domingo, 26 de março de 2017

Fazei tudo quanto Ele vos disser


“Amados,  procurando  eu  escrever-­vos  com  toda  a  diligência  acerca  da  salvação  comum,  tive  por  necessidade  dirigir­-vos esta carta, exortando-­vos a batalhar pela fé que uma  vez foi dada aos santos.” -( Judas, 3 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Não se equivoquem, pois, os que buscam o Mestre dos mestres... Receberão, certamente, a esperada iluminação, o consolo  edificante e o  ensinamento eficaz, mas penetrarão a linha de batalha, em que lhes constitui obrigação o combate permanente pela vitória do amor e da verdade, na Terra, através de ásperos testemunhos, porque todos nós, encarnados e desencarnados, oscilantes ainda entre a animalidade e a espiritualidade, entre o vale do homem e a culminância do Cristo, estamos constrangidos a batalhar  até o definitivo triunfo  sobre nós mesmos pela posse da Vida Imortal." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )- 






"A frase de Maria: “E, faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: não têm vinho”, revela os cuidados que as almas gentis têm para com as pessoas. Maria simboliza também a abençoada representante do sentimento reto, a mãe e inspiradora da mensagem do Cristo, no mundo. Representa o berço geratriz das mais belas iniciativas, do sentimento enobrecido, destituído de interesses pessoais, que age em sintonia com o pensamento superior. 

Maria de Nazaré, uma mulher simples e da mais humílima condição social, foi uma das figuras mais salientes no processo de revelação do Cristianismo. (É inegável que a sua missão teve um cunho relevante, alcançando a magnitude que, ainda agora), [...] a sua figura excelsa se impõe à veneração de toda a humanidade, motivo pelo qual muitas religiões da Terra passaram denominá-la “Rainha do Céu”, “Mãe Santíssima”, “Virgem Maria”, “Nossa Senhora”, além de toda uma gama de qualificativos. Servindo de dócil instrumento da vontade de Deus, ela contribuiu, como Espírito, para o grandioso quadro de revelação do Cristianismo à humanidade sofredora, fato que representou uma das mais sublimes dádivas vinda dos Céus.

O vinho era uma bebida que fazia parte da cultura judaica e da maioria dos povos da Antiguidade, assim como nos tempos contemporâneos. O que causa espanto na narrativa evangélica, porém, não foi o anúncio de Maria de que o vinho acabara, mas a forma como Jesus lhe respondeu, segundo os registros de João: “Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora”. Analisada esta citação, exclusivamente na letra, entendem muitos (inclusive alguns espíritas) que Jesus teria destratado a sua mãe. Cairbar Schutel emite a seguinte opinião: Entretanto, não cremos que a troca de palavras entre Jesus e sua extremosa mãe fosse tal como se acha registrada na versão evangélica. Sabemos perfeitamente quanto as traduções deformam e desnaturam as narrativas. E, quando pensamos que os Evangelhos passaram por várias traduções, a juízo dos tradutores, inscientes às mais das vezes do pensamento íntimo dos seus autores, mais nos convencemos de que as Escrituras não podem mesmo ser estudadas de relance, nem tomadas ao pé da letra. 

Quantas vezes deixamos de encontrar, num idioma, uma palavra que exprima exatamente o que outra exprime em outro idioma! Jesus não usou de aspereza com sua mãe; pelo contrário, a troca de ideias entre ambos não podia realizar-se sem a máxima cordialidade e respeito. 

A segunda resposta de Jesus a Maria, “ainda não é chegada a minha hora”, pode ser uma alusão que Jesus fez à hora de transformação espiritual que iria ocorrer-lhe. Hora que seria marcada por testemunhos sacrificiais, em razão do processo de total doação à humanidade que tutelava e tutela. Atestamos que no breve diálogo ocorrido entre Jesus e a sua mãe estabeleceu-se perfeita sintonia entre ambos: a mãe intercede junto ao filho que tem poder superior, o filho argumenta e esclarece, mas, ao influxo de sentimentos elevados e sublimes, na esteira do amor legítimo, acontece perfeito entendimento. Maria então, dirige-se aos empregados e diz: “Fazei tudo quanto Ele vos disser”. O Evangelho é roteiro iluminado do qual Jesus é o centro divino. Nessa Carta da Redenção, rodeando-lhe a figura celeste, existem palavras, lembranças, dádivas e indicações muito amadas dos que lhe foram legítimos colaboradores no mundo. [...] temos igualmente, no Documento Sagrado, reminiscências de Maria. Examinemos suas preciosas palavras em Caná, cheias de sabedoria e amor materno. [...] Em verdade, o versículo do apóstolo João não se refere a paisagens dolorosas. O episódio ocorre numa festa de bodas, mas podemos aproveitar-lhe a sublime expressão simbólica. Também nós estamos na festa de noivado do Evangelho com a Terra. Apesar dos quase vinte séculos decorridos, o júbilo ainda é de noivado, porquanto não se verificou até agora a perfeita união... Nesse grande concerto da ideia renovadora, somos serventes humildes. Em muitas ocasiões, esgota-se o vinho da esperança. Sentimo-nos extenuados, desiludidos... Imploramos ternura maternal e eis que Maria nos responde: Fazei tudo quanto Ele vos disser. O conselho é sábio e profundo e foi colocado no princípio dos trabalhos de salvação. Escutando semelhante advertência de Mãe, meditemos se realmente estaremos fazendo tudo quanto o Mestre nos disse." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






TRANSMISSÃO OCULTA DO PENSAMENTO 

419. Que é o que dá causa a que uma idéia, a de uma descoberta, por exemplo, surja em muitos pontos ao mesmo tempo? 

“Já dissemos que durante o sono os Espíritos se comunicam entre si. Ora bem! Quando se dá o despertar, o Espírito se lembra do que aprendeu e o homem julga ser isso um invento de sua autoria. Assim é que muitos podem simultaneamente descobrir a mesma coisa. Quando dizeis que uma idéia paira no ar, usais de uma figura de linguagem mais exata do que supondes. Todos, sem o suspeitarem, contribuem para propagá-la.” 

Desse modo, o nosso próprio Espírito revela muitas vezes, a outros Espíritos, mau grado nosso, o que constituía objeto de nossas preocupações no estado de vigília.




Que a graça e a paz sejam conosco!

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