“Antes subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de algum modo a
ficar reprovado.” - Paulo - ( I Coríntios, 9:27 )
Amados irmãos, bom dia!
"Quem espera vida sã, sem autodisciplina, não se distancia muito do
desequilíbrio ruinoso ou total. É necessário instalar o governo de nós mesmos em qualquer posição da
vida. O problema fundamental é de vontade forte para conosco, e de boa vontade
para com os nossos irmãos." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
E outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo
nasceu, porque não tinha terra funda. Mas, vindo o sol, queimou-se e
secou-se, porque não tinha raiz (Mt 13:5-6).
As pessoas representadas pelo terreno pedregoso se encontram
numa situação melhor que as anteriores. As pedras indicam formações mentais cristalizadas ainda existentes em todos nós, Espíritos
imperfeitos, mas que precisam ser removidas ou desfeitas, seja pelo
conhecimento de verdades imortais seja pela melhoria moral, bênçãos
concedidas pela bondade do pai Celestial. As pedras podem, também,
ser vistas como condicionamentos ou reflexos dominantes da personalidade
que se expressam sob a forma de interesses passageiros e
superficiais, e que não cedem espaço a entendimentos mais profundos.
As pessoas simbolizadas pelo terreno pedregoso, são as entusiastas
de primeiro momento que, ante os menores obstáculos que surgem
no exercício do bem, não conseguem se manter fiéis aos ensinamentos
de Jesus, deles se afastando.
O texto informa que as sementes foram semeadas “onde não
havia terra bastante”. Sabe-se que o terreno existente entre as formações rochosas milenares (pedras) é poroso e leve (“fofo”). São áreas
que favorecem rápida germinação e morte das sementes, por lhes
faltarem profundidade. Esses terrenos assemelham-se às pessoas que,
de imediato, abrigam e desalojam boas intenções: são os pródigos
que surgem em muitas frentes e não se mantêm ali; são pessoas que
revelam emoções de periferia; são candidatos a todo tipo de cursos;
são pessoas que aportam às reuniões com entusiasmo, mas que delas
rapidamente se afastam; são companheiros de jornada que desistem
ou desanimam ante os mais insignificantes obstáculos.
Percebe-se, pois, que não basta à semente germinar, é preciso
que ela cresça e frutifique.
A sabedoria de Jesus acrescenta, em seguida: “e logo nasceu,
porque não tinha terra funda, mas, vindo o sol, queimou-se. E secou-se, porque não tinha raiz”. A “terra” das boas intenções se revela,
muitas vezes, carente de persistência, não conseguindo sobreviver
aos desafios da vida. Indica a personalidade dos que se mantêm nos
interesses horizontais do conhecimento superficial, sem revelarem
maior capacidade de aprofundamento.
O fato de “secar por não ter raiz” mostra que faltam ao terreno,
além da terra, nutrientes e água, necessários à germinação e ao equilíbrio da semente.
Trazendo este simbolismo para a nossa própria
condição espiritual, percebemos que, se não existem raízes nas nossas
manifestações de mudança para melhor, é natural que a sementeira
fracasse ou que a transformação seja adiada.
Quando nos reportamos ao problema da transformação espiritual, a
comunidade dos discípulos do Evangelho concorda conosco, quanto
a semelhante necessidade, mas nem todos demonstram perfeita
compreensão do assunto. [...] A renovação indispensável não é a de
plano exterior flutuante. Transformar-se-á o cristão devotado, não
pelos sinais externos, e sim pelo entendimento, dotando a própria
mente de nova luz, em novas concepções. Assim como qualquer
trabalho terrestre pede a sincera aplicação dos aprendizes que a ele
se dedicam, o serviço de aprimoramento mental exige constância de
esforço no bem e no conhecimento.
Fica claro, assim, que toda disposição de melhoria, não se deve
restringir às boas intenções, fáceis de serem dissolvidas nas lutas do
cotidiano. É necessário que construamos uma boa base (com “terra
funda”) de conhecimento doutrinário que possa alimentar a nossa
sincera vontade de melhorar, criando empecilhos ao desânimo e ao
abandono do trabalho." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
348. Sabe o Espírito, previamente, que o corpo de sua escolha
não tem probabilidade de viver?
“Sabe-o algumas vezes; mas, se nessa circunstância
reside o motivo da escolha, isso significa que está fugindo à
prova.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
Nenhum comentário:
Postar um comentário