"O bem é tudo o que é conforme à lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário".
Amados irmãos, bom dia!
Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, mas, precisamos com o nosso esforço diário, tornar isso possível. Foi-nos dado esse privilégio de assim o ser, mas, também a liberdade de assim realizar. Como seres ignorantes temos muito a aprender e aos que assim procederem alcançarão com mais rapidez esse estado. Aos que nessa caminhada não se esforçarem devidamente, a estrada será maior. Eis, pois, a diferença entre o bem e o mal que estudaremos hoje.
O bem e o mal
“Sendo Deus o princípio de todas as coisas e sendo todo
sabedoria, todo bondade, todo justiça, tudo o que dele procede há de participar
dos seus atributos, porquanto o que é infinitamente sábio, justo e bom nada
pode produzir que seja ininteligente, mau e injusto. O mal que observamos não
pode ter nele a sua origem. Com efeito, esclarece Emmanuel, o [...]
determinismo divino se constitui de uma só lei, que é a do amor para a
comunidade universal. Todavia, confiando em si mesmo, mais do que em Deus, o
homem transforma a sua fragilidade em foco de ações contrárias a essa mesma
lei, efetuando, desse modo, uma intervenção indébita na harmonia divina. Eis o
mal. Urge recompor os elos sagrados dessa harmonia sublime. Eis o resgate.
Vede, pois, que o mal, essencialmente considerado, não pode existir para Deus,
em virtude de representar um desvio do homem, sendo zero na Sabedoria e na
Providência Divinas. O Criador é sempre o Pai generoso e sábio, justo e amigo,
considerando os filhos transviados como incursos em vastas experiências. Mas,
como Jesus e os seus prepostos são seus cooperadores divinos, e eles próprios
instituem as tarefas contra o desvio das criaturas humanas, focalizam os
prejuízos do mal com a força de suas responsabilidades educativas, a fim de que
a Humanidade siga retamente no seu verdadeiro caminho para Deus.
Dessa forma, o [...] bem é tudo o que é conforme à lei de
Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é proceder de
acordo com a lei de Deus. Fazer o mal é infringi-la. Não é difícil ao homem
distinguir o bem do mal [...] quando crê em Deus e o quer saber. Deus lhe deu a
inteligência para distinguir um do outro.
Basta, para isso, que aplique a si mesmo o preceito de Jesus
[...] vede o que queríeis que vos fizessem ou não vos fizessem. Tudo se resume
nisso. Note-se, entretanto, que a [...] regra do bem e do mal, que se poderia
chamar de reciprocidade ou de solidariedade, é inaplicável ao proceder pessoal
do homem para consigo mesmo.
É importante que o homem conheça os seus limites. A lei
natural, neste sentido, é-lhe guia seguro desse proceder, como explicam os Espíritos
Superiores: Quando comeis em excesso, verificais que isso vos faz mal. Pois
bem, é Deus quem vos dá a medida daquilo de que necessitais. Quando excedeis
dessa medida, sois punidos. Em tudo é assim. A lei natural traça para o homem o
limite das suas necessidades. Se ele ultrapassa esse limite, é punido pelo
sofrimento. Se atendesse sempre à voz que lhe diz – basta, evitaria a maior
parte dos males, cuja culpa lança à Natureza.
A lei de Deus é a mesma para todos; porém, o mal depende
principalmente da vontade que se tenha de o praticar. O bem é sempre o bem e o
mal sempre o mal, qualquer que seja a posição do homem. Diferença só há quanto
ao grau da responsabilidade.
Tanto mais culpado é o homem, quanto melhor sabe o que faz.
As circunstâncias dão relativa gravidade ao bem e ao mal.
Muitas vezes, comete o homem faltas, que, nem por serem consequência da posição
em que a sociedade o colocou, se tornam menos repreensíveis. Mas, a sua
responsabilidade é proporcionada aos meios de que ele dispõe para compreender o
bem e o mal. Assim, mais culpado é, aos olhos de Deus, o homem instruído que
pratica uma simples injustiça, do que o selvagem ignorante que se entrega aos
seus instintos.
A ambição desvairada, o orgulho, o egoísmo, entre outras
paixões inferiores, podem levar o homem a destruir o seu semelhante. Dizem os
Espíritos Superiores que essa [...] necessidade desaparece, entretanto, à
medida que a alma se depura, passando de uma a outra existência. Então, mais
culpado é o homem, quando o pratica, porque melhor o compreende.
Essa compreensão se expressa, por exemplo, quando, nas
situações de legítima defesa, o agredido busca salvar a sua vida. ou, ainda,
quando, nas guerras, procede com sentimento de humanidade. De toda forma, o mal
recai sempre sobre o seu causador. Aquele que induz o seu semelhante a praticar
o mal pela posição em que o coloca tem mais responsabilidade do que este
último, porque [...] cada um será punido, não só pelo mal que haja feito, mas
também pelo mal a que tenha dado lugar. De igual modo, aquele que, embora não
praticando o mal, se aproveita do mal praticado por outrem, é tão culpado
quanto este, uma vez que aproveitar [...] do mal é participar dele. Talvez não
fosse capaz de praticá-lo; mas, desde que, achando-o feito, dele tira partido,
é que o aprova; é que o teria praticado, se pudera, ou se ousara. Pode-se dizer
que os [...] males de toda espécie, físicos ou morais, que afligem a
Humanidade, formam duas categorias que importa distinguir: a dos males que o
homem pode evitar e a dos que lhe independem da vontade.
