“De sorte que transportavam os enfermos para as ruas e os punham em leitos e em camilhas para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles.” -( Atos, 5:15 )-
Amados irmãos, bom dia!
" A sombra de Simão Pedro, que aceitara o Cristo e a Ele se consagrara, era
disputada pelos sofredores e doentes que encontravam nela esperança e alívio,
reconforto e alegria. Examina os assuntos e as atitudes que a tua presença desperta nos outros. Com atenção, descobrirás a qualidade de tua sombra e, se te encontras interessado
em aquisição de valores iluminativos com Jesus, será fácil descobrires as próprias
deficiências e corrigi-las." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
“Veio o seu inimigo...” pode simbolizar adversário, pessoa que
não simpatiza conosco ou paixões e vícios que ainda albergamos. A
despeito de ambos serem um instrumento avaliador do progresso que
tenhamos alcançado, não devem ser objeto de inquietações. Perante
qualquer tipo de inimigo devemos dar “[...] sempre o bem pelo mal,
a verdade pela mentira e o amor pela indiferença...”
O adversário, em
qualquer contexto, representa as perigosas infiltrações do mal.
O mundo está cheio de enganos dos homens abomináveis que invadiram
os domínios da política, da ciência, da religião e ergueram
criações chocantes para os Espíritos menos avisados
[...].
Mas o discípulo de Jesus, bafejado pelos benefícios do Céu todos os
dias, que se rodeia de esclarecimentos e consolações, luzes e bênçãos,
esse deve saber, de antemão, quanto lhe compete realizar em serviço e
vigilância e, caso aceite as ilusões dos homens abomináveis, agirá sob
responsabilidade que lhe é própria, entrando na partilha das aflitivas
realidades que o aguardam nos planos inferiores.
As imperfeições morais são ferrenhos adversários. Quando
menos esperamos, somos envolvidos pelas tramas das próprias
imperfeições. Daí a importância do conselho de Jesus sobre o “vigiai
e orai” (Mt 26:41).
Mencionamos com muita frequência que os inimigos exteriores são
os piores expoentes de perturbação que operam em nosso prejuízo.
Urge, porém, olhar para dentro de nós, de modo a descobrir que os
adversários mais difíceis são aqueles que não nos podemos afastar
facilmente, por se nos alojarem no cerne da própria alma. Dentre eles,
os mais implacáveis são o egoísmo, que nos tolhe a visão espiritual,
impedindo vejamos as necessidades daqueles que amamos; o orgulho
que não nos permite acolher a luz do entendimento [...]; a vaidade,
que nos sugere superestimação do próprio valor [...]; o desânimo, que
nos impele aos princípios da inércia; a intemperança mental que nos
situa na indisciplina; o medo de sofrer, que nos subtrai as melhores
oportunidades de progresso, e tantos outros agentes nocivos que se
nos instalam no Espírito, corroendo-nos as energias e depredando-nos a estabilidade mental.
É importante estarmos atentos porque as investidas do mal,
alheias ou próprias, não marcam hora: surgem subitamente. O joio,
caracterizado pela erva daninha, representa a ação contrária ao bem.
Semeado quando estivermos desatentos (“dormindo”) pode gerar
resultados funestos.
O homem enxerga sempre, através da visão interior.
Com as cores que usa por dentro, julga os aspectos de fora.
Pelo que sente, examina os sentimentos alheios.
[...]
Daí, o imperativo de grande vigilância para que a nossa consciência
não se contamine pelo mal.
A frase: “E semeou joio no meio do trigo” tem significado específico.
Jesus poderia ter escolhido outra semente, que não o joio, para
ilustrar o adversário do bem. O joio, porém, é uma erva daninha que se
parece com o trigo, e que se desenvolve no meio dele. Assim também
acontece na vida: encontramos ações infelizes ao lado de sublimes
realizações humanas.
Quando Jesus recomendou o crescimento simultâneo do joio e do
trigo, não quis senão demonstrar a sublime tolerância celeste, no
quadro das experiências da vida.
O Mestre nunca subtraiu as oportunidades de crescimento e santificação
do homem e, nesse sentido, o próprio mal, oriundo das paixões
menos dignas, é pacientemente examinado por seu infinito amor, sem
ser destruído de pronto.
Importa considerar, portanto, que o joio não cresce por relaxamento
do Lavrador divino, mas sim porque o otimismo do celeste Semeador
nunca perde a esperança na vitória final do bem.
A luta da vida, como processo educativo, nos oferece contínuas
oportunidades para semearmos o bem, evitando o mal. Empenhados
nesse propósito, é comum termos que enfrentar padrões menos
edificantes da própria personalidade, que surgem no caminho como
poderosos adversários. Jesus, porém, manda aplicar processos defensivos com base na iluminação
e na misericórdia. O tempo e a bênção do Senhor agem
devagarinho e os propósitos inferiores se transubstanciam.
O texto de Mateus nos fala que após a semeadura do joio o
inimigo “retirou-se”. Percebemos, assim, que em todos os acontecimentos
infelizes e decorrentes da invigilância ou da insinuação de
forças inferiores, o mal opera às escondidas. Instaurado o processo de
desarmonia, o agente causador da perturbação “retira-se”, observando,
à distância, os seus efeitos.
Ante as devastações do mal, apoia o trabalho que objetive o retorno
ao bem.
[...]
Onde haja desastre, auxilia a restauração.
[...]
Se a maldade enodoa essa ou aquela situação, faze o melhor que possas
para que a bondade venha a surgir." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
362. Qual o caráter dos indivíduos em que encarnam
Espíritos desassisados e levianos?
“São indivíduos estúrdios, maliciosos e, não raro,
criaturas malfazejas.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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