“Mas se tendes amarga inveja e sentimento faccioso, em vosso coração, não vos glorieis nem mintais contra a verdade.” -( Tiago, 3:14 )-
Amados irmãos, bom dia!
"Toda escola religiosa apresenta valores inconfundíveis ao homem de boa vontade. Querem todos que Deus lhes pertença, mas não cogitam de pertencer a
Deus. Que todo aprendiz do Cristo esteja preparado a resistir ao mal; é
imprescindível, porém, que compreenda a paternidade divina por sagrada herança de
todas as criaturas, reconhecendo que, na Casa do Pai, a única diferença entre os
homens é a que se mede pelo esforço nobre de cada um." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
"Outra ideia perpassa pelos registros do evangelista, além da força
do bem. Trata-se da intercessão em benefício de alguém: o centurião
intercede pelo criado, os anciãos intercedem pelo centurião e Jesus
intercede, junto a Deus, por todos.
E foi Jesus com eles; mas, quando já estava perto da casa, enviou-lhe o centurião uns amigos, dizendo-lhe: Senhor, não te incomodes,
porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado; e, por
isso, nem ainda me julguei digno de ir ter contigo; dize, porém, uma
palavra, e o meu criado sarará. Porque também eu sou homem sujeito
à autoridade, e tenho soldados sob o meu poder, e digo a este: vai; e ele
vai; e a outro: vem; e ele vem; e ao meu servo: faze isto; e ele o faz. E,
ouvindo isso, Jesus maravilhou-se dele e, voltando-se, disse à multidão
que o seguia: Digo-vos que nem ainda em Israel tenho achado tanta fé. E, voltando para casa os que foram enviados, acharam são o servo
enfermo (Lc 7:6-10).
A forma de tratamento utilizada pelo centurião quando se
dirige a Jesus, chamando-o, respeitosamente, de Senhor, indica que
reconheceu encontrar-se diante de uma autoridade a quem caberia
reverenciar. Percebeu, igualmente, a fenomenal grandeza do Espírito
do Cristo, a ponto de se sentir constrangido com o esforço do Senhor
se deslocar até a sua residência. Por esse motivo disse: “Senhor, não
te incomodes, porque não sou digno de que entres debaixo do meu
telhado; e, por isso, nem ainda me julguei digno de ir ter contigo [...]”.
São palavras saturadas de humildade que revelam a beleza da
alma daquele centurião. Outras características do seu caráter são
também reveladas na conclusão do seu diálogo com Jesus.
O centurião que procurou a Jesus para curar-lhe o fâmulo que se encontrava
gravemente enfermo, mostrou compreender perfeitamente
a organização do exército sideral. Retrucando a Jesus que prometera
atendê-lo indo a sua casa, disse: Senhor, não é preciso que te incomodes
tanto. Nem eu mesmo sou digno de te receber em minha casa. Dize
somente uma palavra, e meu servo se curará. Eu também sou homem
sujeito à autoridade, e tenho inferiores às minhas ordens, e digo a este:
vem cá, e ele vem; faze isto, e ele faz.
Pelos dizeres acima, vemos que o centurião compreendia perfeitamente
aquilo que até hoje muitos ignoram, isto é, a maneira de Jesus agir
através das milícias do céu. A analogia que ele estabeleceu [...] entre
seu comando e o comando de Jesus dirigindo os batalhões celestes, é
das mais felizes para aclarar o modo de ação empregado pelo Redentor
do mundo na obra da salvação. [...] Há, portanto, exércitos divinos
como há os humanos. A diferença é que aqueles combatem por amor,
e estes, por egoísmo. O amor fecunda as almas prodigalizando a vida
e vida em abundância. O egoísmo vai disseminando entre os homens
o luto, a dor e a morte. No combate sustentado pelas milícias celestes
não há vencidos: todos são vencedores.
Aliás, não é difícil perceber que o servo doente serviu de instrumento
da misericórdia divina para que o centurião manifestasse
seu livre-arbítrio. Verificamos, assim, que são nos acontecimentos
cotidianos que temos a oportunidade de fazermos as nossas escolhas,
revelando as próprias disposições íntimas que caracterizam nosso
nível evolutivo. Causa admiração a Jesus a firmeza das ideias do centurião, a
ponto de afirmar à multidão que o seguia: “Digo-vos que nem ainda
em Israel tenho achado tanta fé”.
soldado romano não cansa de
nos surpreender: além dos valores morais e da inteligência arguta,
demonstra confiança e fé no Mestre.
A árvore da fé viva não cresce no coração, miraculosamente. Qual
acontece na vida comum, o Criador dá tudo, mas não prescinde do
esforço da criatura [...]. A conquista da crença edificante não é serviço
de menor esforço. A maioria das pessoas admite que a fé constitua milagrosa
auréola doada a alguns espíritos privilegiados pelo favor divino.
Isso, contudo, é um equívoco de lamentáveis consequências. A sublime
virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento
cada aprendiz funciona como orientador, engenheiro e operário de si
mesmo. Não se faz possível a realização, quando excessivas ansiedades
terrestres, de parceria com enganos e ambições inferiores, torturam
o campo íntimo, à maneira de vermes e malfeitores, atacando a obra.
A lição do Evangelho é semente viva. [...] É imprescindível tratar a
planta divina com desvelada ternura e instinto enérgico de defesa." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
406. Quando em sonho vemos pessoas vivas, muito nossas
conhecidas, a praticarem atos de que absolutamente
não cogitam, não é isso puro efeito de imaginação?
“De que absolutamente não cogitam, dizes. Que sabes
a tal respeito? Os Espíritos dessas pessoas vêm visitar o
teu, como o teu os vai visitar, sem que saibas sempre o em que eles pensam. Demais, não é raro atribuirdes, de acordo
com o que desejais, a pessoas que conheceis, o que se deu
ou se está dando em outras existências.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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