“Mas os cuidados deste mundo, os enganos das riquezas e as ambições doutras coisas, entrando, sufocam a palavra, que
fica infrutífera.” - Jesus - ( Marcos, 4:19 )
Amados irmãos, bom dia!
"A árvore da fé viva não cresce no coração, miraculosamente. Qual acontece na vida comum, o Criador dá tudo, mas não prescinde do
esforço da criatura. Qualquer planta útil reclama especial atenção no desenvolvimento.
Indispensável cogitar-se do trabalho de proteção, auxílio e defesa. É imprescindível tratar a planta divina com desvelada ternura e instinto
enérgico de defesa. Há muitos perigos sutis contra ela, quais sejam os tóxicos dos maus livros, as opiniões ociosas, as discussões excitantes, o hábito de analisar os outros antes do
auto exame. Ninguém pode, pois, em sã consciência, transferir, de modo integral, a
vibração da fé ao espírito alheio, porque, realmente, isso é tarefa que compete a cada
um." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
"Os ensinamentos espíritas demonstram que a aparição de Jesus
aos discípulos, mesmo sob a aparência de um simples viajante, nada
teve de surpreendente quando se conhece os mecanismos que produzem
o fenômeno. Na verdade, as “[...] manifestações mais comuns se
dão durante o sono, por meio dos sonhos: são as visões.”
Os Espíritos bem-intencionados aparecem para consolar “[...] as
pessoas que deles guardam saudades, provar-lhes que existem e estão
perto delas; dar conselhos e, algumas vezes, pedir para si mesmos assistência.” Evidentemente, Jesus, diretor espiritual do orbe, tornou-se
visível para prestar amparo, revelando a imortalidade do seu Espírito.
A despeito das aparições espirituais serem consideradas fatos
naturais, não acontecem permanentemente. O motivo básico é que
estando “[...] o homem cercado de Espíritos, o vê-los a todos os instante
o perturbaria, embaraçar-lhe-ia os atos e tirar-lhe-ia a iniciativa
na maioria dos casos, ao passo que, julgando-se só, ele age mais
livremente.”
O princípio das aparições de Espíritos “[...] é o mesmo de todas
as manifestações, reside nas propriedades do perispírito, que pode
sofrer diversas modificações, ao sabor do Espírito.” Devemos, entretanto, considerar os seguintes esclarecimentos
prestados por Allan Kardec: As aparições propriamente ditas dão-se quando o vidente se acha
em estado de vigília e no gozo da plena e inteira liberdade das suas
faculdades. Apresentam-se, em geral, sob a forma vaporosa e diáfana,
às vezes vaga e imprecisa. [...] Doutras vezes, as formas se mostram
nitidamente acentuadas, distinguindo-se os menores traços da fisionomia,
a ponto de se tornar possível fazer-se da aparição uma descrição completa. [...] Podendo tomar todas as aparências, o Espírito se
apresenta sob a que melhor o faça reconhecível, se tal é o seu desejo.
[...] Os Espíritos superiores têm uma figura bela, nobre e serena; os
mais inferiores denotam alguma coisa de feroz e bestial, não sendo
raro revelarem ainda vestígios dos crimes que praticaram, ou dos
suplícios que padeceram.
Continuemos, um pouco mais, com as elucidações do Codificador
do Espiritismo a respeito das materializações de Espíritos.
O Espírito, que quer ou pode fazer-se visível, reveste às vezes uma
forma ainda mais precisa, com todas as aparências de um corpo sólido,
ao ponto de causar completa ilusão e dar a crer, aos que observam
a aparição, que têm diante de si um ser corpóreo. Em alguns casos,
finalmente, e sob o império de certas circunstâncias, a tangibilidade
se pode tornar real, isto é, possível se torna ao observador tocar, palpar,
sentir, na aparição, a mesma resistência, o mesmo calor que num
corpo vivo, o que não impede que a tangibilidade se desvaneça com
a rapidez do relâmpago. Nesses casos, já não é somente com o olhar
que se nota a presença do Espírito, mas também pelo sentido tátil.
São essas as explicações espíritas relativas à aparição de Jesus aos
seus discípulos, sua tangibilidade e o seu desaparecimento, ocorrido
durante a refeição, no momento em que foi reconhecido por seus
companheiros de viagem.
Não deixa de ser um fato curioso Jesus ter-se manifestado como
simples viajante aos discípulos na estrada de Emaús, quando se revelou
como o Cristo a Maria de Magdala, nas primeiras horas daquele dia,
e aos apóstolos, durante a refeição do meio-dia.
Algum motivo superior justificou essa atitude do Mestre. Podemos
apenas levantar algumas conjecturas, sem que com isso encontremos
a resposta concreta ou satisfatória: será que a sua aparição abrupta
não iria assustar os discípulos, ainda bastante impressionados com os
acontecimentos do calvário e da crucificação? Talvez a necessidade de ampará-los libertando-os da tristeza e da saudade fosse mais urgente?
Quem sabe ocorreu ao Senhor a necessidade de, anonimamente,
sondar-lhes as disposições íntimas relacionadas ao trabalho de cristianização
do mundo, que lhes caberia no futuro?" -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
410. Dá-se também que, durante o sono, ou quando nos
achamos apenas ligeiramente adormecidos, acodem-nos idéias que nos parecem excelentes e que se nos
apagam da memória, apesar dos esforços que
façamos para retê-las. Donde vêm essas idéias?
“Provêm da liberdade do Espírito que se emancipa e
que, emancipado, goza de suas faculdades com maior amplitude.
Também são, frequentemente, conselhos que
outros Espíritos dão.”
a) — De que servem essas idéias e esses conselhos,
desde que, pelos esquecer, não os podemos aproveitar?
“Essas idéias, em regra, mais dizem respeito ao mundo
dos Espíritos do que ao mundo corpóreo. Pouco importa
que comumente o Espírito as esqueça, quando unido ao
corpo. Na ocasião oportuna, voltar-lhe-ão como inspiração
de momento.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
Nenhum comentário:
Postar um comentário