“Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade dirigir-vos esta carta, exortando-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.” -( Judas, 3 )-
Amados irmãos, bom dia!
"Não se equivoquem, pois, os que buscam o Mestre dos mestres... Receberão, certamente, a esperada iluminação, o consolo edificante e o
ensinamento eficaz, mas penetrarão a linha de batalha, em que lhes constitui
obrigação o combate permanente pela vitória do amor e da verdade, na Terra, através de ásperos testemunhos, porque todos nós, encarnados e desencarnados, oscilantes ainda entre a animalidade e a espiritualidade, entre o vale do homem e a
culminância do Cristo, estamos constrangidos a batalhar até o definitivo triunfo
sobre nós mesmos pela posse da Vida Imortal." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
"A frase de Maria: “E, faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe disse:
não têm vinho”, revela os cuidados que as almas gentis têm para
com as pessoas. Maria simboliza também a abençoada representante
do sentimento reto, a mãe e inspiradora da mensagem do Cristo, no
mundo. Representa o berço geratriz das mais belas iniciativas, do
sentimento enobrecido, destituído de interesses pessoais, que age em
sintonia com o pensamento superior.
Maria de Nazaré, uma mulher simples e da mais humílima condição
social, foi uma das figuras mais salientes no processo de revelação do
Cristianismo. (É inegável que a sua missão teve um cunho relevante,
alcançando a magnitude que, ainda agora), [...] a sua figura excelsa
se impõe à veneração de toda a humanidade, motivo pelo qual muitas
religiões da Terra passaram denominá-la “Rainha do Céu”, “Mãe
Santíssima”, “Virgem Maria”, “Nossa Senhora”, além de toda uma gama
de qualificativos. Servindo de dócil instrumento da vontade de Deus,
ela contribuiu, como Espírito, para o grandioso quadro de revelação
do Cristianismo à humanidade sofredora, fato que representou uma
das mais sublimes dádivas vinda dos Céus.
O vinho era uma bebida que fazia parte da cultura judaica e da
maioria dos povos da Antiguidade, assim como nos tempos contemporâneos.
O que causa espanto na narrativa evangélica, porém, não foi
o anúncio de Maria de que o vinho acabara, mas a forma como Jesus
lhe respondeu, segundo os registros de João: “Mulher, que tenho eu
contigo? Ainda não é chegada a minha hora”.
Analisada esta citação, exclusivamente na letra, entendem muitos
(inclusive alguns espíritas) que Jesus teria destratado a sua mãe.
Cairbar Schutel emite a seguinte opinião:
Entretanto, não cremos que a troca de palavras entre Jesus e sua extremosa
mãe fosse tal como se acha registrada na versão evangélica.
Sabemos perfeitamente quanto as traduções deformam e desnaturam
as narrativas. E, quando pensamos que os Evangelhos passaram por
várias traduções, a juízo dos tradutores, inscientes às mais das vezes
do pensamento íntimo dos seus autores, mais nos convencemos de
que as Escrituras não podem mesmo ser estudadas de relance, nem
tomadas ao pé da letra.
Quantas vezes deixamos de encontrar, num
idioma, uma palavra que exprima exatamente o que outra exprime
em outro idioma! Jesus não usou de aspereza com sua mãe; pelo contrário, a troca de ideias entre ambos não podia realizar-se sem a
máxima cordialidade e respeito.
A segunda resposta de Jesus a Maria, “ainda não é chegada a
minha hora”, pode ser uma alusão que Jesus fez à hora de transformação
espiritual que iria ocorrer-lhe. Hora que seria marcada por testemunhos
sacrificiais, em razão do processo de total doação à humanidade
que tutelava e tutela.
Atestamos que no breve diálogo ocorrido entre Jesus e a sua mãe
estabeleceu-se perfeita sintonia entre ambos: a mãe intercede junto
ao filho que tem poder superior, o filho argumenta e esclarece, mas,
ao influxo de sentimentos elevados e sublimes, na esteira do amor
legítimo, acontece perfeito entendimento. Maria então, dirige-se aos
empregados e diz: “Fazei tudo quanto Ele vos disser”.
O Evangelho é roteiro iluminado do qual Jesus é o centro divino.
Nessa Carta da Redenção, rodeando-lhe a figura celeste, existem
palavras, lembranças, dádivas e indicações muito amadas dos que
lhe foram legítimos colaboradores no mundo. [...] temos igualmente,
no Documento Sagrado, reminiscências de Maria. Examinemos suas
preciosas palavras em Caná, cheias de sabedoria e amor materno. [...]
Em verdade, o versículo do apóstolo João não se refere a paisagens
dolorosas. O episódio ocorre numa festa de bodas, mas podemos
aproveitar-lhe a sublime expressão simbólica. Também nós estamos
na festa de noivado do Evangelho com a Terra. Apesar dos quase vinte
séculos decorridos, o júbilo ainda é de noivado, porquanto não se
verificou até agora a perfeita união... Nesse grande concerto da ideia
renovadora, somos serventes humildes. Em muitas ocasiões, esgota-se o vinho da esperança. Sentimo-nos extenuados, desiludidos...
Imploramos ternura maternal e eis que Maria nos responde: Fazei
tudo quanto Ele vos disser. O conselho é sábio e profundo e foi colocado
no princípio dos trabalhos de salvação. Escutando semelhante
advertência de Mãe, meditemos se realmente estaremos fazendo tudo
quanto o Mestre nos disse." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
TRANSMISSÃO OCULTA DO PENSAMENTO
419. Que é o que dá causa a que uma idéia, a de uma descoberta,
por exemplo, surja em muitos pontos ao
mesmo tempo?
“Já dissemos que durante o sono os Espíritos se comunicam
entre si. Ora bem! Quando se dá o despertar, o
Espírito se lembra do que aprendeu e o homem julga ser
isso um invento de sua autoria. Assim é que muitos podem
simultaneamente descobrir a mesma coisa. Quando dizeis
que uma idéia paira no ar, usais de uma figura de linguagem
mais exata do que supondes. Todos, sem o
suspeitarem, contribuem para propagá-la.”
Desse modo, o nosso próprio Espírito revela muitas vezes, a
outros Espíritos, mau grado nosso, o que constituía objeto de
nossas preocupações no estado de vigília.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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