quinta-feira, 6 de julho de 2017

Os dois lados da moeda


“Disse-­lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar.” -( João, 11:23 )-




Amados irmãos, bom dia!
"O Senhor não se sensibilizou tão ­somente por Lázaro. Amigo Divino, a sua mão carinhosa se estende a nós todos. Reponhamos a morte em seu lugar de processo renovador e enchei­-vos de confiança no futuro, multiplicando as sementeiras de afeições e serviços santificantes. Quando perderdes temporariamente a companhia direta de um ente amado, recordai as palavras do Cristo; aquela reduzida família de Betânia é a miniatura da imensa família da Humanidade." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-  






E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado. E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio. E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia de mim e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro, somente males; e, agora, este é consolado, e tu, atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá (Lc 16:19-21). 

"Os efeitos de nosso proceder durante a existência atual vão refletir-se na outra vida. O rico banqueteava-se, ria, folgava. Lázaro gemia, chorava resignadamente. Vem a morte e a ambos arrebata, porque a morte é inexorável. O corpo para o túmulo, a alma para o Juízo. 

A consciência é a faculdade que o Espírito possui de refletir sobre si mesmo a luz da divina justiça. Cada um traz consigo o seu juiz. Por isso o rico se viu envolvido nas chamas devoradoras do remorso, enquanto Lázaro fruía o repouso do justo. 

Cairbar Schutel compara a situação do rico e a de Lázaro, no além-túmulo, com os dois lados de uma moeda, ou medalha, esclarecendo sobre as dificuldades de compreender o que cada face simboliza, efetivamente. O [...] mendigo vai para a abundância, e o rico é que passa a mendigar! É o reverso da medalha. Vós tendes visto muitas medalhas? Figuremo-las numa libra esterlina: de um lado traz a figura do rei [ou rainha], mas, do outro o seu valor real. [...] 

Cada um de nós é uma medalha; e como medalha, a libra de ouro vale segundo o câmbio corrente, assim também nós valemos de acordo com o câmbio espiritual, que taxa o valor das nossas almas. Aqueles que olham só a efígie, não conhecem o valor do dinheiro [...]. Assim também os que olham o homem só pelas aparências, pelo exterior, não conhecem o homem, porque o exterior do homem é a efígie da vaidade, do egoísmo e do orgulho.  O que vale na moeda é o reverso; o que vale no homem é o interior, ou seja, o Espírito. O rico trazia no verso o característico do rei,  mas, depois que morreu, apurou-se o valor da medalha gravado no reverso, e esse valor não permitiu o rico senão uma “entrada” no Hades [submundo, “inferno”]." -( FEB - EADE )- 





Estudo do Livro dos Espíritos






521. Podem certos Espíritos auxiliar o progresso das artes, protegendo os que às artes se dedicam? 

“Há Espíritos protetores especiais e que assistem os que os invocam, quando dignos dessa assistência. Que queres, porém, que façam com os que julgam ser o que não são? Não lhes cabe fazer que os cegos vejam, nem que os surdos ouçam.” 

Os antigos fizeram, desses Espíritos, divindades especiais. As Musas não eram senão a personificação alegórica dos Espíritos protetores das ciências e das artes, como os deuses Lares e Penates simbolizavam os Espíritos protetores da família. Também modernamente, as artes, as diferentes indústrias, as cidades, os países têm seus patronos, que mais não são do que Espíritos superiores, sob várias designações. Tendo todo homem Espíritos que com ele simpatizam, claro é que, nos corpos coletivos, a generalidade dos Espíritos que lhes votam simpatia está em proporção com a generalidade dos indivíduos; que os Espíritos estranhos são atraídos para essas coletividades pela identidade dos gostos e das idéias; em suma, que esses agregados de pessoas, tanto quanto os indivíduos, são mais ou menos bem assistidos e influenciados, de acordo com a natureza dos sentimentos dominantes entre os elementos que os compõem. 

Nos povos, determinam a atração dos Espíritos os costumes, os hábitos, o caráter dominante e as leis, as leis sobretudo, porque o caráter de uma nação se reflete nas suas leis. Fazendo reinar em seu seio a justiça, os homens combatem a influência dos maus Espíritos. Onde quer que as leis consagrem coisas injustas, contrárias à Humanidade, os bons Espíritos ficam em minoria e a multidão, que aflui, dos maus mantém a nação aferrada às suas idéias e paralisa as boas influências parciais, que ficam perdidas no conjunto, como insuladas espigas entre espinheiros. Estudando-se os costumes dos povos ou de qualquer reunião de homens, facilmente se forma idéia da população oculta que se lhes imiscui no modo de pensar e nos atos.




Que a graça e a paz sejam conosco!

Nenhum comentário:

Postar um comentário