sábado, 15 de julho de 2017

Quem tocou nas minhas vestes


“Andai como filhos da luz.”  - Paulo - ( Efésios, 5:8 )




Amados irmãos, bom dia!
"Os cristãos, todavia, são filhos da luz. E a missão da luz é uniforme e insofismável. Beneficia a todos sem distinção. Não formula exigências para dar. Afasta as sombras sem alarde. Espalha alegria e revelação crescentes. Semeia renovadas esperanças. Esclarece, ensina, ampara e irradia­-se." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-  






Interpretação do texto evangélico:

E certa mulher, que havia doze anos tinha um fluxo de sangue, e que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior, ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua vestimenta. Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei. E logo se lhe secou a fonte do seu sangue, e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal. E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão e disse: Quem tocou nas minhas vestes? (Mc 5: 25-30). 

"Estas palavras: conhecendo em si mesmo a virtude que dele saíra, são significativas. Exprimem o movimento fluídico que se operara de Jesus para a doente; ambos experimentaram a ação que acabara de produzir-se. É de notar-se que o efeito não foi provocado por nenhum ato da vontade de Jesus; não houve magnetização, nem imposição das mãos. Bastou a irradiação fluídica normal para realizar a cura. 

Nunca é demais destacar o poder da fé, sobretudo nos mecanismos de cura de doenças. Há no Evangelho e na literatura espírita inúmeros relatos sobre os prodígios da fé. Em mensagem existente no Evangelho segundo o Espiritismo, recomenda José, Espírito protetor: «Crede e esperai sem desfalecimento: os milagres são obras da fé.» Razão, pois, tinha Jesus para dizer: Tua fé te salvou. Compreende-se que a fé a que ele se referia não é uma virtude mística, qual a entendem muitas pessoas, mas uma verdadeira força atrativa, de sorte que aquele que não a possui opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia, que paralisa a ação. Assim sendo, também, se compreende que, apresentando-se ao curador dois doentes da mesma enfermidade, possa um ser curado e outro não. 

Não podemos desconhecer, todavia, que toda enfermidade tem raízes nas ações do Espírito. Possivelmente, a hemorragia citada no texto evangélico, estava associada a um processo de vampirização. Não se pode marginalizar o fato de que a situação tangia outros ângulos terapêuticos que, efetivamente, fugiam à ação dos médicos. Apesar do processo hemorrágico caracterizar um problema físico, havia uma ascendência de ordem espiritual. A doença sempre constitui fantasma temível no campo humano, qual se a carne fosse tocada de maldição; entretanto, podemos afiançar que o número de enfermidades, essencialmente orgânicas, sem interferências psíquicas, é positivamente diminuto. A maioria das moléstias procede da alma, das profundezas do ser. [...] Quantas enfermidades pomposamente batizadas pela ciência médica não passam de estados vibratórios da mente em desequilíbrio? Qualquer desarmonia interior atacará naturalmente o organismo em sua zona vulnerável. Um experimentar-lhe-á os efeitos no fígado, outro, nos rins e, ainda outro, no próprio sangue. Em tese, todas as manifestações mórbidas se reduzem a desequilíbrio, desequilíbrio esse cuja causa repousa no mundo mental. [...] A cura jamais chegará sem o reajustamento íntimo necessário, e quem deseje melhoras positivas, na senda de elevação, aplique o conselho de Tiago [“Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros para que sareis.” - Tiago, 5:16]; nele, possuímos remédio salutar para que saremos na qualidade de enfermos encarnados ou desencarnados. 

O importante não é apenas a restauração da saúde do paciente, em termos físicos, o que muitos podem operar pelo magnetismo. O segredo das curas, conduzidas por Jesus, era o fim a que visavam: reestruturação moral da alma, fortificando-a e preparando-a para os embates da edificação espiritual, agora sob novas bases, com a estrutura orgânica sadia. Uma das maiores preocupações do Cristo foi alijar os fantasmas do medo das estradas dos discípulos. A aquisição da fé não constitui fenômeno comum nas sendas da vida. Traduz confiança plena. [...] Não temamos, pois, o que possamos vir a sofrer. Deus é o Pai magnânimo e justo. Um pai não distribui padecimentos. Dá corrigendas e toda corrigenda aperfeiçoa. 

Sendo assim, é imperioso assimilarmos as bênçãos recebidas do Cristo, esforçando para nos transformar em pessoas de bem. «Não basta fazer do Cristo Jesus o benfeitor que cura e protege. É indispensável transformá-lo em padrão permanente da vida, por exemplo e modelo de cada dia.» 

A cura da mulher com fluxo sanguíneo foi catalogada, por algumas interpretações cristãs, como milagrosa. No entanto, pelos ensinos espiritistas sabemos que nada mais houve do que uma emanação de fluidos terapêuticos de Jesus, com a consequente apropriação por parte daquela paciente. Mas, por que essa irradiação se dirigiu para aquela mulher e não para outras pessoas, uma vez que Jesus não pensava nela e tinha a cercá-lo a multidão? É bem simples a razão. Considerado como matéria terapêutica, o fluido tem que atingir a matéria orgânica, a fim de repará-la; pode então ser dirigido sobre o mal pela vontade do curador, ou atraído pelo desejo ardente, pela confiança, numa palavra: pela fé do doente. Com relação à corrente fluídica, o primeiro age como uma bomba calcante e o segundo como uma bomba aspirante. Algumas vezes, é necessária a simultaneidade das duas ações; doutras, basta uma só. O segundo caso foi o que ocorreu na circunstância de que tratamos." -( FEB - EADE )- 





Estudo do Livro dos Espíritos






530. Não podem os Espíritos levianos e zombeteiros criar pequenos embaraços à realização dos nossos projetos e transtornar as nossas previsões? Serão eles, numa palavra, os causadores do que chamamos pequenas misérias da vida humana? 

“Eles se comprazem em vos causar aborrecimentos que representam para vós provas destinadas a exercitar a vossa paciência. Cansam-se, porém, quando vêem que nada conseguem. Entretanto, não seria justo, nem acertado, imputar-lhes todas as decepções que experimentais e de que sois os principais culpados pela vossa irreflexão. Fica  certo de que, se a tua louça se quebra, é mais por desazo teu do que por culpa dos Espíritos.” 

a) — Destes, os que provocam contrariedades obram impelidos por animosidade pessoal, ou assim procedem contra qualquer, sem motivo determinado, por pura malícia? 

“Por uma e outra coisa. Às vezes os que assim vos molestam são inimigos que granjeastes nesta ou em precedente existência. Doutras vezes, nenhum motivo há.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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