“Pois somos cooperadores de Deus.” - Paulo - ( I Coríntios, 3:9 )
Amados irmãos, bom dia!
"O Pai é o Supremo Criador da Vida, mas o homem pode ser fiel cooperador
d’Ele. As portas da colaboração com o divino amor, porém, permanecem
constantemente abertas e qualquer homem de mediana razão pode identificar a
chamada para o serviço divino. Ao que nos parece, portanto, segundo os conhecimentos que possuímos, por “acréscimo de misericórdia”, já é tempo de cooperarmos fielmente com Deus, no
desempenho de nossa tarefa humilde." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
Interpretação do texto evangélico:
E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galileia;
e estava ali a mãe de Jesus. E foram também convidados Jesus e os seus
discípulos para as bodas. E, faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe disse:
Não têm vinho. Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda
não é chegada a minha hora. Sua mãe disse aos empregados: Fazei tudo
quanto Ele vos disser (Jo 2:1-5).
"Admitido [...] que as coisas hajam ocorrido, conforme foram narradas,
é de notar-se seja esse, de tal gênero, o único fenômeno que se tenha
produzido. Jesus era de natureza extremamente elevada, para se ater
a efeitos puramente materiais, próprios apenas a aguçar a curiosidade
da multidão que, então, o teria nivelado a um mágico. Ele sabia que
as coisas úteis lhe conquistariam mais simpatias e lhe granjeariam
mais adeptos, do que as que facilmente passariam por fruto de grande
habilidade e destreza. Se bem que, a rigor, o fato se possa explicar, até
certo ponto, por uma ação fluídica que houvesse, como o magnetismo
oferece muitos exemplos, mudado as propriedades da água, dando-lhe
o sabor do vinho, pouco provável é se tenha verificado semelhante
hipótese, dado que, em tal caso, a água, tendo do vinho unicamente
o sabor, houvera conservado a sua coloração, o que não deixaria de
ser notado. [...]
Provavelmente, durante o repasto, terá ele aludido ao
vinho e à água, tirando de ambos um ensinamento. Justificam esta
opinião as palavras que a respeito lhe dirige o mordomo: “Toda gente
serve em primeiro lugar o vinho bom e, depois que todos o têm bebido
muito, serve o menos fino; tu, porém, guardas até agora o bom vinho”.1
Os fenômenos psíquicos são, em geral considerados milagrosos
ou sobrenaturais, por não se conhecerem as causas que os produzem.
Incluem-se nesse grupo os prodígios realizados por Jesus. Efetivamente,
são fenômenos inusitados que despertam a atenção das pessoas. Entretanto,
um estudo minucioso consegue explicá-los, subtraindo, assim, o
aspecto de derrogação das leis naturais. O progresso científico vem contribuindo
para elucidar muitos fatos que foram considerados milagres.
Ninguém nega que fenômenos servem para acordar a mente, contudo,
é imperioso reconhecer que as criaturas humanas, na experiência
diária, comunicam-se umas com as outras, através de montanhas
deles sem a mínima comoção. Eis os motivos pelos quais os Espíritos
superiores, conscientes da responsabilidade que abraçam colocarão sempre os fenômenos em última plano no esquema das manifestações
com que nos visitam. Assim procedem porque a curiosidade inerte
ou deslumbrada não substitui o serviço e o serviço é a única via que
nos faculta crescimento e elevação, compelindo-nos a estudar para
progredir e a evoluir para sublimar.
A Doutrina Espírita, aliada aos avanços da Ciência, apresenta
explicações lógicas a respeito dos prodígios operados por Jesus. Importa
considerar que os “[...] fenômenos podem ajudar na elaboração
da fé, porque ensejam a observação da vida espiritual, constatando a
sua realidade, permitindo adquirir conhecimentos sobre ela.”
Retratando alguns aspectos ocorridos nas bodas de Caná, vemos
que o início da pregação do Senhor foi marcada por um momento de
expressiva alegria. Acreditamos que Jesus escolheu de forma proposital
o momento. É como se o Mestre quisesse nos dizer que o aprendizado
evangélico deva ocorrer num clima de união, de júbilos fraternos.
É digno de nota o [...] comparecimento do Mestre com sua família e
seus discípulos numa festa de bodas. Com esse ato de presença, quis
Ele exemplificar aos seus discípulos o caráter social da sua Doutrina,
que deveria ser ensinada em toda a parte e não, somente, em templos
especializados para tal fim.
A presença de familiares e de amigos próximos nas bodas,
como assinalam as frases “estava ali a mãe de Jesus” e “foi também
convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas”, indicam que os
acontecimentos e a mensagem que o Cristo trazia marcariam a reunião
com um sentido muito especial, capaz de tanger os meandros sutis
do sentimento puro.
Vemos, de um lado, Jesus, o Mestre por excelência, modelo e guia
da humanidade e, de outro, seus familiares e discípulos, vinculados ao
seu coração, mas prontos para recolher informações que redundariam
em experiências e testemunhos futuros.
Devemos considerar a maneira humilde de Jesus, a despeito da
excelsitude do seu Espírito.
Sim, o Cristo não passou entre os homens como quem impõe. Nem
como quem determina. Nem como quem governa. Nem como quem
manda. Caminhou na Terra à feição de servidor. Legou-nos o Evangelho
da vida, escrevendo-lhe a epopeia no coração das criaturas." -( FEB - EADE )
Estudo do Livro dos Espíritos
418. Uma pessoa que julgasse morto um de seus amigos,
sem que tal fosse a realidade, poderia encontrar-se com
ele, em Espírito, e verificar que continuava vivo? E, dado
o fato, poderia, ao despertar, ter dele a intuição?
“Como Espírito, a pessoa que figuras pode ver o seu amigo
e conhecer-lhe a sorte. Se lhe não houver sido imposto, por
prova, crer na morte desse amigo, poderá ter um pressentimento
da sua existência, como poderá tê-lo de sua morte.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
Nenhum comentário:
Postar um comentário