sexta-feira, 31 de março de 2017

Ainda não tendes fé


“Acautelai-­vos, primeiramente, do fermento dos fariseus”  - Jesus - ( Lucas, 12:1 )  




Amados irmãos, bom dia!
"Fariseu  ainda é todo presunçoso, dogmático, exclusivo, pretenso  privilegiado das Forças Divinas. O orgulhoso descendente dos doutores de Jerusalém ainda vive. Atravessa todas as organizações humanas. Respira em todos os templos terrestres. Acredita-­se o herdeiro único da Divina Bondade. Urge auxiliar  o doente e extinguir a enfermidade. Todavia, não  conseguiremos a realização provocando tumultos e, sim, usando a cautela na antiga recomendação de vigilância." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-








"A falta ou escassez de fé tem colocado muitos “barcos” humanos à deriva. Entretanto, ainda que pareça paradoxal, são muitas vezes as situações periclitantes que despertam as pessoas para as realidades do Evangelho, clamando por Jesus (“E, despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não te importa que pereçamos?”). E Ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança. E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé? E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: Mas quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem? (Mc 4: 39-41). 

A trama existente no texto evangélico nos faz supor que Jesus conduziu os apóstolos para uma situação desafiante, tendo em vista a necessidade de conhecer-lhes a capacidade de resolução de problemas, numa situação difícil, e aferir-lhes a dimensão da fé que possuiam. No homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos futuros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas depositadas em gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade. [...] A fé é humana ou divina, conforme o homem aplica suas faculdades à satisfação das necessidades terrenas, ou das suas aspirações celestiais e futuras. 

O homem de gênio, que se lança à realização de algum grande empreendimento, triunfa, se tem fé, porque sente em si que pode e há de chegar ao fim colimado, certeza que lhe faculta imensa força. O homem de bem que, crente em seu futuro celeste, deseja encher de belas e nobres ações a sua existência, haure na sua fé, na certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda aí se operam milagres de caridade, de devotamento e de abnegação. Enfim, com a fé, não há maus pendores que se não chegue a vencer.

Destaca-se, nesta mensagem, existente em O evangelho segundo o espiritismo, que a fé, tendo como instrumento a vontade, pode ser aperfeiçoada pela aquisição de conhecimentos e pelo desenvolvimento de valores morais. A pessoa fortalecida pela fé imprime postura positiva no comportamento, servindo de exemplo a todos que lhe compartilham a existência. A fé sincera e verdadeira é sempre calma; faculta a paciência que sabe esperar, porque, tendo seu ponto de apoio na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao objetivo visado. A fé vacilante sente a sua própria fraqueza; quando a estimula o interesse, torna-se furibunda e julga suprir, com a violência, a força que lhe falece. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança; a violência, ao contrário, denota fraqueza e dúvida de si mesmo.

A fé não deve, porém, ser entendida fora do seu verdadeiro sentido, alerta-nos, em boa hora, Allan Kardec. Cumpre não confundir a fé com a presunção. A verdadeira fé se conjuga à humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus. Por essa razão é que os bons Espíritos lhe vêm em auxílio. A presunção é menos fé do que orgulho, e o orgulho é sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelos malogros que lhe são infligidos.

Relata-nos o texto de Marcos que Jesus foi despertado pelos apóstolos e que o Mestre “repreendeu o vento e disse ao mar: cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou e houve grande bonança”. O primeiro ponto que se destaca nessa citação evangélica é a poderosa personalidade de Jesus que, agindo diretamente sobre os elementos da natureza, ou por intermédio dos Espíritos que os presidem, fez cessar a tempestade e a forte ventania. Subjetivamente, há outro ensinamento. Trata-se de buscar Jesus, em todas as ocasiões, sobretudo nos momentos mais desafiantes da vida, por ser ele o guia e modelo da humanidade.

É comum que o “barco” da nossa existência seja, em diferentes instantes, açoitado pelas provações, simbolizadas pelos ventos e tempestades que nos relata o evangelista. Em tais momentos é importante estejamos preparados, armando-nos da couraça da fé, cientes da proteção do Senhor, a fim de que possamos responder às indagações de Jesus: “Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?”.  Perante as provações previstas no nosso quadro existencial, devemos nos manter firmes na fé, alimentando as forças morais e intelectuais que possuímos, erguendo barreiras morais que concedam segurança à existência. Pela fé, o aprendiz do Evangelho é chamado, como Abraão, à sublime herança que lhe é destinada. A conscrição atinge a todos. O grande patriarca hebreu saiu sem saber para onde ia... E nós, por nossa vez, devemos erguer o coração e partir igualmente. Ignoramos as estações de contato na romagem enorme, mas estamos informados de que o nosso objetivo é Cristo Jesus. Quantas vezes seremos constrangidos a pisar sobre espinheiros da calúnia? Quantas vezes transitaremos pelo trilho escabroso da incompreensão? Quantos aguaceiros de lágrimas nos alcançarão o espírito? Quantas nuvens estarão interpostas, entre o nosso pensamento e o Céu, em largos trechos da senda? Insolúvel a resposta. Importa, contudo, marchar sempre, no caminho interior da própria redenção, sem esmorecimento. Hoje, é o suor intensivo; amanhã, é a responsabilidade; depois, é o sofrimento e, em seguida, é a solidão... Ainda assim, é indispensável seguir sem desânimo. Quando não seja possível avançar dois passos por dia, desloquemo-nos para diante, pelo menos, alguns milímetros. Abre-se a vanguarda em horizontes novos de entendimento e bondade, iluminação espiritual e progresso na virtude." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






424. Por meio de cuidados dispensados a tempo, podem reatar-se laços prestes a se desfazerem e restituir-se à vida um ser que definitivamente morreria se não fosse socorrido? 

“Sem dúvida e todos os dias tendes a prova disso. O magnetismo, em tais casos, constitui, muitas vezes, poderoso meio de ação, porque restitui ao corpo o fluido vital que lhe falta para manter o funcionamento dos órgãos.” 

A letargia e a catalepsia derivam do mesmo princípio, que é a perda temporária da sensibilidade e do movimento, por uma causa fisiológica ainda inexplicada. Diferem uma da outra em que, na letargia, a suspensão das forças vitais é geral e dá ao corpo todas as aparências da morte; na catalepsia, fica localizada, podendo atingir uma parte mais ou menos extensa do corpo, de sorte a permitir que a inteligência se manifeste livremente, o que a torna inconfundível com a morte. A letargia é sempre natural; a catalepsia é por vezes magnética.




Que a graça e a paz sejam conosco!

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