quarta-feira, 5 de julho de 2017

Dívida de amor


“Portanto, dai a cada um o que deveis; a quem tributo,  tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem  honra, honra.”  - Paulo - ( Romanos, 13:7 )




Amados irmãos, bom dia!
"Resgata os títulos de amor que te prendem a todos os seres e coisas do  caminho.Quanto maior a compreensão de um homem, mais alto é o débito dele para com a Humanidade; quanto mais sábio, mais rico para satisfazer aos impositivos de cooperação no progresso universal. Não te iludas. Deves sempre alguma coisa ao companheiro de luta, tanto  quanto à estrada que pisas despreocupadamente. E quando  resgatares as tuas obrigações, caminharás na Terra recebendo o amor e a recompensa de todos." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-  








Interpretação do texto evangélico:

Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele. E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas (Lc 16:19-21). 

"O rico e Lázaro personificam os extremos de duas classes sócio-econômicas existentes na Humanidade: uma possuidora de recursos e facilidades concedidas pela riqueza: bens (“homem rico”); vestimentas (“vestia-se de púrpura e linho finíssimo”), alimentação e confortos (“vivia todos os dias regalada e  esplendidamente”). A outra pobre e portadora de dificuldades decorrentes da privação ou escassez de bens materiais: extrema pobreza ou miséria (“certo mendigo, chamado Lázaro”), enfermidades (“que jazia cheio de chagas”), fome (“e desejava alimentar-se com migalhas”), ausência de cuidados básicos de saúde (“os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas”). 

Este rico que vestia de púrpura e que todos os dias se regalava esplendidamente, é o símbolo daqueles que querem tratar da vida do corpo e esquecem-se da vida da alma. São os que buscam a felicidade no comer, no beber e no vestir; são os que se entregam a todos os gozos da matéria, são os egoístas que vivem unicamente para si, os orgulhosos que, entronados nos altares das paixões vis, da vaidade, da soberba, não vêem senão o que pode saciar a sede de prazeres, não cultivam senão a luxúria, que mata os sentimentos afetivos e anula os dotes do coração. 

A riqueza é um meio concedido por Deus para avaliar a sabedoria e a bondade do ser humano. É forma de testar-lhe a capacidade moral. «Dando-lhe o livre-arbítrio, quis ele que o homem chegasse, por experiência própria, a distinguir o bem do mal [...]. Cada um tem de possuí-la, para se exercitar em utilizá-la e demonstrar que uso fazer dela.» 

Representa [...] os excluídos da sociedade terrena, aqueles que, quando muito, pode chegar ao portão dos grandes templos, aqueles que não podem atravessar os umbrais dos palácios dourados, aqueles que essa sociedade corrompida do mundo despreza, amaldiçoa, cobre de labéus [desonra], crava de setas venenosas que lhes chagam o corpo todo.  Os lázaros da parábola simbolizam todos os que, a despeito da difícil situação em que vivem, sofrem com resignação, por compreenderem que os bens do mundo são passageiros. São Espíritos que confiam em Deus, em sua bondade e misericórdia. Ainda que submetidos às dolorosas provações, determinadas pela lei de causa e efeito, não se revoltam, mas mantêm-se pacientes, guiando-se pela esperança em dias melhores, no futuro, após o ressarcimento de suas faltas. 

Outro ponto relevante da parábola diz respeito ao que é necessário e ao que é supérfluo na vida, temas estudados nas questões 704 a 710 de O Livro dos Espíritos ou no Evangelho segundo o Espiritismo, capítulos 9 e 16, itens 5 e 14, respectivamente. É preciso refletir sobre as implicações morais dos desperdícios, considerando o estado de fome e miséria existente no mundo.  

A sobra em todas as situações é o agente aferidor do nosso ajustamento à Lei Eterna que estatui sejam os recursos do Criador divididos justificadamente por todas as criaturas, a começar pela bênção vivificante do Sol. É assim que o leite a desperdiçar-Se, na mesa, é a migalha de alimento que sonegas à criancinha órfã de pão, tanto quanto a roupa a emalar-se, desnecessária, no recanto doméstico, é o agasalho que deves à nudez que a noite fria vergasta. [...] Não olvides, assim, que toda sobra desaproveitada nos bens que desfrutas, por efeito de empréstimo da Providência Maior, se converte em cadeia de retaguarda, situando-te pensamentos e aspirações na cidadela da sombra. E, repartindo com o próximo as vantagens que te enriquecem os dias, seguirás, desde a Terra, pelos investimentos do amor puro e incessante, em direitura à Plenitude Celestial." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






520. Os Espíritos protetores das coletividades são de natureza mais elevada do que os que se ligam aos indivíduos? 

“Tudo é relativo ao grau de adiantamento, quer se trate de coletividades, quer de indivíduos.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

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