sábado, 25 de março de 2017

Cooperadores de Deus


“Pois somos cooperadores de Deus.”  - Paulo - ( I Coríntios, 3:9 )




Amados irmãos, bom dia!
"O Pai é o Supremo Criador da Vida, mas o homem pode ser fiel cooperador  d’Ele. As portas da colaboração com o divino amor, porém, permanecem constantemente abertas e qualquer homem de mediana razão  pode identificar a chamada para o serviço divino. Ao que nos parece, portanto, segundo os conhecimentos que possuímos, por  “acréscimo de misericórdia”, já é tempo de cooperarmos fielmente com Deus, no  desempenho de nossa tarefa humilde." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )- 






Interpretação do texto evangélico: 

E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galileia; e estava ali a mãe de Jesus. E foram também convidados Jesus e os seus discípulos para as bodas. E, faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho. Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora. Sua mãe disse aos empregados: Fazei tudo quanto Ele vos disser (Jo 2:1-5). 

"Admitido [...] que as coisas hajam ocorrido, conforme foram narradas, é de notar-se seja esse, de tal gênero, o único fenômeno que se tenha produzido. Jesus era de natureza extremamente elevada, para se ater a efeitos puramente materiais, próprios apenas a aguçar a curiosidade da multidão que, então, o teria nivelado a um mágico. Ele sabia que as coisas úteis lhe conquistariam mais simpatias e lhe granjeariam mais adeptos, do que as que facilmente passariam por fruto de grande habilidade e destreza. Se bem que, a rigor, o fato se possa explicar, até certo ponto, por uma ação fluídica que houvesse, como o magnetismo oferece muitos exemplos, mudado as propriedades da água, dando-lhe o sabor do vinho, pouco provável é se tenha verificado semelhante hipótese, dado que, em tal caso, a água, tendo do vinho unicamente o sabor, houvera conservado a sua coloração, o que não deixaria de ser notado. [...] 

Provavelmente, durante o repasto, terá ele aludido ao vinho e à água, tirando de ambos um ensinamento. Justificam esta opinião as palavras que a respeito lhe dirige o mordomo: “Toda gente serve em primeiro lugar o vinho bom e, depois que todos o têm bebido muito, serve o menos fino; tu, porém, guardas até agora o bom vinho”.1

Os fenômenos psíquicos são, em geral considerados milagrosos ou sobrenaturais, por não se conhecerem as causas que os produzem. Incluem-se nesse grupo os prodígios realizados por Jesus. Efetivamente, são fenômenos inusitados que despertam a atenção das pessoas. Entretanto, um estudo minucioso consegue explicá-los, subtraindo, assim, o aspecto de derrogação das leis naturais. O progresso científico vem contribuindo para elucidar muitos fatos que foram considerados milagres. Ninguém nega que fenômenos servem para acordar a mente, contudo, é imperioso reconhecer que as criaturas humanas, na experiência diária, comunicam-se umas com as outras, através de montanhas deles sem a mínima comoção. Eis os motivos pelos quais os Espíritos superiores, conscientes da responsabilidade que abraçam colocarão  sempre os fenômenos em última plano no esquema das manifestações com que nos visitam. Assim procedem porque a curiosidade inerte ou deslumbrada não substitui o serviço e o serviço é a única via que nos faculta crescimento e elevação, compelindo-nos a estudar para progredir e a evoluir para sublimar.

A Doutrina Espírita, aliada aos avanços da Ciência, apresenta explicações lógicas a respeito dos prodígios operados por Jesus. Importa considerar que os “[...] fenômenos podem ajudar na elaboração da fé, porque ensejam a observação da vida espiritual, constatando a sua realidade, permitindo adquirir conhecimentos sobre ela.” 

Retratando alguns aspectos ocorridos nas bodas de Caná, vemos que o início da pregação do Senhor foi marcada por um momento de expressiva alegria. Acreditamos que Jesus escolheu de forma proposital o momento. É como se o Mestre quisesse nos dizer que o aprendizado evangélico deva ocorrer num clima de união, de júbilos fraternos. É digno de nota o [...] comparecimento do Mestre com sua família e seus discípulos numa festa de bodas. Com esse ato de presença, quis Ele exemplificar aos seus discípulos o caráter social da sua Doutrina, que deveria ser ensinada em toda a parte e não, somente, em templos especializados para tal fim.

A presença de familiares e de amigos próximos nas bodas, como assinalam as frases “estava ali a mãe de Jesus” e “foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas”, indicam que os acontecimentos e a mensagem que o Cristo trazia marcariam a reunião com um sentido muito especial, capaz de tanger os meandros sutis do sentimento puro. Vemos, de um lado, Jesus, o Mestre por excelência, modelo e guia da humanidade e, de outro, seus familiares e discípulos, vinculados ao seu coração, mas prontos para recolher informações que redundariam em experiências e testemunhos futuros. 

Devemos considerar a maneira humilde de Jesus, a despeito da excelsitude do seu Espírito. Sim, o Cristo não passou entre os homens como quem impõe. Nem como quem determina. Nem como quem governa. Nem como quem manda. Caminhou na Terra à feição de servidor. Legou-nos o Evangelho da vida, escrevendo-lhe a epopeia no coração das criaturas." -( FEB - EADE )





Estudo do Livro dos Espíritos






418. Uma pessoa que julgasse morto um de seus amigos, sem que tal fosse a realidade, poderia encontrar-se com ele, em Espírito, e verificar que continuava vivo? E, dado o fato, poderia, ao despertar, ter dele a intuição?  

“Como Espírito, a pessoa que figuras pode ver o seu amigo e conhecer-lhe a sorte. Se lhe não houver sido imposto, por prova, crer na morte desse amigo, poderá ter um pressentimento da sua existência, como poderá tê-lo de sua morte.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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