"A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade
do homem. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar de fazer e
ele só é infeliz quando dela se afasta". -( Allan Kardec: O livro dos
espíritos, questão 614 )-
Amados irmãos, bom dia!
Hoje iremos refletir sobre a lei natural. Como sabemos, essa é a lei de Deus e para que as coisas funcionem em nossas vidas, tem que estar de acordo com elas. Nem sempre estamos disposto a encarar de frente as suas razões, mas, todos os nossos fracassos se devem à não observância dela. Que nosso entendimento esteja aberto à sua compreensão e ao cumprimento que nos compete.
“A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a
felicidade do homem. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz
quando dela se afasta.
São características fundamentais da lei de Deus: a eternidade
e a imutabilidade, atributos do próprio Deus, que a criou.
Todas as leis [...] da Natureza são leis divinas, pois que
Deus é o autor de tudo. O sábio estuda as leis da matéria, o homem de bem
estuda e pratica as da alma. Entre as leis divinas, umas regulam o movimento e
as relações da matéria bruta: as leis físicas, cujo estudo pertence ao domínio
da Ciência. As outras dizem respeito especialmente ao homem considerado em si
mesmo e nas suas rela- ções com Deus e com seus semelhantes. Contêm as regras
da vida do corpo, bem como as da vida da alma: são as leis morais.
A lei de Deus está escrita na consciência.
Em razão disto, todos [...] podem conhecê-la, mas nem todos a
compreendem. Os homens de bem e os que se decidem a investigá-la são os que
melhor a compreendem. Todos, entretanto, a compreenderão um dia, porquanto
forçoso é que o progresso se efetue. A lei de Deus é continuamente revelada aos
homens, não obstante estar ela escrita na consciência, porque é passível de ser
esquecida e desprezada pelo ser humano. Quis, assim, Deus que ela fosse sempre
lembrada. [...] Em todos os tempos houve homens que tiveram essa missão. São
Espíritos superiores, que encarnam com o fim de fazer progredir a Humanidade.
Esses missionários, porém, quando encarnados, podem ser influenciados pela vida
no plano físico e, cometendo enganos, induzem a Humanidade a se transviar por
princípios falsos. Isso aconteceu com [...] aqueles que não eram inspirados por
Deus e que, por ambição, tomaram sobre si um encargo que lhes não fora
cometido. Todavia, como eram, afinal, homens de gênio, mesmo entre os erros que
ensinaram, grandes verdades muitas vezes se encontram.
O amor ao próximo, ensinado por Jesus, é um preceito que
resume a lei de Deus. Certamente [...] esse preceito encerra todos os deveres
dos homens uns para com os outros. Cumpre, porém, se lhes mostre a aplicação
que comporta, do contrário deixarão de cumpri-lo, como o fazem presentemente.
Demais, a lei natural abrange todas as circunstâncias da vida e esse preceito
compreende só uma parte da lei. Aos homens são necessárias regras precisas; os
preceitos gerais e muito vagos deixam grande número de portas abertas à interpretação.
Para que seja mais bem explicitada, a lei natural pode se dividida [...] em dez
partes, compreendendo as leis de adoração, trabalho, reprodução, conservação,
destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e, por fim, a de
justiça, amor e caridade [...]. * Essa divisão da lei de Deus em dez partes é a
de Moisés e de natureza a abranger todas as circunstâncias da vida, o que é
essencial. Podes, pois, adotá-la, sem que, por isso, tenha qualquer coisa de
absoluta, como não o tem nenhum dos outros sistemas de classificação, que todos
dependem do prisma pelo qual se considere o que quer que seja. A última lei é a
mais importante, por ser a que faculta ao homem adiantar-se mais na vida
espiritual, visto que resume todas as outras.
A vivência da lei de Deus conduz o homem ao bem. E o [...]
verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade,
na sua maior pureza. Por extensão, reconhece-se [...] o verdadeiro espírita
pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas
inclinações más. Dessa forma, tanto [...] quanto podemos perceber o Pensamento
Divino, imanente em todos os seres e em todas as coisas, o Criador se manifesta
a nós outros – criaturas conscientes, mas imperfeitas – através de leis que Lhe
expressam os objetivos no rumo do Bem Supremo. Lembremo-nos, pois, de que no
concerto admirável da Criação, somente será possível regenerar e burilar a nós
mesmos para que a vida imperecível em nós se retrate vitoriosa, mas não nos
esqueçamos de que, apesar da grandeza cósmica, nosso desequilíbrio no mal pode
comprometer todo o sistema em que as Leis Divinas se expressam, através do trono
sublime da natureza [...]”. -( FEB )-
A graça e a paz sejam conosco!
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