segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça


“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue,  mas sim  contra  os  principados,  contra  as  potestades,  contra  os  príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da  maldade, nos lugares celestiais.” - Paulo - ( Efésios, 6:12 )




Amados irmãos, bom dia!
"Segundo nossas afirmativas reiteradas, a grande luta não reside no combate com o sangue e a carne, propriamente, mas sim com as nossas disposições espirituais inferiores. Paulo de Tarso agiu  divinamente inspirado, quando escreveu  sua recomendação aos companheiros de Éfeso. O silencioso e incessante conflito entre os discípulos sinceros e as forças da sombra está vinculado em nossa própria natureza, porquanto nos acumpliciávamos abertamente com o mal, em passado não remoto." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )- 








E outra caiu em boa terra e deu fruto: um, a cem, outro, a sessenta, e outro, a trinta. Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça (Mt 13:8-9). 

"Quando o terreno está devidamente preparado, a produção está assegurada, num processo contínuo. A “boa terra” representa a terra fértil que possui condições propícias à germinação da semente, ao surgimento e amadurecimento da planta, assim como a produção do fruto. Os ensinamentos do Evangelho quando alcançam as pessoas simbolizadas pela “boa terra”, são assimilados e difundidos, num processo natural. O terreno fértil produz uma lavoura de significativo valor caracterizada por frutos suculentos e nutritivos. 

Entretanto, é importante considerar que nem todo terreno fértil produz igualmente: “E outra caiu em boa terra e deu fruto: um, a cem, outra a sessenta, e outro, a trinta.” Esse trecho mostra que toda semente que encontra terreno qualificado pela bondade do Cristo produz incessantemente, por atestar a sua origem. “Outro a sessenta e outro a trinta” revela que o percentual de produção pode ser menor em uns, mas que não deixa de dar a sua resposta, sempre positiva. “Outro a trinta”: nesta faixa se localizam aqueles que se posicionam no sublime momento do despertar para as realidades espirituais. Estão dispostos a oferecerem cotas, porém menores, no redirecionamento de sua existência, no plano das lutas evolutivas. 

“Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”, é o alerta que nos informa ser preciso, não apenas escutar orientações, propriamente ditas, mas, aprender a identificar oportunidades de crescimento. “Quem tem ouvidos para ouvir”, não perde tempo com lamentações, gemidos ou clamores. Conhece as dificuldades que envolvem os que produzem bons frutos, mas não se detém: trabalha incessantemente, guiando-se pelas elevadas intuições que lhes inspiram os benfeitores espirituais, sem medos, pressas ou retardamentos. Palmilha o caminho da efetiva libertação, transformando-a em reservas de bom ânimo e encorajamento em bálsamos que aliviam as dores do próximo. Os adeptos sinceros do Evangelho de Jesus são, assim, a “boa terra”, inspirados nos ensinamentos da Boa-Nova, esforçam-se em vivenciá-los, sem medir sacrifícios. 

Os quatro campos de semeadura, citados na parábola, simbolizam os diferentes tipos de mentalidade espiritual. A semente é o Evangelho de Jesus, entendido como roteiro de vida, mesmo quando chega até nós e não encontra a devida ressonância. Quando isto acontece, as sementes caídas às margens do caminho servem de alimento aos pássaros, porque os condicionamentos seculares — representados por valores fugidios e vinculados ao plano puramente material — falam mais alto. A segunda situação nos reporta à terra rasa, sem profundidade, que favorece a germinação da semente lançada, mas que não permite que se crie raiz devido à presença de pedras — que são as cristalizações de ideias e de comportamentos, heranças de experiências passadas. As sementes germinadas entre os espinhos, por sua vez, originaram o crescimento de uma frágil planta que logo morre sufocada. Os “espinhos” são os hábitos menos felizes, de feições acentuadamente transitórias. Um pensamento negativo ou a supervalorização de coisas materiais, por exemplo, podem crescer desordenadamente, abafando, por egoísmo ou comodismo, os valores imortais que nos chegam do Alto. A semente que cai no terreno fértil é a que foi semeada num coração mais amadurecido e receptivo ao Evangelho, disposto a acatar novos aprendizados e a renunciar às antigas e infelizes aquisições. Mesmo neste solo fértil, cada um produz de acordo com o seu piso evolutivo ou grau de adiantamento espiritual: uns produzem mais, outros produzem menos. 

A propósito, elucida o esclarecido benfeitor espiritual Emmanuel: Se o terreno de teu coração vive ocupado por ervas daninhas e se já recebeste o princípio celeste, cultiva-o, com devotamento, abrigando-o nas leiras de tua alma. O verbo humano pode falhar, mas a Palavra do Senhor é imperecível. Aceita-a e cumpre-a, porque, se te furtas ao imperativo da vida eterna, cedo ou tarde o anjo da angústia te visitará o espírito, indicando-te novos rumos." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






350. Uma vez unido ao corpo da criança e quando já lhe não é possível voltar atrás, sucede alguma vez deplorar o Espírito a escolha que fez? 

“Perguntas se, como homem, se queixa da vida que tem? Se desejara que outra fosse ela? Sim. Se se arrepende da escolha que fez? Não, pois não sabe ter sido sua a escolha. Depois de encarnado, não pode o Espírito lastimar uma escolha de que não tem consciência. Pode, entretanto, achar pesada demais a carga e considerá-la superior às suas forças. É quando isso acontece que recorre ao suicídio.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

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