sábado, 28 de janeiro de 2017

Veio o seu inimigo


“De sorte que transportavam os enfermos para as ruas e  os punham em leitos e em camilhas para que ao menos a sombra  de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles.” -( Atos, 5:15 )-




Amados irmãos, bom dia!
" A sombra de Simão Pedro, que aceitara o Cristo e a Ele se consagrara, era disputada pelos sofredores e doentes que encontravam nela esperança e alívio, reconforto e alegria. Examina os assuntos e as atitudes que a tua presença desperta nos outros. Com atenção, descobrirás a qualidade de tua sombra e, se te encontras interessado  em aquisição de valores iluminativos com Jesus, será fácil descobrires as próprias deficiências e corrigi­-las." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








“Veio o seu inimigo...” pode simbolizar adversário, pessoa que não simpatiza conosco ou paixões e vícios que ainda albergamos. A despeito de ambos serem um instrumento avaliador do progresso que tenhamos alcançado, não devem ser objeto de inquietações. Perante qualquer tipo de inimigo devemos dar “[...] sempre o bem pelo mal, a verdade pela mentira e o amor pela indiferença...”

O adversário, em qualquer contexto, representa as perigosas infiltrações do mal. O mundo está cheio de enganos dos homens abomináveis que invadiram os domínios da política, da ciência, da religião e ergueram criações chocantes para os Espíritos menos avisados [...]. Mas o discípulo de Jesus, bafejado pelos benefícios do Céu todos os dias, que se rodeia de esclarecimentos e consolações, luzes e bênçãos, esse deve saber, de antemão, quanto lhe compete realizar em serviço e vigilância e, caso aceite as ilusões dos homens abomináveis, agirá sob responsabilidade que lhe é própria, entrando na partilha das aflitivas realidades que o aguardam nos planos inferiores.

As imperfeições morais são ferrenhos adversários. Quando menos esperamos, somos envolvidos pelas tramas das próprias imperfeições. Daí a importância do conselho de Jesus sobre o “vigiai e orai” (Mt 26:41). Mencionamos com muita frequência que os inimigos exteriores são os piores expoentes de perturbação que operam em nosso prejuízo. Urge, porém, olhar para dentro de nós, de modo a descobrir que os adversários mais difíceis são aqueles que não nos podemos afastar facilmente, por se nos alojarem no cerne da própria alma. Dentre eles, os mais implacáveis são o egoísmo, que nos tolhe a visão espiritual, impedindo vejamos as necessidades daqueles que amamos; o orgulho que não nos permite acolher a luz do entendimento [...]; a vaidade, que nos sugere superestimação do próprio valor [...]; o desânimo, que nos impele aos princípios da inércia; a intemperança mental que nos situa na indisciplina; o medo de sofrer, que nos subtrai as melhores oportunidades de progresso, e tantos outros agentes nocivos que se nos instalam no Espírito, corroendo-nos as energias e depredando-nos a estabilidade mental.

É importante estarmos atentos porque as investidas do mal, alheias ou próprias, não marcam hora: surgem subitamente. O joio, caracterizado pela erva daninha, representa a ação contrária ao bem. Semeado quando estivermos desatentos (“dormindo”) pode gerar resultados funestos. O homem enxerga sempre, através da visão interior. Com as cores que usa por dentro, julga os aspectos de fora. Pelo que sente, examina os sentimentos alheios. [...] Daí, o imperativo de grande vigilância para que a nossa consciência não se contamine pelo mal.

A frase: “E semeou joio no meio do trigo” tem significado específico. Jesus poderia ter escolhido outra semente, que não o joio, para ilustrar o adversário do bem. O joio, porém, é uma erva daninha que se parece com o trigo, e que se desenvolve no meio dele. Assim também acontece na vida: encontramos ações infelizes ao lado de sublimes realizações humanas. Quando Jesus recomendou o crescimento simultâneo do joio e do trigo, não quis senão demonstrar a sublime tolerância celeste, no quadro das experiências da vida. O Mestre nunca subtraiu as oportunidades de crescimento e santificação do homem e, nesse sentido, o próprio mal, oriundo das paixões menos dignas, é pacientemente examinado por seu infinito amor, sem ser destruído de pronto. Importa considerar, portanto, que o joio não cresce por relaxamento do Lavrador divino, mas sim porque o otimismo do celeste Semeador nunca perde a esperança na vitória final do bem.

A luta da vida, como processo educativo, nos oferece contínuas oportunidades para semearmos o bem, evitando o mal. Empenhados nesse propósito, é comum termos que enfrentar padrões menos edificantes da própria personalidade, que surgem no caminho como poderosos adversários. Jesus, porém, manda aplicar processos defensivos com base na iluminação e na misericórdia. O tempo e a bênção do Senhor agem devagarinho e os propósitos inferiores se transubstanciam.

O texto de Mateus nos fala que após a semeadura do joio o inimigo “retirou-se”. Percebemos, assim, que em todos os acontecimentos infelizes e decorrentes da invigilância ou da insinuação de forças inferiores, o mal opera às escondidas. Instaurado o processo de desarmonia, o agente causador da perturbação “retira-se”, observando, à distância, os seus efeitos. Ante as devastações do mal, apoia o trabalho que objetive o retorno ao bem. [...] Onde haja desastre, auxilia a restauração. [...] Se a maldade enodoa essa ou aquela situação, faze o melhor que possas para que a bondade venha a surgir." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






362. Qual o caráter dos indivíduos em que encarnam Espíritos desassisados e levianos? 

“São indivíduos estúrdios, maliciosos e, não raro, criaturas malfazejas.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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