domingo, 22 de janeiro de 2017

Apanha toda qualidade de peixes


“Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-­lhe de comer;  se tiver sede, dá­lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás  brasas de fogo sobre a sua cabeça.” - 
Paulo - ( Romanos, 12:20 )




Amados irmãos, bom dia!
"Um discípulo sincero do Cristo liberta-­se facilmente dos laços inferiores, mas o antagonista de ontem pode persistir muito  tempo, no endurecimento do  coração. Eis o motivo pelo qual dar-­lhe todo o bem, no momento oportuno, é amontoar o fogo renovador  sobre a sua cabeça, curando-­lhe o ódio, cheio de expressões infernais." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-  






Interpretação do texto evangélico:


"Igualmente, o reino dos Céus é semelhante a uma rede lançada ao mar e que apanha toda qualidade de peixes (Mt 13:47). 

A expressão reino dos Céus, muito usada por Jesus em suas lições, têm dois sentidos: o sentido objetivo e o sentido subjetivo. Quando usada objetivamente designa o mundo exterior, isto é, o universo, do qual a Terra faz parte e onde habitamos. Reserva-se, então, a denominação reino dos Céus para os lugares felizes do universo, que são os mundos regenerados, os felizes e os divinos. [...] Tomada no sentido subjetivo, a expressão reino dos Céus designa a tranquilidade de consciência, a paz interior, a felicidade íntima, a suavidade no coração, a calma interna, a fé viva em Deus, tudo isso originado da perfeita compreensão das leis divinas e de completa submissão à vontade do Senhor.

O religioso tradicional costuma ver “céus” como um lugar específico, a ser conquistado após a morte, de acordo com a sua conduta moral durante a existência física. Para nós, espíritas, abre-se uma nova concepção: o “reino dos Céus” é um estado de alma, reflexo da soma de caracteres positivos que já detemos e operacionalizamos na existência. Na parábola, o reino dos Céus é comparado a uma rede. Não se trata, porém, de uma rede enrolada e encostada à margem, sem utilidade. Mas de um instrumento em perfeita condição de uso, que é lançado ao mar com técnica e sabedoria. “Lançar” envolve trabalho meticuloso, operação inteligente e bem direcionada. Neste sentido, a rede deve estar sempre pronta e bem cuidada, apta para o trabalho. 

A rede representa a lei de amor, inscrita por Deus em todas as consciências, e os peixes de toda a espécie apanhados por ela são os homens de todas as raças e de todos os credos, que serão jugados de acordo com as suas obras. De um lado está a rede a ser lançada do barco e, do outro, o mar, precioso celeiro de onde podem emergir elementos valiosos. O barco é a nossa posição perante a vida. A lei de amor, aqui representada pela rede, nos oferece, em qualquer situação e época, os instrumentos necessários para navegarmos no “mar da vida” com segurança. 

Tais instrumentos são: a inteligência, a saúde, a palavra, os recursos financeiros, o aprendizado, a família, os amigos, o apoio religioso etc. São elementos que se bem aproveitados e aplicados, poderão suprir o nosso Espírito, concedendo-nos sustentação para ascender a novos patamares de progresso. A rede é “lançada” num plano onde vige a heterogeneidade; num mundo que, além de escola é, também, fonte inesgotável de recursos, onde se pode capturar auxílio de toda natureza. A arte da convivência pacífica demonstra que é importante saber qual é a condição espiritual das pessoas que nos são apresentadas, trazidas ao nosso barco existencial. Dentre elas, encontramos as de caráter digno, ilibado. Outras, mais despreparadas, ainda estão presas aos interesses materiais. Algumas, entretanto, já se identificam com os processos de melhoria espiritual. É lógico que todos os que compartilham, direta e indiretamente, a jornada de nossa vida, devem merecer compreensão e serem vistos como irmãos. Devemos estar sempre atentos ao que cada pessoa tem a nos oferecer. Entretanto, ainda que guiados pelos valores da moralidade e do conhecimento, temos a liberdade para agir, fato que define a nossa conduta perante a sociedade. 

O correto é seguir as diretrizes do bem, realizando escolhas acertadas, observando com atenção as pessoas e os acontecimentos, como nos orienta Emmanuel. Observa em derredor de ti e reconhecerás onde, como e quando Deus te chama em silêncio a colaborar com ele, seja no desenvolvimento das boas obras, na sustentação da paciência, na intervenção caridosa em assuntos inquietantes para que o mal não interrompa a construção do bem, na palavra iluminativa ou na seara do conhecimento superior, habitualmente ameaçada pelo assalto das trevas. Sem dúvida, em lugar algum e em tempo algum, nada conseguiremos, na essência, planejar, organizar, conduzir, instituir ou fazer sem Deus; no entanto, em atividade alguma não nos é lícito olvidar que Deus igualmente espera por nós." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos








356. Entre os natimortos alguns haverá que não tenham sido destinados à encarnação de Espíritos? 

“Alguns há, efetivamente, a cujos corpos nunca nenhum Espírito esteve destinado. Nada tinha que se efetuar para eles. Tais crianças então só vêm por seus pais.” 

a) — Pode chegar a termo de nascimento um ser dessa natureza? 

“Algumas vezes; mas não vive.” 

b) — Segue-se daí que toda criança que vive após o nascimento tem forçosamente encarnado em si um Espírito? 

“Que seria ela, sé assim não acontecesse? Não seria um ser humano.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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