sexta-feira, 28 de julho de 2017

Vai, lava-te


“Moisés não vos deu o pão do Céu; mas meu Pai vos dá  o verdadeiro pão do Céu.”  - Jesus - ( João, 6:32 )




Amados irmãos, bom dia!
"Se procuras, pois, a própria felicidade, aplica-­te com todas as energias ao  aproveitamento do pão divino que desce do Céu  para o  teu  coração, através da palavra dos benfeitores espirituais, e aprende a subir, com a mente inflamada de amor e luz, aos inesgotáveis celeiros do pão celestial." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-  








Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. Tendo dito isso, cuspiu na terra, e, com a saliva, fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego. E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado). Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo. [...] Levaram, pois, aos fariseus o que dantes era cego. E era sábado quando Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos. Tornaram, pois, também os fariseus a perguntar-lhe como vira, e ele lhes disse: Pôs-me lodo sobre os olhos, lavei-me e vejo. Então, alguns dos fariseus diziam: Este homem não é de Deus, pois não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tais sinais? E havia dissensão entre eles. (Jo 9:4-7; 13-16). 

"Jesus, por sua vez, tinha um trabalho a executar, “enquanto é dia”, segundo suas palavras; isto é, quando surge o momento certo, às claras, sob a bênção da paz e da alegria que o encontro do discípulo com o seu Mestre favorece. Mais tarde viria a noite, símbolo das limitações espirituais dos fariseus que questionaram a cura e o fato desta ter sido realizada no sábado. Por que teria o Senhor usado aquela original terapêutica? Não poderia operar a cura independente do processo empregado? Ele agiu assim para completar o testemunho que o moço havia de dar, por isso que a denominação Siloé quer dizer Enviado. Se os homens daquele tempo, e de todos os tempos, dispondo, embora, de vista física, tivessem “olhos de ver”, por certo se convenceriam de que Jesus, de fato, é o filho de Deus. Sendo, porém, cegos de espírito, nenhuma conclusão tiraram outrora, nem tiram na atualidade, dos prodígios e das maravilhas por Ele levadas a efeito. 

O Espiritismo esclarece o mecanismo da cura realizada. Em primeiro lugar destaca-se o amor inestimável do Cristo pela Humanidade, oferecendo-se como fonte de alívio aos cansados e oprimidos (Mt 11:28). Em segundo mobiliza poderosos recursos magnéticos de si mesmo para curar e amenizar o sofrimento do próximo. Em qualquer lugar, dia e hora, estende «[...] a mão e cegos vêem, e paralíticos se levantam, e feridentos se alimpam e obsidiados se recuperam.» 

Do ponto de vista físico, é plenamente explicável que Jesus, conhecedor das Leis físico espirituais que nos governam, tenha, através de Sua saliva, depositado na terra elementos que a tornaram medicamentosa e puderam, desta forma, fazer com que aquele homem visse a luz pela primeira vez.  O Espiritismo esclarece como a energia magnética opera modificação nas propriedades das substâncias materiais, «[...] donde o efeito curativo da ação magnética, convenientemente dirigida.»  Sabe-se que papel capital desempenha a vontade em todos os fenômenos do magnetismo. Porém, como se há de explicar a ação material de tão sutil agente? [...] A vontade é atributo essencial do Espírito, isto é, do ser pensante. Com o auxílio dessa alavanca, ele atua sobre a matéria elementar e, por uma ação consecutiva, reage sobre seus compostos, cujas propriedades íntimas vêm assim a ficar transformadas. 

A cura foi realizada em duas etapas: na primeira Jesus desobstruiu as estruturas biológicas responsáveis pela visão que se encontravam adormecidas, parcialmente paralisadas, em razão do período de tempo sem uso. Fato semelhante aconteceu com Paulo, o apóstolo dos gentios, que ficou temporariamente cego porque “escamas” lhe bloquearam a visão. (Atos dos Apóstolos, 9:18). Jesus aplicou, então, uma ação magnética mais intensa (saliva e terra), nos olhos do cego para desbloquear-lhe a visão. O Mestre elaborou, na verdade, uma espécie de cataplasma com terra e saliva, denominado “lodo”, no texto evangélico, de forma que os elementos curativos penetrassem lentamente nos olhos, sem traumas. A etapa seguinte foi retirar o tampão ocular nas águas límpidas do poço de Siloé, uma das principais fontes de suprimento líquido de Jerusalém. O poço estava situado na direção leste-sudeste da cidade e era alimentado por um canal (chamado “enviado” ou “enviador”) de águas subterrâneas, vindas do lençol freático. Nos tempos do Novo Testamento, esse poço era usado para abrigar pessoas enfermas nas suas cercanias. É possível que a procura dos doentes pelo poço estivesse relacionada às propriedades medicinais de suas águas, da mesma forma que procuramos benefícios nas estâncias hidrotermais ou hidrominerais. É oportuno lembrar que a cura só se efetiva no corpo físico se a intervenção magnética atuar no perispírito. O Espírito André Luiz elucida: «Atuando nos centros do perispírito, por vezes efetuamos alterações profundas na saúde dos pacientes, alterações essas que se fixam no corpo somático, de maneira gradativa.» -( FEB - EADE )- 





Estudo do Livro dos Espíritos






543. Podem alguns Espíritos influenciar o general na concepção de seus planos de campanha?  

“Sem dúvida alguma. Podem influenciá-lo nesse sentido, como com relação a todas as concepções.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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