“Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dálhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.” -
Paulo - ( Romanos, 12:20 )
Amados irmãos, bom dia!
"Um discípulo sincero do Cristo liberta-se facilmente dos laços inferiores, mas o antagonista de ontem pode persistir muito tempo, no endurecimento do
coração. Eis o motivo pelo qual dar-lhe todo o bem, no momento oportuno, é
amontoar o fogo renovador sobre a sua cabeça, curando-lhe o ódio, cheio de
expressões infernais." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
Interpretação do texto evangélico:
"Igualmente, o reino dos Céus é semelhante a uma rede lançada ao mar
e que apanha toda qualidade de peixes (Mt 13:47).
A expressão reino dos Céus, muito usada por Jesus em suas lições, têm
dois sentidos: o sentido objetivo e o sentido subjetivo. Quando usada
objetivamente designa o mundo exterior, isto é, o universo, do qual a Terra faz parte e onde habitamos. Reserva-se, então, a denominação
reino dos Céus para os lugares felizes do universo, que são os mundos
regenerados, os felizes e os divinos. [...] Tomada no sentido subjetivo, a
expressão reino dos Céus designa a tranquilidade de consciência, a paz
interior, a felicidade íntima, a suavidade no coração, a calma interna,
a fé viva em Deus, tudo isso originado da perfeita compreensão das
leis divinas e de completa submissão à vontade do Senhor.
O religioso tradicional costuma ver “céus” como um lugar específico,
a ser conquistado após a morte, de acordo com a sua conduta
moral durante a existência física. Para nós, espíritas, abre-se uma nova
concepção: o “reino dos Céus” é um estado de alma, reflexo da soma de
caracteres positivos que já detemos e operacionalizamos na existência.
Na parábola, o reino dos Céus é comparado a uma rede. Não
se trata, porém, de uma rede enrolada e encostada à margem, sem
utilidade. Mas de um instrumento em perfeita condição de uso, que
é lançado ao mar com técnica e sabedoria. “Lançar” envolve trabalho
meticuloso, operação inteligente e bem direcionada. Neste sentido, a
rede deve estar sempre pronta e bem cuidada, apta para o trabalho.
A rede representa a lei de amor, inscrita por Deus em todas as
consciências, e os peixes de toda a espécie apanhados por ela são os
homens de todas as raças e de todos os credos, que serão jugados de
acordo com as suas obras. De um lado está a rede a ser lançada do barco e, do outro, o mar,
precioso celeiro de onde podem emergir elementos valiosos. O barco
é a nossa posição perante a vida.
A lei de amor, aqui representada pela rede, nos oferece, em qualquer
situação e época, os instrumentos necessários para navegarmos
no “mar da vida” com segurança.
Tais instrumentos são: a inteligência,
a saúde, a palavra, os recursos financeiros, o aprendizado, a família,
os amigos, o apoio religioso etc. São elementos que se bem aproveitados
e aplicados, poderão suprir o nosso Espírito, concedendo-nos
sustentação para ascender a novos patamares de progresso. A rede é
“lançada” num plano onde vige a heterogeneidade; num mundo que,
além de escola é, também, fonte inesgotável de recursos, onde se pode
capturar auxílio de toda natureza.
A arte da convivência pacífica demonstra que é importante saber
qual é a condição espiritual das pessoas que nos são apresentadas, trazidas ao nosso barco existencial. Dentre elas, encontramos as de
caráter digno, ilibado. Outras, mais despreparadas, ainda estão presas
aos interesses materiais. Algumas, entretanto, já se identificam com
os processos de melhoria espiritual. É lógico que todos os que compartilham,
direta e indiretamente, a jornada de nossa vida, devem
merecer compreensão e serem vistos como irmãos. Devemos estar
sempre atentos ao que cada pessoa tem a nos oferecer.
Entretanto, ainda que guiados pelos valores da moralidade e
do conhecimento, temos a liberdade para agir, fato que define a nossa
conduta perante a sociedade.
O correto é seguir as diretrizes do bem,
realizando escolhas acertadas, observando com atenção as pessoas e
os acontecimentos, como nos orienta Emmanuel.
Observa em derredor de ti e reconhecerás onde, como e quando Deus
te chama em silêncio a colaborar com ele, seja no desenvolvimento das
boas obras, na sustentação da paciência, na intervenção caridosa em
assuntos inquietantes para que o mal não interrompa a construção do
bem, na palavra iluminativa ou na seara do conhecimento superior,
habitualmente ameaçada pelo assalto das trevas. Sem dúvida, em
lugar algum e em tempo algum, nada conseguiremos, na essência,
planejar, organizar, conduzir, instituir ou fazer sem Deus; no entanto,
em atividade alguma não nos é lícito olvidar que Deus igualmente
espera por nós." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
356. Entre os natimortos alguns haverá que não tenham sido
destinados à encarnação de Espíritos?
“Alguns há, efetivamente, a cujos corpos nunca nenhum
Espírito esteve destinado. Nada tinha que se efetuar
para eles. Tais crianças então só vêm por seus pais.”
a) — Pode chegar a termo de nascimento um ser dessa
natureza?
“Algumas vezes; mas não vive.”
b) — Segue-se daí que toda criança que vive após o
nascimento tem forçosamente encarnado em si um Espírito?
“Que seria ela, sé assim não acontecesse? Não seria
um ser humano.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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