sábado, 14 de janeiro de 2017

Mas, vindo o sol, queimou-se e secou-se, porque não tinha raiz


“Antes subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para  que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de algum modo a  ficar reprovado.” - Paulo -  ( I Coríntios, 9:27 )




Amados irmãos, bom dia!
"Quem espera vida sã, sem autodisciplina, não se distancia muito do  desequilíbrio ruinoso ou total. É necessário instalar  o governo de nós mesmos em qualquer  posição da vida. O problema fundamental é de vontade forte para conosco, e de boa ­vontade para com os nossos irmãos." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-  








E outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda. Mas, vindo o sol, queimou-se e secou-se, porque não tinha raiz (Mt 13:5-6). 


As pessoas representadas pelo terreno pedregoso se encontram numa situação melhor que as anteriores. As pedras indicam formações mentais cristalizadas ainda existentes em todos nós, Espíritos imperfeitos, mas que precisam ser removidas ou desfeitas, seja pelo conhecimento de verdades imortais seja pela melhoria moral, bênçãos concedidas pela bondade do pai Celestial. As pedras podem, também, ser vistas como condicionamentos ou reflexos dominantes da personalidade que se expressam sob a forma de interesses passageiros e superficiais, e que não cedem espaço a entendimentos mais profundos. As pessoas simbolizadas pelo terreno pedregoso, são as entusiastas de primeiro momento que, ante os menores obstáculos que surgem no exercício do bem, não conseguem se manter fiéis aos ensinamentos de Jesus, deles se afastando. 

O texto informa que as sementes foram semeadas “onde não havia terra bastante”. Sabe-se que o terreno existente entre as formações rochosas milenares (pedras) é poroso e leve (“fofo”). São áreas que favorecem rápida germinação e morte das sementes, por lhes faltarem profundidade. Esses terrenos assemelham-se às pessoas que, de imediato, abrigam e desalojam boas intenções: são os pródigos que surgem em muitas frentes e não se mantêm ali; são pessoas que revelam emoções de periferia; são candidatos a todo tipo de cursos; são pessoas que aportam às reuniões com entusiasmo, mas que delas rapidamente se afastam; são companheiros de jornada que desistem ou desanimam ante os mais insignificantes obstáculos. 

Percebe-se, pois, que não basta à semente germinar, é preciso que ela cresça e frutifique. A sabedoria de Jesus acrescenta, em seguida: “e logo nasceu, porque não tinha terra funda, mas, vindo o sol, queimou-se. E secou-se, porque não tinha raiz”. A “terra” das boas intenções se revela, muitas vezes, carente de persistência, não conseguindo sobreviver aos desafios da vida. Indica a personalidade dos que se mantêm nos interesses horizontais do conhecimento superficial, sem revelarem maior capacidade de aprofundamento. O fato de “secar por não ter raiz” mostra que faltam ao terreno, além da terra, nutrientes e água, necessários à germinação e ao  equilíbrio da semente. 

Trazendo este simbolismo para a nossa própria condição espiritual, percebemos que, se não existem raízes nas nossas manifestações de mudança para melhor, é natural que a sementeira fracasse ou que a transformação seja adiada. Quando nos reportamos ao problema da transformação espiritual, a comunidade dos discípulos do Evangelho concorda conosco, quanto a semelhante necessidade, mas nem todos demonstram perfeita compreensão do assunto. [...] A renovação indispensável não é a de plano exterior flutuante. Transformar-se-á o cristão devotado, não pelos sinais externos, e sim pelo entendimento, dotando a própria mente de nova luz, em novas concepções. Assim como qualquer trabalho terrestre pede a sincera aplicação dos aprendizes que a ele se dedicam, o serviço de aprimoramento mental exige constância de esforço no bem e no conhecimento.

Fica claro, assim, que toda disposição de melhoria, não se deve restringir às boas intenções, fáceis de serem dissolvidas nas lutas do cotidiano. É necessário que construamos uma boa base (com “terra funda”) de conhecimento doutrinário que possa alimentar a nossa sincera vontade de melhorar, criando empecilhos ao desânimo e ao abandono do trabalho." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






348. Sabe o Espírito, previamente, que o corpo de sua escolha não tem probabilidade de viver? 

“Sabe-o algumas vezes; mas, se nessa circunstância reside o motivo da escolha, isso significa que está fugindo à prova.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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