“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” - Paulo - ( Efésios, 6:12 )
Amados irmãos, bom dia!
"Segundo nossas afirmativas reiteradas, a grande luta não reside no combate
com o sangue e a carne, propriamente, mas sim com as nossas disposições
espirituais inferiores. Paulo de Tarso agiu divinamente inspirado, quando escreveu sua
recomendação aos companheiros de Éfeso. O silencioso e incessante conflito entre os discípulos sinceros e as forças da
sombra está vinculado em nossa própria natureza, porquanto nos acumpliciávamos
abertamente com o mal, em passado não remoto." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
E outra caiu em boa terra e deu fruto: um, a cem, outro, a sessenta, e
outro, a trinta. Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça (Mt 13:8-9).
"Quando o terreno está devidamente preparado, a produção está
assegurada, num processo contínuo.
A “boa terra” representa a terra fértil que possui condições propícias
à germinação da semente, ao surgimento e amadurecimento da
planta, assim como a produção do fruto.
Os ensinamentos do Evangelho quando alcançam as pessoas
simbolizadas pela “boa terra”, são assimilados e difundidos, num
processo natural. O terreno fértil produz uma lavoura de significativo
valor caracterizada por frutos suculentos e nutritivos.
Entretanto, é importante considerar que nem todo terreno fértil
produz igualmente: “E outra caiu em boa terra e deu fruto: um, a
cem, outra a sessenta, e outro, a trinta.” Esse trecho mostra que toda
semente que encontra terreno qualificado pela bondade do Cristo
produz incessantemente, por atestar a sua origem. “Outro a sessenta
e outro a trinta” revela que o percentual de produção pode ser menor
em uns, mas que não deixa de dar a sua resposta, sempre positiva.
“Outro a trinta”: nesta faixa se localizam aqueles que se posicionam
no sublime momento do despertar para as realidades espirituais. Estão
dispostos a oferecerem cotas, porém menores, no redirecionamento
de sua existência, no plano das lutas evolutivas.
“Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”, é o alerta que nos informa
ser preciso, não apenas escutar orientações, propriamente ditas, mas,
aprender a identificar oportunidades de crescimento.
“Quem tem ouvidos para ouvir”, não perde tempo com lamentações,
gemidos ou clamores. Conhece as dificuldades que envolvem
os que produzem bons frutos, mas não se detém: trabalha incessantemente,
guiando-se pelas elevadas intuições que lhes inspiram os
benfeitores espirituais, sem medos, pressas ou retardamentos. Palmilha
o caminho da efetiva libertação, transformando-a em reservas de bom
ânimo e encorajamento em bálsamos que aliviam as dores do próximo.
Os adeptos sinceros do Evangelho de Jesus são, assim, a “boa
terra”, inspirados nos ensinamentos da Boa-Nova, esforçam-se em
vivenciá-los, sem medir sacrifícios.
Os quatro campos de semeadura, citados na parábola, simbolizam
os diferentes tipos de mentalidade espiritual. A semente
é o Evangelho de Jesus, entendido como roteiro de vida, mesmo
quando chega até nós e não encontra a devida ressonância. Quando
isto acontece, as sementes caídas às margens do caminho servem de
alimento aos pássaros, porque os condicionamentos seculares — representados
por valores fugidios e vinculados ao plano puramente
material — falam mais alto. A segunda situação nos reporta à terra
rasa, sem profundidade, que favorece a germinação da semente
lançada, mas que não permite que se crie raiz devido à presença de
pedras — que são as cristalizações de ideias e de comportamentos,
heranças de experiências passadas. As sementes germinadas entre os
espinhos, por sua vez, originaram o crescimento de uma frágil planta
que logo morre sufocada. Os “espinhos” são os hábitos menos felizes,
de feições acentuadamente transitórias. Um pensamento negativo ou
a supervalorização de coisas materiais, por exemplo, podem crescer
desordenadamente, abafando, por egoísmo ou comodismo, os valores
imortais que nos chegam do Alto. A semente que cai no terreno fértil
é a que foi semeada num coração mais amadurecido e receptivo ao
Evangelho, disposto a acatar novos aprendizados e a renunciar às antigas
e infelizes aquisições. Mesmo neste solo fértil, cada um produz de
acordo com o seu piso evolutivo ou grau de adiantamento espiritual:
uns produzem mais, outros produzem menos.
A propósito, elucida o esclarecido benfeitor espiritual Emmanuel:
Se o terreno de teu coração vive ocupado por ervas daninhas e se já
recebeste o princípio celeste, cultiva-o, com devotamento, abrigando-o
nas leiras de tua alma. O verbo humano pode falhar, mas a Palavra
do Senhor é imperecível. Aceita-a e cumpre-a, porque, se te furtas ao
imperativo da vida eterna, cedo ou tarde o anjo da angústia te visitará
o espírito, indicando-te novos rumos." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
350. Uma vez unido ao corpo da criança e quando já lhe
não é possível voltar atrás, sucede alguma vez deplorar
o Espírito a escolha que fez?
“Perguntas se, como homem, se queixa da vida que
tem? Se desejara que outra fosse ela? Sim. Se se arrepende
da escolha que fez? Não, pois não sabe ter sido sua a escolha.
Depois de encarnado, não pode o Espírito lastimar uma
escolha de que não tem consciência. Pode, entretanto, achar
pesada demais a carga e considerá-la superior às suas
forças. É quando isso acontece que recorre ao suicídio.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
Nenhum comentário:
Postar um comentário