marchava na aridez da matéria, e franqueou-lhe a despensa celeste, onde há pão espiritual para todas as almas famintas, luz para clarear todas as trevas, consolo para todas as aflições, esperanças para todos os desalentados. Jesus multiplica incessantemente sua palavra, de modo que nunca deixará de fartar as multidões que acorrem a Ele, e sempre sobrará para os que vierem depois." -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos






565. Atentam os Espíritos em nossos trabalhos de arte e por eles se interessam?

“Atentam no que prove a elevação dos Espíritos e seus progressos.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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