Entre os últimos cumpre se incluam os flagelos naturais. Tendo o homem que progredir, os males a que se acha exposto são um estimulante para o exercício da sua inteligência, de todas as suas faculdades físicas e morais, incitando-o a procurar os meios de evitá-los. Se ele nada houvesse de temer, nenhuma necessidade o induziria a procurar o melhor; o espírito se lhe entorpeceria na inatividade; nada inventaria, nem descobriria. A dor é o aguilhão que o impele para a frente, na senda do progresso. Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em tudo. Aí a causa das guerras e das calamidades que estas acarretam, das dissensões, das injustiças, da opressão do fraco pelo forte, da maior parte, afinal, das enfermidades. Deus promulgou leis plenas de sabedoria, tendo por único objetivo o bem. Em si mesmo encontra o homem tudo o que lhe é necessário para cumpri-las. A consciência lhe traça a rota, a lei divina lhe está gravada no coração e, ao demais, Deus lha lembra constantemente por intermédio de seus messias e profetas, de todos os Espíritos encarnados que trazem a missão de o esclarecer, moralizar e melhorar e, nestes últimos tempos, pela multidão dos Espíritos desencarnados que se manifestam em toda parte. Se o homem se conformasse rigorosamente com as leis divinas, não há duvidar de que se pouparia aos mais agudos males e viveria ditoso na Terra. Se assim não procede, é por virtude do seu livre-arbítrio: sofre então as consequências do seu proceder. Entretanto, Deus, todo bondade, pôs o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal saia o remédio. Um momento chega em que o excesso do mal moral se torna intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de vida. Instruído pela experiência, ele se sente compelido a procurar no bem o remédio, sempre por efeito do seu livre-arbítrio. Quando toma melhor caminho, é por sua vontade e porque reconheceu os inconvenientes do outro. A necessidade, pois, o constrange a melhorar-se moralmente, para ser mais feliz, do mesmo modo que o constrangeu a melhorar as condições materiais da sua existência.
Entre os últimos cumpre se incluam os flagelos naturais. Tendo o homem que progredir, os males a que se acha exposto são um estimulante para o exercício da sua inteligência, de todas as suas faculdades físicas e morais, incitando-o a procurar os meios de evitá-los. Se ele nada houvesse de temer, nenhuma necessidade o induziria a procurar o melhor; o espírito se lhe entorpeceria na inatividade; nada inventaria, nem descobriria. A dor é o aguilhão que o impele para a frente, na senda do progresso. Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em tudo. Aí a causa das guerras e das calamidades que estas acarretam, das dissensões, das injustiças, da opressão do fraco pelo forte, da maior parte, afinal, das enfermidades. Deus promulgou leis plenas de sabedoria, tendo por único objetivo o bem. Em si mesmo encontra o homem tudo o que lhe é necessário para cumpri-las. A consciência lhe traça a rota, a lei divina lhe está gravada no coração e, ao demais, Deus lha lembra constantemente por intermédio de seus messias e profetas, de todos os Espíritos encarnados que trazem a missão de o esclarecer, moralizar e melhorar e, nestes últimos tempos, pela multidão dos Espíritos desencarnados que se manifestam em toda parte. Se o homem se conformasse rigorosamente com as leis divinas, não há duvidar de que se pouparia aos mais agudos males e viveria ditoso na Terra. Se assim não procede, é por virtude do seu livre-arbítrio: sofre então as consequências do seu proceder. Entretanto, Deus, todo bondade, pôs o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal saia o remédio. Um momento chega em que o excesso do mal moral se torna intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de vida. Instruído pela experiência, ele se sente compelido a procurar no bem o remédio, sempre por efeito do seu livre-arbítrio. Quando toma melhor caminho, é por sua vontade e porque reconheceu os inconvenientes do outro. A necessidade, pois, o constrange a melhorar-se moralmente, para ser mais feliz, do mesmo modo que o constrangeu a melhorar as condições materiais da sua existência.
Pode dizer-se que o mal é a ausência do bem, como o frio é a
ausência do calor. Assim como o frio não é um fluido especial, também o mal não
é atributo distinto; um é o negativo do outro. Onde não existe o bem, forçosamente
existe o mal. Não praticar o mal já é um princípio do bem. Deus somente quer o
bem; só do homem procede o mal. Se na criação houvesse um ser preposto ao mal,
ninguém o poderia evitar; mas, tendo o homem a causa do mal em «si mesmo»,
tendo simultaneamente o livre-arbítrio e por guia as leis divinas, evitá-lo-á
sempre que o queira. O mal não tem, pois, existência real, não há mal absoluto
no Universo, mas em toda a parte a realização vagarosa e progressiva de um
ideal superior; em toda a parte se exerce a ação de uma força, de um poder, de
uma coisa que, conquanto nos deixe livres, nos atrai e arrasta para um estado
melhor. Por toda a parte, a grande lida dos seres trabalhando para desenvolver
em si, à custa de imensos esforços, a sensibilidade, o sentimento, a vontade, o
amor! Em suma, diremos que [...] o bem é o único determinismo divino dentro do
Universo, determinismo que absorve todas as ações humanas, para as assinalar
com o sinete da fraternidade, da experiência e do amor”. -( FEB )-
Que a graça e a paz sejam conosco!
Que a graça e a paz sejam conosco!
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