quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Lei de Sociedade e Lei do Trabalho - Necessidade da vida social







Amados irmãos, bom dia!
Nenhum homem é uma ilha, não nascemos para vivermos isolados. 
O homem tem que progredir. Insulado, não lhe é isso possível, por não dispor de todas as faculdades. Falta-lhe o contato com os outros homens.


Necessidade da vida social

“A vida vem de Deus e pertence a Deus, pois a vida é a presença de Deus em toda parte. Deus criou a vida de tal forma que tudo nela caminhará dentro da Lei de Evolução. A lei de evolução estabelece que a vida social é necessária porque o [...] homem tem que progredir. Insulado, não lhe é isso possível, por não dispor de todas as faculdades. Falta-lhe o contato com os outros homens. No insulamento, ele se embrutece e estiola. O ser humano é, por natureza, um ser gregário, criado para viver em sociedade. O seu insulamento, mesmo a pretexto de servir a Deus ou de desenvolver virtudes, constitui uma agressão à lei natural, por caracterizar uma fuga injustificável às responsabilidades requeridas ao seu progresso espiritual.

A vida social faz parte da lei natural, uma vez que Deus [...] fez o homem para viver em sociedade. Não lhe deu inutilmente a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação. O insulamento é contrário à lei da Natureza, [...] pois que, por instinto, os homens buscam a sociedade e todos devem concorrer para o progresso, auxiliando-se mutuamente. Graças ao aprendizado desenvolvido ao longo dos tempos, e em razão do próprio dinamismo da existência atual na Terra, diminuem as antigas incursões ao isolacionismo — comuns entre religiosos e filósofos de eras passadas —, seja na solidão das regiões desérticas ou montanhosas, para onde o homem fugia em busca da iluminação espiritual que as meditações favoreciam; seja no silêncio dos claustros e monastérios, que as práticas religiosas impunham, como meio de atingir o estado de contemplação ou êxtase espiritual. Nesse sentido, “negar o mundo”, no conceito evangélico, não significa abandoná-lo, antes criar condições novas a uma vivência mais solidária, capazes de modificar as estruturas e comportamentos egoísticos, engendrando recursos que transformem a habitação terrestre em reduto de esperança, de paz e de fraternidade, à semelhança do “reino dos céus”, a que se reportava Jesus. Devemos considerar, no entanto, que existem seres humanos que fogem dos prazeres e das comodidades do mundo, não para viverem isolados, mas para socorrerem pessoas mais necessitadas. Esses se elevam, rebaixando-se. Têm o duplo mérito de se colocarem acima dos gozos materiais e de fazerem o bem, obedecendo à lei do trabalho. A história da humanidade traz exemplos de homens e mulheres notáveis que se destacaram nos campos do saber religioso ou científico. Essas pessoas, vivendo uma existência de simplicidade e renúncia aos confortos oferecidos pela sociedade, optaram por algo fazer em benefício do próximo. É importante que ampliemos a nossa visão a respeito da vida no planeta Terra, entendendo que a vida é uma grande realização de solidariedade humana.  

Assim, a existência terrestre [...] é uma escola, um meio de educação e de aperfeiçoamento pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento.


Sendo assim, homem [...] nenhum possui faculdades completas. Mediante a união social é que elas umas às outras se completam, para lhe assegurarem o bem-estar e o progresso. Por isso é que, precisando uns dos outros, os homens foram feitos para viver em sociedade e não insulados. Essas orientações espíritas, fundamentadas em esclarecimentos evangélicos, determinam que a vida social deve ser caracterizada por um clima de convivência fraterna em que todos se ajudam e se socorrem mutuamente, dirimindo dificuldades e problemas cotidianos. O Espiritismo nos esclarece também que nas relações sociais humanas, o homem deve fazer o bem, [...] pois que isso constitui o objetivo único da vida [...] Sendo assim, [...] facultado lhe é impedir o mal, sobretudo aquele que possa concorrer para a produção de um mal maior. O relacionamento humano equilibrado nos impõe regras de convivência social que devem, necessariamente, estimular aquisições de valores morais, tendo em vista que o [...] mundo, por mais áspero, representará para o nosso espírito a escola de perfeição, cujos instrumentos corretivos bendiremos, um dia. Os companheiros de jornada que o habitam, conosco, por mais ingratos e impassíveis, são as nossas oportunidades de materialização do bem, recursos de nossa melhoria e de nossa redenção, e que, bem aproveitados por nosso esforço, podem transformar-nos em heróis. Não há medida para o homem, fora da sociedade em que ele vive. Se é indubitável que somente o nosso trabalho coletivo pode engrandecer ou destruir o organismo social, só o organismo social pode tornar-nos individualmente grandes ou miseráveis”. -( FEB )-






Que a graça e a paz sejam conosco!

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