"Senhor, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?" -( Salmos 15: 1 )-
Amados irmãos, bom dia!
"A coragem da fé começará sempre através da veemência com que exponhamos as próprias idéias, diante da verdade, entretanto, só se realizará em nós e por nós, quando tivermos a necessária coragem para compreender todos os homens, - ainda mesmo os nossos mais ferrenhos perseguidores, - como nossos verdadeiros irmãos e filhos de Deus." -( Mãos Unidas - Chico Xavier / Emmanuel )-
Jesus, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, foi ao sepulcro; e era uma caverna e tinha uma pedra posta sobre ela. Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias. Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus? Tiraram, pois, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isso por causa da multidão que está ao redor, para que creiam que tu me enviaste. (Jo 11: 38-42 )
"Os judeus não sepultavam os seus mortos, usualmente, como assinala o registro de João, fato que contribuiu para a ressuscitação de Lázaro. As cerimônias fúnebres judaicas incluíam:
a) lavagem do cadáver (Atos dos Apóstolos, 9:37);
b) em seguida era ungido (Marcos, 16:1) com óleos e essências;
c) o defunto era envolvido em faixas de linho impregnadas com especiarias (João, 19:40);
d) os membros eram amarrados próximos ao corpo e o rosto coberto com um lenço (João, 11:44).
É possível que este cerimonial fosse realizado por um grupo específico de pessoas, segundo se deduz da descrição existente em Atos dos Apóstolos, 5:6.
A higiene corporal, a unção, as especiarias e o não sepultamento impediam a rápida decomposição, amenizavam os maus odores e dificultavam a proliferação de infecções. Além disso, era prática comum entre os povos orientais chorar, lamentar e bater no peito, inclusive arrancar os cabelos, como acontecia entre os egípcios. Em todas as cerimônias fúnebres estavam presentes pessoas contratadas para realizar essa etapa do serviço: as carpideiras — mulheres mercenárias que pranteavam os mortos durante os funerais.
Os sepulcros e os cemitérios usualmente ficavam fora das cidades ou aldeias. Existiam cemitérios comuns (Mt 27:7), mas eram largamente usados túmulos individuais e familiares. [...] Os ataúdes não eram usados para transportar os mortos até os seus sepulcros; eram carregados em simples esquifes (Lc 7:12, 14). A cremação nunca foi uma prática judaica, mas havia diversos lugares de sepulcros. Havia sepulcros simples, na terra, alguns sem nenhuma assinalação (Lc 11:44). Além disso, havia túmulos escavados na rocha ou covas, que bem poderiam ter monumentos ou colunas erigidas sobre os mesmos.
A afirmativa de Marta, quando Jesus ordenou a remoção da pedra do sepulcro, de que o corpo “cheira mal” (porque havia quatro dias que ele ali se encontrava), sugere que esta supunha que Lázaro estava morto. O Espírito estava, realmente, ligado por um fio ao corpo. Um pouco mais de tempo e a desencarnação seria definitiva.
É preciso compreender a extensão desse episódio, pois, se quisesse, Jesus recuperaria a saúde de Lázaro logo que foi informado da sua enfermidade. Poderia ter realizado uma cura à distância, que seria apenas mais uma entre tantas que o Mestre realizou. O escrito integral de Marcos — apresentado de forma resumida neste Roteiro, para tornar o estudo mais objetivo — indica, no versículo 6: “Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava”.
Por que motivo Jesus esperou tanto tempo para auxiliar o amigo enfermo? A resposta é óbvia: quis destacar o fato, para que a ressurreição ficasse marcada indelevelmente na memória das pessoas, daí afirmar: “Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isso por causa da multidão que está ao redor, para que creiam que tu me enviaste” (Jo 11:41-42).
Quis demonstrar que existia algo mais que ligava o Espírito ao corpo: o perispírito. “Lázaro foi um missionário na Terra: veio para dar testemunho de que Jesus era o Cristo, o Ungido de Deus.” Tanto isto é verdade que no versículo 4, logo no início do texto evangélico, João anotou esta informação de Jesus: “Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela”. -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
“Todos têm que percorrer os diferentes graus da escala, para se aperfeiçoarem. Deus, que é justo, não poderia ter dado a uns a ciência sem trabalho, destinando outros a só a adquirirem com esforço.”
É o que sucede entre os homens, onde ninguém chega ao supremo grau de perfeição numa arte qualquer, sem que tenha adquirido os conhecimentos necessários, praticando os rudimentos dessa arte.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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