quinta-feira, 23 de março de 2017

O Evangelho traz consigo o fermento da renovação


“Antes  crescei  na  graça  e  no  conhecimento  de  Nosso  Senhor e Salvador, Jesus Cristo.”  - Pedro - ( II Pedro, 3:18 )




Amados irmãos, bom dia!
"Aprenda cada um a sua parte, na esfera de nossos deveres com Jesus. Atenda ao programa de edificação que lhe compete, ainda que se encontre sozinho  ou perseguido pela incompreensão dos homens e, então, estará crescendo na graça e no discernimento para a vida imortal." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-






"Há um outro ponto que merece destaque: é comum encontrarmos referências à pesca, ao mar e a barcos em alguns textos evangélicos. Representam simbolismos, assim interpretados pelo Espírito Emmanuel: Figuradamente, o Espírito humano é um “pescador” dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o “barco”. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses.

Da nossa parte, vemos que o tempo passa e continuamos em nossos “barcos”, operando “no mar da vida” com maior ou menor sucesso, segundo a posição a que nos ajustamos no contexto evolutivo. No entanto, é bom não esquecer que a qualquer momento Jesus pode requisitar o nosso barco, tal como faz ao de Simão, e nos conduzir ao mar alto para, ali, realizarmos a pescaria de valores eternos. 

Nos “barcos” que nos situamos estão depositados os recursos que dispomos para a realização da nossa transformação espiritual. O cristão sincero, o espírita dedicado, se esforça para, todos os dias, lançar as “redes” de interesses renovados no bem no imenso mar da existência. Dessa forma, é necessário enriquecê-los, entre outros, com os valores da inteligência, da família, das amizades, das relações sociais, dos recursos profissionais. E, vendo isso Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, por que sou um homem pecador. Pois que o espanto se apoderara dele e de todos os que com ele estavam, por causa da pesca que haviam feito (Lc 5:8-9). 

Se Pedro não tivesse atendido à orientação do Mestre, possivelmente não teria acontecido a pesca que passou à posteridade como maravilhosa. Da mesma forma, sabendo aproveitar as inúmeras oportunidades que nos são cotidianamente concedidas pelo Alto, evitamos o curso de acontecimentos nefastos que poderiam nos assaltar a existência. Neste sentido, conforme o trabalho que devemos realizar, ora buscamos as águas rasas e calmas da praia ora as mais profundas e agitadas do mar alto. Destaca o texto, o gesto de gratidão de Pedro. Reconhecido pelas bênçãos recebidas, prostra-se aos pés de Jesus, humilde, reconhecendo-se como criatura pecadora. São outras facetas da personalidade do apóstolo que se revelam naturalmente: gratidão e humildade. Não foi por acaso que ele se transformou na pedra angular da Doutrina Cristã. Assim, é oportuno destacar, o conselho que Jesus transmitiu a Zebedeu, pai de Tiago e João: “Em verdade” replicou o Mestre, “a mensagem da Boa-Nova é excelente para todos; contudo, nem todos os homens são ainda bons e justos para com ela”. 

É por isso que o Evangelho traz consigo o fermento da renovação e é ainda por isso que deixarei o júbilo e a energia como as melhores armas aos meus discípulos. Exterminando o mal e cultivando o bem, a Terra será para nós um glorioso campo de batalha. Se um companheiro cair na luta, foi o mal que tombou, nunca o irmão que, para nós outros, estará sempre de pé. É importante desenvolvermos a capacidade de discernimento, tal como aconteceu ao apóstolo Pedro, não se deixando sucumbir pelos insucessos que ocorrem na nossa existência. Imaginamos como foi grande o desapontamento quando, após uma noite de intenso labor, nada pescou que pudesse garantir a subsistência própria e a dos familiares e amigos. Supomos também o quanto a sua alma se encheu de júbilo, após seguir as instruções de Jesus, e obter tão rica pescaria. Quantas vezes, procuramos a paz, experimentando a tortura do sedento que anseia pela gloria. Em momentos assim, o passo mais expressivo será sempre a nossa incondicional rendição a Deus, cuja sabedoria nos guiará no rumo da tranquilidade operosa e tonificante. Imperioso pensar nisso, porque frequentemente surgem no cotidiano crises inesperadas que se nos envolvem na vida mental, à feição de problemas classificados por insolúveis no quadro das providências divinas. [...] Todos nós, os Espíritos em evolução no Planeta, somos ainda humanos e, nessa condição, nem sempre conseguimos em nós mesmos a energia suficiente para a superação de nossas deficiências... [...] Nenhum de nós está órfão de amparo e socorro, luz e bênção, porque ainda mesmo fracassem todas as nossas forças, na direção do bem para o desempenho de nossas obrigações, muito acima de nós e muito acima de nossos recursos limitados e frágeis, temos Deus." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






416. Pode o homem, pela sua vontade, provocar as visitas espíritas? Pode, por exemplo, dizer, quando está para dormir: Quero esta noite encontrar-me em Espírito com Fulano, quero falar-lhe para dizer isto? 

“O que se dá é o seguinte: Adormecendo o homem, seu Espírito desperta e, muitas vezes, nada disposto se mostra a fazer o que o homem resolvera, porque a vida deste pouco interessa ao seu Espírito, uma vez desprendido da matéria. Isto com relação a homens já bastante elevados espiritualmente. Os outros passam de modo muito diverso a fase espiritual de sua existência terrena. Entregam-se às paixões que os escravizaram, ou se mantêm inativos. Pode, pois, suceder, tais sejam os motivos que a isso o induzem, que o Espírito vá visitar aqueles com quem deseja encontrar-se. Mas, não constitui razão, para que semelhante coisa se verifique, o simples fato de ele o querer quando desperto.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

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