terça-feira, 28 de março de 2017

A tempestade acalmada


“Porque qualquer que de mim e das minhas palavras se  envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem.”  - Jesus - ( Lucas, 9:26 )




Amados irmãos, bom dia!
"A vida de um homem é a sua própria confissão pública. A conduta de cada crente é a sua verdadeira profissão de fé.  Torna-­se indispensável não se envergonhar o aprendiz de Jesus, não em perlengas calorosas, das quais cada contendor regressa mais exasperado, mas sim perante as situações, aparentemente insignificantes ou  eminentemente expressivas, em que se pede ao crente o exemplo de amor, renúncia e sacrifício pessoal que o  Senhor demonstrou em sua trajetória sublime." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-






Texto evangélico: 

E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para a outra margem. E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos. E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia de água. E Ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não te importa que pereçamos? E Ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança. E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé? E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: Mas quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem? (Mc 4:35-41). 

"O texto evangélico apresenta duas ordens de ideias: a tempestade que foi controlada pelo Cristo e a importância da fé. A tempestade acalmada é mais um dos prodígios existentes no Evangelho. Podemos interpretar o ocorrido de duas maneiras: ação direta de Jesus sobre o fenômeno atmosférico “repreendendo o vento” ou por intermédio dos Espíritos ligados à natureza que, ouvindo-o, atenderam à sua solicitação. De qualquer forma, porém, sabemos que não ocorreu um milagre, por mais insólito que o fato pareça. Deixa [...] de ser milagre um fato, desde que possa explicar-se e que se ache ligado a uma causa conhecida. Desse modo foi que as descobertas da Ciência colocaram no domínio do natural muitos efeitos que eram qualificados de prodígios, enquanto se lhes desconheciam as causas. 

Mais tarde, o conhecimento do princípio espiritual, da ação dos fluidos sobre a economia geral, do mundo invisível dentro do qual vivemos, das faculdades da alma, da existência e das propriedades do perispírito, facultou a explicação dos fenômenos de ordem psíquica, provando que esses fenômenos não constituem, mais do que os outros, derrogações das leis da natureza, que, ao contrário, decorrem quase sempre de aplicações destas leis. [...] 

A possibilidade da maioria dos fatos que o Evangelho cita como operados por Jesus se acha hoje completamente demonstrada pelo magnetismo e pelo Espiritismo, como fenômenos naturais. Pois que eles se produzem às nossas vistas, quer espontaneamente, quer quando provocados, nada há de anormal em que Jesus possuísse faculdades idênticas às dos nossos magnetizadores, curadores, sonâmbulos, videntes, médiuns etc. Do momento em que essas mesmas faculdades se encontram, em diferentes graus, numa multidão de indivíduos que nada têm de divino, até em heréticos e idólatras, elas não implicam, de maneira alguma, a existência de uma natureza sobre-humana.

A intervenção de Espíritos nos fenômenos da natureza acontece de forma intencional ou executando ordens superiores, como consta em O livro dos espíritos.  Falanges de Espíritos em evolução trabalham ativamente, zelando pela manutenção dos reinos da natureza: o mineral, o vegetal e o animal. Os fenômenos atmosféricos também são presididos por plêiades de Espíritos, sob orientação superior, encarregados de manterem o equilíbrio planetário. Nem sempre compreendemos o porquê dos fenômenos, que muitas vezes causam verdadeiras calamidades em determinadas regiões do mundo. Mas o Espiritismo nos ensina que não há efeito sem causa. Por conseguinte, os fenômenos tais como: tempestades, terremotos, maremotos, inundações, são orientados por entidades espirituais, em obediência a desígnios divinos, visando o apressamento da evolução não só do Planeta, como também nas populações atingidas. Jesus aqui não fez milagre ao apaziguar a tempestade. Usou apenas de seu conhecimento das forças que regem o universo e de sua superioridade moral para ordenar aos orientadores invisíveis da atmosfera, que fizessem cessar a tempestade." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






421. Como se explica que duas pessoas, perfeitamente acordadas, tenham instantaneamente a mesma idéia? 

“São dois Espíritos simpáticos que se comunicam e vêem reciprocamente seus pensamentos respectivos, embora sem estarem adormecidos os corpos.” 

Há, entre os Espíritos que se encontram, uma comunicação de pensamento, que dá causa a que duas pessoas se vejam e compreendam sem precisarem dos sinais ostensivos da linguagem. Poder-se-ia dizer que falam entre si a linguagem dos Espíritos.




Que a graça e a paz sejam conosco!

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