segunda-feira, 13 de março de 2017

Intercessão em benefício de alguém


“Mas se tendes amarga inveja e sentimento faccioso, em  vosso coração, não vos glorieis nem mintais contra a verdade.” -( Tiago, 3:14 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Toda escola religiosa apresenta valores inconfundíveis ao homem de boa­  vontade. Querem todos que Deus lhes pertença, mas não cogitam de pertencer a Deus. Que todo aprendiz do Cristo esteja preparado a resistir ao mal; é imprescindível, porém, que compreenda a paternidade divina por sagrada herança de todas as criaturas, reconhecendo que, na Casa do Pai, a única diferença entre os homens é a que se mede pelo esforço nobre de cada um." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )- 








"Outra ideia perpassa pelos registros do evangelista, além da força do bem. Trata-se da intercessão em benefício de alguém: o centurião intercede pelo criado, os anciãos intercedem pelo centurião e Jesus intercede, junto a Deus, por todos. 

E foi Jesus com eles; mas, quando já estava perto da casa, enviou-lhe o centurião uns amigos, dizendo-lhe: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado; e, por isso, nem ainda me julguei digno de ir ter contigo; dize, porém, uma palavra, e o meu criado sarará. Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados sob o meu poder, e digo a este: vai; e ele vai; e a outro: vem; e ele vem; e ao meu servo: faze isto; e ele o faz. E, ouvindo isso, Jesus maravilhou-se dele e, voltando-se, disse à multidão que o seguia: Digo-vos que nem ainda em Israel tenho achado tanta  fé. E, voltando para casa os que foram enviados, acharam são o servo enfermo (Lc 7:6-10).

A forma de tratamento utilizada pelo centurião quando se dirige a Jesus, chamando-o, respeitosamente, de Senhor, indica que reconheceu encontrar-se diante de uma autoridade a quem caberia reverenciar. Percebeu, igualmente, a fenomenal grandeza do Espírito do Cristo, a ponto de se sentir constrangido com o esforço do Senhor se deslocar até a sua residência. Por esse motivo disse: “Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado; e, por isso, nem ainda me julguei digno de ir ter contigo [...]”. São palavras saturadas de humildade que revelam a beleza da alma daquele centurião. Outras características do seu caráter são também reveladas na conclusão do seu diálogo com Jesus. 

O centurião que procurou a Jesus para curar-lhe o fâmulo que se encontrava gravemente enfermo, mostrou compreender perfeitamente a organização do exército sideral. Retrucando a Jesus que prometera atendê-lo indo a sua casa, disse: Senhor, não é preciso que te incomodes tanto. Nem eu mesmo sou digno de te receber em minha casa. Dize somente uma palavra, e meu servo se curará. Eu também sou homem sujeito à autoridade, e tenho inferiores às minhas ordens, e digo a este: vem cá, e ele vem; faze isto, e ele faz. 

Pelos dizeres acima, vemos que o centurião compreendia perfeitamente aquilo que até hoje muitos ignoram, isto é, a maneira de Jesus agir através das milícias do céu. A analogia que ele estabeleceu [...] entre seu comando e o comando de Jesus dirigindo os batalhões celestes, é das mais felizes para aclarar o modo de ação empregado pelo Redentor do mundo na obra da salvação. [...] Há, portanto, exércitos divinos como há os humanos. A diferença é que aqueles combatem por amor, e estes, por egoísmo. O amor fecunda as almas prodigalizando a vida e vida em abundância. O egoísmo vai disseminando entre os homens o luto, a dor e a morte. No combate sustentado pelas milícias celestes não há vencidos: todos são vencedores.

Aliás, não é difícil perceber que o servo doente serviu de instrumento da misericórdia divina para que o centurião manifestasse seu livre-arbítrio. Verificamos, assim, que são nos acontecimentos cotidianos que temos a oportunidade de fazermos as nossas escolhas, revelando as próprias disposições íntimas que caracterizam nosso nível evolutivo.  Causa admiração a Jesus a firmeza das ideias do centurião, a ponto de afirmar à multidão que o seguia: “Digo-vos que nem ainda em Israel tenho achado tanta fé”. 

soldado romano não cansa de nos surpreender: além dos valores morais e da inteligência arguta, demonstra confiança e fé no Mestre. A árvore da fé viva não cresce no coração, miraculosamente. Qual acontece na vida comum, o Criador dá tudo, mas não prescinde do esforço da criatura [...]. A conquista da crença edificante não é serviço de menor esforço. A maioria das pessoas admite que a fé constitua milagrosa auréola doada a alguns espíritos privilegiados pelo favor divino. Isso, contudo, é um equívoco de lamentáveis consequências. A sublime virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento cada aprendiz funciona como orientador, engenheiro e operário de si mesmo. Não se faz possível a realização, quando excessivas ansiedades terrestres, de parceria com enganos e ambições inferiores, torturam o campo íntimo, à maneira de vermes e malfeitores, atacando a obra. A lição do Evangelho é semente viva. [...] É imprescindível tratar a planta divina com desvelada ternura e instinto enérgico de defesa." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






406. Quando em sonho vemos pessoas vivas, muito nossas conhecidas, a praticarem atos de que absolutamente não cogitam, não é isso puro efeito de imaginação? 

“De que absolutamente não cogitam, dizes. Que sabes a tal respeito? Os Espíritos dessas pessoas vêm visitar o teu, como o teu os vai visitar, sem que saibas sempre o em  que eles pensam. Demais, não é raro atribuirdes, de acordo com o que desejais, a pessoas que conheceis, o que se deu ou se está dando em outras existências.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

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