“Portanto, dai a cada um o que deveis; a quem tributo,
tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.” - Paulo - ( Romanos, 13:7 )
Amados irmãos, bom dia!
"Resgata os títulos de amor que te prendem a todos os seres e coisas do
caminho.Quanto maior a compreensão de um homem, mais alto é o débito dele para
com a Humanidade; quanto mais sábio, mais rico para satisfazer aos impositivos de
cooperação no progresso universal. Não te iludas. Deves sempre alguma coisa ao companheiro de luta, tanto
quanto à estrada que pisas despreocupadamente. E quando resgatares as tuas
obrigações, caminharás na Terra recebendo o amor e a recompensa de todos." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
Interpretação do texto evangélico:
Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo,
e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Havia também um certo mendigo,
chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele. E desejava
alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães
vinham lamber-lhe as chagas (Lc 16:19-21).
"O rico e Lázaro personificam os extremos de duas classes sócio-econômicas
existentes na Humanidade: uma possuidora de recursos e facilidades concedidas
pela riqueza: bens (“homem rico”); vestimentas (“vestia-se de púrpura
e linho finíssimo”), alimentação e confortos (“vivia todos os dias regalada e esplendidamente”). A outra pobre e portadora de dificuldades decorrentes da
privação ou escassez de bens materiais: extrema pobreza ou miséria (“certo
mendigo, chamado Lázaro”), enfermidades (“que jazia cheio de chagas”), fome
(“e desejava alimentar-se com migalhas”), ausência de cuidados básicos de
saúde (“os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas”).
Este rico que vestia de púrpura e que todos os dias se regalava esplendidamente, é o
símbolo daqueles que querem tratar da vida do corpo e esquecem-se da vida da alma.
São os que buscam a felicidade no comer, no beber e no vestir; são os que se entregam a
todos os gozos da matéria, são os egoístas que vivem unicamente para si, os orgulhosos
que, entronados nos altares das paixões vis, da vaidade, da soberba, não vêem senão o que
pode saciar a sede de prazeres, não cultivam senão a luxúria, que mata os sentimentos
afetivos e anula os dotes do coração.
A riqueza é um meio concedido por Deus para avaliar a sabedoria e a
bondade do ser humano. É forma de testar-lhe a capacidade moral. «Dando-lhe
o livre-arbítrio, quis ele que o homem chegasse, por experiência própria, a
distinguir o bem do mal [...]. Cada um tem de possuí-la, para se exercitar em
utilizá-la e demonstrar que uso fazer dela.»
Representa [...] os excluídos da sociedade terrena, aqueles que, quando muito, pode
chegar ao portão dos grandes templos, aqueles que não podem atravessar os umbrais
dos palácios dourados, aqueles que essa sociedade corrompida do mundo despreza,
amaldiçoa, cobre de labéus [desonra], crava de setas venenosas que lhes chagam o
corpo todo. Os lázaros da parábola simbolizam todos os que, a despeito da difícil
situação em que vivem, sofrem com resignação, por compreenderem que os
bens do mundo são passageiros. São Espíritos que confiam em Deus, em sua
bondade e misericórdia. Ainda que submetidos às dolorosas provações, determinadas
pela lei de causa e efeito, não se revoltam, mas mantêm-se pacientes,
guiando-se pela esperança em dias melhores, no futuro, após o ressarcimento
de suas faltas.
Outro ponto relevante da parábola diz respeito ao que é necessário e ao
que é supérfluo na vida, temas estudados nas questões 704 a 710 de O Livro
dos Espíritos ou no Evangelho segundo o Espiritismo, capítulos 9 e 16, itens 5
e 14, respectivamente. É preciso refletir sobre as implicações morais dos desperdícios,
considerando o estado de fome e miséria existente no mundo.
A sobra em todas as situações é o agente aferidor do nosso ajustamento à Lei Eterna que
estatui sejam os recursos do Criador divididos justificadamente por todas as criaturas,
a começar pela bênção vivificante do Sol. É assim que o leite a desperdiçar-Se, na mesa,
é a migalha de alimento que sonegas à criancinha órfã de pão, tanto quanto a roupa a
emalar-se, desnecessária, no recanto doméstico, é o agasalho que deves à nudez que a
noite fria vergasta. [...] Não olvides, assim, que toda sobra desaproveitada nos bens que
desfrutas, por efeito de empréstimo da Providência Maior, se converte em cadeia de
retaguarda, situando-te pensamentos e aspirações na cidadela da sombra. E, repartindo
com o próximo as vantagens que te enriquecem os dias, seguirás, desde a Terra, pelos
investimentos do amor puro e incessante, em direitura à Plenitude Celestial." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
520. Os Espíritos protetores das coletividades são de natureza
mais elevada do que os que se ligam aos
indivíduos?
“Tudo é relativo ao grau de adiantamento, quer se trate
de coletividades, quer de indivíduos.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
Nenhum comentário:
Postar um comentário