“Acautelai-vos, primeiramente, do fermento dos fariseus” - Jesus - ( Lucas, 12:1 )
Amados irmãos, bom dia!
"Fariseu ainda é todo presunçoso, dogmático, exclusivo, pretenso
privilegiado das Forças Divinas. O orgulhoso descendente dos doutores de Jerusalém ainda vive. Atravessa todas as organizações humanas. Respira em todos os templos
terrestres. Acredita-se o herdeiro único da Divina Bondade. Urge auxiliar o doente e extinguir a enfermidade. Todavia, não
conseguiremos a realização provocando tumultos e, sim, usando a cautela na antiga
recomendação de vigilância." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
"A falta ou escassez de fé tem colocado muitos “barcos” humanos
à deriva. Entretanto, ainda que pareça paradoxal, são muitas vezes as
situações periclitantes que despertam as pessoas para as realidades
do Evangelho, clamando por Jesus (“E, despertaram-no, dizendo-lhe:
Mestre, não te importa que pereçamos?”).
E Ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te,
aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança. E disse-lhes:
Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé? E sentiram um grande
temor e diziam uns aos outros: Mas quem é este que até o vento e o mar
lhe obedecem? (Mc 4: 39-41).
A trama existente no texto evangélico nos faz supor que Jesus
conduziu os apóstolos para uma situação desafiante, tendo em vista a
necessidade de conhecer-lhes a capacidade de resolução de problemas,
numa situação difícil, e aferir-lhes a dimensão da fé que possuiam.
No homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos futuros; é a
consciência que ele tem das faculdades imensas depositadas em gérmen
no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre
fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade. [...] A
fé é humana ou divina, conforme o homem aplica suas faculdades à
satisfação das necessidades terrenas, ou das suas aspirações celestiais e
futuras.
O homem de gênio, que se lança à realização de algum grande
empreendimento, triunfa, se tem fé, porque sente em si que pode e
há de chegar ao fim colimado, certeza que lhe faculta imensa força.
O homem de bem que, crente em seu futuro celeste, deseja encher
de belas e nobres ações a sua existência, haure na sua fé, na certeza
da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda aí se operam
milagres de caridade, de devotamento e de abnegação. Enfim, com a
fé, não há maus pendores que se não chegue a vencer.
Destaca-se, nesta mensagem, existente em O evangelho segundo
o espiritismo, que a fé, tendo como instrumento a vontade, pode ser
aperfeiçoada pela aquisição de conhecimentos e pelo desenvolvimento de valores morais. A pessoa fortalecida pela fé imprime postura positiva
no comportamento, servindo de exemplo a todos que lhe compartilham
a existência.
A fé sincera e verdadeira é sempre calma; faculta a paciência que sabe
esperar, porque, tendo seu ponto de apoio na inteligência e na compreensão
das coisas, tem a certeza de chegar ao objetivo visado. A fé
vacilante sente a sua própria fraqueza; quando a estimula o interesse,
torna-se furibunda e julga suprir, com a violência, a força que lhe falece.
A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança; a violência,
ao contrário, denota fraqueza e dúvida de si mesmo.
A fé não deve, porém, ser entendida fora do seu verdadeiro
sentido, alerta-nos, em boa hora, Allan Kardec.
Cumpre não confundir a fé com a presunção. A verdadeira fé se
conjuga à humildade; aquele que a possui deposita mais confiança
em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento
da vontade divina, nada pode sem Deus. Por essa razão é que os bons
Espíritos lhe vêm em auxílio. A presunção é menos fé do que orgulho,
e o orgulho é sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelos
malogros que lhe são infligidos.
Relata-nos o texto de Marcos que Jesus foi despertado pelos
apóstolos e que o Mestre “repreendeu o vento e disse ao mar: cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou e houve grande bonança”. O
primeiro ponto que se destaca nessa citação evangélica é a poderosa
personalidade de Jesus que, agindo diretamente sobre os elementos
da natureza, ou por intermédio dos Espíritos que os presidem, fez
cessar a tempestade e a forte ventania. Subjetivamente, há outro ensinamento.
Trata-se de buscar Jesus, em todas as ocasiões, sobretudo
nos momentos mais desafiantes da vida, por ser ele o guia e modelo
da humanidade.
É comum que o “barco” da nossa existência seja, em diferentes
instantes, açoitado pelas provações, simbolizadas pelos ventos e tempestades
que nos relata o evangelista. Em tais momentos é importante
estejamos preparados, armando-nos da couraça da fé, cientes da proteção
do Senhor, a fim de que possamos responder às indagações de
Jesus: “Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?”. Perante as provações previstas no nosso quadro existencial,
devemos nos manter firmes na fé, alimentando as forças morais e
intelectuais que possuímos, erguendo barreiras morais que concedam
segurança à existência.
Pela fé, o aprendiz do Evangelho é chamado, como Abraão, à sublime
herança que lhe é destinada. A conscrição atinge a todos. O grande
patriarca hebreu saiu sem saber para onde ia... E nós, por nossa vez,
devemos erguer o coração e partir igualmente. Ignoramos as estações
de contato na romagem enorme, mas estamos informados de que o
nosso objetivo é Cristo Jesus. Quantas vezes seremos constrangidos a
pisar sobre espinheiros da calúnia? Quantas vezes transitaremos pelo
trilho escabroso da incompreensão? Quantos aguaceiros de lágrimas
nos alcançarão o espírito? Quantas nuvens estarão interpostas, entre
o nosso pensamento e o Céu, em largos trechos da senda?
Insolúvel a resposta.
Importa, contudo, marchar sempre, no caminho interior da própria
redenção, sem esmorecimento. Hoje, é o suor intensivo; amanhã, é a
responsabilidade; depois, é o sofrimento e, em seguida, é a solidão...
Ainda assim, é indispensável seguir sem desânimo. Quando não seja
possível avançar dois passos por dia, desloquemo-nos para diante,
pelo menos, alguns milímetros. Abre-se a vanguarda em horizontes
novos de entendimento e bondade, iluminação espiritual e progresso
na virtude." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
424. Por meio de cuidados dispensados a tempo, podem
reatar-se laços prestes a se desfazerem e restituir-se à
vida um ser que definitivamente morreria se não fosse
socorrido?
“Sem dúvida e todos os dias tendes a prova disso. O
magnetismo, em tais casos, constitui, muitas vezes, poderoso
meio de ação, porque restitui ao corpo o fluido vital
que lhe falta para manter o funcionamento dos órgãos.”
A letargia e a catalepsia derivam do mesmo princípio, que é
a perda temporária da sensibilidade e do movimento, por uma
causa fisiológica ainda inexplicada. Diferem uma da outra em
que, na letargia, a suspensão das forças vitais é geral e dá ao
corpo todas as aparências da morte; na catalepsia, fica localizada,
podendo atingir uma parte mais ou menos extensa do corpo,
de sorte a permitir que a inteligência se manifeste livremente, o
que a torna inconfundível com a morte. A letargia é sempre
natural; a catalepsia é por vezes magnética.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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