sexta-feira, 17 de março de 2017

A aparição de Jesus aos discípulos


“Mas os cuidados deste mundo, os enganos das riquezas  e as ambições doutras coisas, entrando, sufocam a palavra, que  fica infrutífera.”  - Jesus - ( Marcos, 4:19 )




Amados irmãos, bom dia!
"A árvore da fé viva não cresce no coração, miraculosamente. Qual acontece na vida comum, o Criador dá tudo, mas não prescinde do  esforço da criatura. Qualquer planta útil reclama especial atenção no desenvolvimento. Indispensável cogitar-­se do trabalho de proteção, auxílio e defesa. É imprescindível tratar a planta divina com desvelada ternura e instinto  enérgico de defesa. Há muitos perigos sutis contra ela, quais sejam os tóxicos dos maus livros, as opiniões ociosas, as discussões excitantes, o hábito de analisar os outros antes do  auto ­exame. Ninguém pode, pois, em sã consciência, transferir, de modo integral, a vibração da fé ao espírito alheio, porque, realmente, isso é tarefa que compete a cada um." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-








"Os ensinamentos espíritas demonstram que a aparição de Jesus aos discípulos, mesmo sob a aparência de um simples viajante, nada teve de surpreendente quando se conhece os mecanismos que produzem o fenômeno. Na verdade, as “[...] manifestações mais comuns se dão durante o sono, por meio dos sonhos: são as visões.” 

Os Espíritos bem-intencionados aparecem para consolar “[...] as pessoas que deles guardam saudades, provar-lhes que existem e estão perto delas; dar conselhos e, algumas vezes, pedir para si mesmos assistência.” Evidentemente, Jesus, diretor espiritual do orbe, tornou-se visível para prestar amparo, revelando a imortalidade do seu Espírito. A despeito das aparições espirituais serem consideradas fatos naturais, não acontecem permanentemente. O motivo básico é que estando “[...] o homem cercado de Espíritos, o vê-los a todos os instante o perturbaria, embaraçar-lhe-ia os atos e tirar-lhe-ia a iniciativa na maioria dos casos, ao passo que, julgando-se só, ele age mais livremente.”

O princípio das aparições de Espíritos “[...] é o mesmo de todas as manifestações, reside nas propriedades do perispírito, que pode sofrer diversas modificações, ao sabor do Espírito.” Devemos, entretanto, considerar os seguintes esclarecimentos prestados por Allan Kardec: As aparições propriamente ditas dão-se quando o vidente se acha em estado de vigília e no gozo da plena e inteira liberdade das suas faculdades. Apresentam-se, em geral, sob a forma vaporosa e diáfana, às vezes vaga e imprecisa. [...] Doutras vezes, as formas se mostram nitidamente acentuadas, distinguindo-se os menores traços da fisionomia, a ponto de se tornar possível fazer-se da aparição uma descrição completa. [...] Podendo tomar todas as aparências, o Espírito se apresenta sob a que melhor o faça reconhecível, se tal é o seu desejo. [...] Os Espíritos superiores têm uma figura bela, nobre e serena; os mais inferiores denotam alguma coisa de feroz e bestial, não sendo raro revelarem ainda vestígios dos crimes que praticaram, ou dos suplícios que padeceram.

Continuemos, um pouco mais, com as elucidações do Codificador do Espiritismo a respeito das materializações de Espíritos. O Espírito, que quer ou pode fazer-se visível, reveste às vezes uma forma ainda mais precisa, com todas as aparências de um corpo sólido, ao ponto de causar completa ilusão e dar a crer, aos que observam a aparição, que têm diante de si um ser corpóreo. Em alguns casos, finalmente, e sob o império de certas circunstâncias, a tangibilidade se pode tornar real, isto é, possível se torna ao observador tocar, palpar, sentir, na aparição, a mesma resistência, o mesmo calor que num corpo vivo, o que não impede que a tangibilidade se desvaneça com a rapidez do relâmpago. Nesses casos, já não é somente com o olhar que se nota a presença do Espírito, mas também pelo sentido tátil.

São essas as explicações espíritas relativas à aparição de Jesus aos seus discípulos, sua tangibilidade e o seu desaparecimento, ocorrido durante a refeição, no momento em que foi reconhecido por seus companheiros de viagem. Não deixa de ser um fato curioso Jesus ter-se manifestado como simples viajante aos discípulos na estrada de Emaús, quando se revelou como o Cristo a Maria de Magdala, nas primeiras horas daquele dia, e aos apóstolos, durante a refeição do meio-dia. Algum motivo superior justificou essa atitude do Mestre. Podemos apenas levantar algumas conjecturas, sem que com isso encontremos a resposta concreta ou satisfatória: será que a sua aparição abrupta não iria assustar os discípulos, ainda bastante impressionados com os acontecimentos do calvário e da crucificação? Talvez a necessidade de  ampará-los libertando-os da tristeza e da saudade fosse mais urgente? Quem sabe ocorreu ao Senhor a necessidade de, anonimamente, sondar-lhes as disposições íntimas relacionadas ao trabalho de cristianização do mundo, que lhes caberia no futuro?" -( FEB - EADE )- 





Estudo do Livro dos Espíritos






410. Dá-se também que, durante o sono, ou quando nos achamos apenas ligeiramente adormecidos, acodem-nos idéias que nos parecem excelentes e que se nos apagam da memória, apesar dos esforços que façamos para retê-las. Donde vêm essas idéias? 

“Provêm da liberdade do Espírito que se emancipa e que, emancipado, goza de suas faculdades com maior amplitude. Também são, frequentemente, conselhos que outros Espíritos dão.” 

a) — De que servem essas idéias e esses conselhos, desde que, pelos esquecer, não os podemos aproveitar? 

“Essas idéias, em regra, mais dizem respeito ao mundo dos Espíritos do que ao mundo corpóreo. Pouco importa que comumente o Espírito as esqueça, quando unido ao corpo. Na ocasião oportuna, voltar-lhe-ão como inspiração de momento.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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