segunda-feira, 10 de julho de 2017

O valor da verdadeira amizade


“Tenho-­vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz.”  - Jesus - ( João, 16:33 )




Amados irmãos, bom dia!
"Alcançando semelhante zona de compreensão, conhece o segredo da paz em Jesus, com o máximo  de lutas na Terra. Para ele continuam batalhas, atritos, trabalho e testemunhos no Planeta, entretanto, nenhuma situação externa lhe modifica a serenidade interior, porque atingiu  o luminoso caminho  da tranquilidade fundamental." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-








Digo-vos, ainda que se não levante a dar-lhos por ser seu amigo, levantarse-á, todavia, por causa da sua importunação e lhe dará tudo o que houver mister (Lc 11:5-8). 

A questão da amizade é da maior importância no texto. Estamos ligados aos amigos pelos vínculos da simpatia. Todavia, não podemos desconhecer que eles possuem concepções de vida, conquistas e processos evolutivos próprios, diferentes dos nossos. Se um amigo nos ofende, voluntária ou involuntariamente, não devemos nos conduzir por melindres, pelas suscetibilidades ou mágoas. Nas relações fraternas faz-se necessária a presença da compreensão e da tolerância. Devemos relevar as ofensas, por maiores que sejam. O dom mais precioso que existe é a amizade. As paixões esfriam. As ilusões de cargos, de posições e de poder se desintegram como em um breve sonho. 

Da mesma forma, posses, dinheiro e bens desaparecem, assim como surgiram. Tudo é passageiro na existência, menos a amizade. Se bem cultivada, ela se perpetua, amplia e se fortalece ao longo do tempo. Devemos atender as pessoas por amizade ou solidariedade, jamais para se ver livres delas. Esta é a atitude cristã e espírita. Diante dessas considerações, podemos então fazer uma nova leitura da parábola: na verdade, o amigo importuno busca auxílio na hora mais propícia, quando surge a necessidade, e, também, por ser o momento em que será possível testar a capacidade de fraternidade de quem apresenta condições para socorrer. Colocada numa situação assim, a pessoa pode vacilar: atender o amigo, apesar do sono, do cansaço, da hora tardia etc., ou desculpar-se e não lhe prestar atendimento? Trata-se, portanto, de um momento de suma importância na vida de qualquer pessoa. A verdadeira amizade, porém, não considera os sacrifícios, sabe que não deve delegar a outrem o que lhe cabe realizar. Inseridos nessas circunstâncias, ambos — o que apela por socorro e o que pode conceder auxílio —, são entrelaçados numa teia de acontecimentos, aparentemente fortuitos. É o instante em que a amizade passa pelo teste da validade. 

Até a hora tardia, assinalada no texto evangélico, tem razão de ser. Meia noite indica o fim de um ciclo diário e começo de outro. Pode ser aplicado, igualmente, no encadeamento do ciclo evolutivo do ser: de um lado o teste aferidor de uma etapa concluída, do outro o início de novo processo ascensional, caso tenha ocorrido aprovação no teste. Assim, o amigo bate à porta na hora propícia, quando é possível testificar o nível de aprendizado moral de quem atende. Os desafios da amizade são muitos e acontecem ao longo da existência. Importante meditar a respeito. Neste sentido, relata-nos o Espírito Hilário Silva que quando Jesus entrou vitorioso em Jerusalém, por ocasião do “domingo de ramos”, vibravam no ar ecos de grande êxito, tendo em vista a atmosfera festiva, a alegria reinante, os cânticos, as algazarras e os perfumes no ar. «Não longe, Simão Pedro, que negaria o Senhor. Judas, que o negociaria. Tomé, que o abandonaria. Tiago e João, que dormiriam descuidados, sem lhe perceberem a angústia. E toda uma legião de admiradores que, no dia seguinte, se transformariam em adversários.» 

Bartolomeu, feliz, observou a atmosfera festiva e disse, contente: — Oh! Mestre, quanta felicidade! Afinal! Afinal a glória, apesar dos perseguidores! Notando que Jesus continuava em grave silêncio, o aprendiz perguntou: — Por que tristeza, Senhor, se estamos triunfando de tantos inimigos? O cristo , porém, meneou a cabeça e, fitando a turba próxima, falou sereno: — Bartolomeu, Bartolomeu, vencer, mesmo tendo inimigos, é sempre fácil, porque os inimigos se colocam à distância, por si mesmos. E profundamente desencantado: — A batalha mais árdua é vencer com os amigos." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






525. Exercem os Espíritos alguma influência nos acontecimentos da vida? 

“Certamente, pois que vos aconselham.” 

a) — Exercem essa influência por outra forma que não apenas pelos pensamentos que sugerem, isto é, têm ação direta sobre o cumprimento das coisas? 

“Sim, mas nunca atuam fora das leis da Natureza.” 

Imaginamos erradamente que aos Espíritos só caiba manifestar sua ação por fenômenos extraordinários. Quiséramos que nos viessem auxiliar por meio de milagres e os figuramos sempre armados de uma varinha mágica. Por não ser assim é que oculta nos parece a intervenção que têm nas coisas deste mundo e muito natural o que se executa com o concurso deles. Assim é que, provocando, por exemplo, o encontro de duas pessoas, que suporão encontrar-se por acaso; inspirando a alguém a idéia de passar por determinado lugar; chamando-lhe a atenção para certo ponto, se disso resulta o que tenham em vista, eles obram de tal maneira que o homem, crente de que obedece a um impulso próprio, conserva sempre o seu livre-arbítrio.




Que a graça e a p8az sejam conosco!

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