domingo, 30 de julho de 2017

Vê; a tua fé te salvou


“Eu sou o caminho e a verdade.”  - Jesus - ( João, 14:6 )




Amados irmãos, bom dia!
"Jesus é a verdade sublime e reveladora. Todo aquele que lhe descobre a luz bendita absorve­lhe os raios celestes, transformadores... E começa a observar a experiência sob outros prismas, elege mais altos padrões de luta, descortina metas santificantes e identifica­se com horizontes mais largos. O reino do próprio coração passa a gravitar  ao redor do novo centro  vital, glorioso e eterno. E à medida que se vai desvencilhando das atrações da mentira, cada discípulo do Senhor penetra mais intensivamente na órbita da Verdade, que é a Pura Luz."-( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-









Então, clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! E os que iam passando repreendiam-no para que se calasse; mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi tem misericórdia de mim! Então, Jesus, parando, mandou que lho trouxessem; e, chegando ele, perguntou-lhe, dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu veja. E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou. (Lc 18:38-42). 

"Ao reconhecer Jesus como a fonte de todo o bem, a luz do mundo, o cego fez o que qualquer um faria: suplicou por misericórdia, e, ainda que lhe pedissem para silenciar, continuou clamando por misericórdia, pedindo ao Senhor que o libertasse da cegueira em que se encontrava prisioneiro. O enfermo só começa, efetivamente, o processo de cura quando admite a própria doença e identifica as causas geradoras. Nesta situação, a criatura aprende a andar sobre os próprios passos e, humilde, rever as ações cometidas, reconhecendo que nelas se encontram as raízes de sua doença. Daí o pedido do cego por misericórdia, que implicava piedade, compaixão e solidariedade por parte de Jesus, a fim de que ele pudesse “exorcizar os próprios demônios” e não fizesse, a sós, a árdua caminhada de reconhecimento de faltas. O clamor emitido traduz-se como um grito que partiu do íntimo do ser, saturado de profundo sentimento. Mas o cego não ficou apenas na manifestação desse sentimento. Modificado pela presença do Mestre, identificou nele o Salvador e, por isso, suplicou-lhe a assistência espiritual de que carecia para progredir. 

Por outro lado, a multidão que seguia Jesus não se apercebia da transformação e das necessidades operadas no cego, por isso “os que iam passando repreendiam-no para que se calasse”. 

Quão desavisada é, às vezes, a criatura ao interpor obstáculos nos processos de auxílio, dificultando ou criando empecilhos à melhoria de alguém necessitado! Jesus, porém, por conhecer as imperfeições de todos nós, ignora as dificuldades impostas e volta-se para o enfermo, “dizendo: que queres que te faça?” O cego, por sua vez, consciente do mal que o aflingia, responde-lhe: “Senhor, que eu veja”. Este pedido pode, evidentemente, ser interpretado, de forma literal, como alguém que sendo cego, do ponto de vista físico, deseja enxergar. Todavia, não podemos esquecer que os ensinamentos do Evangelho destinam-se, eminentemente à melhoria do Espírito. Assim, o pedido expresso: “Senhor, que eu veja”, pode significar auxílio para dilatar a visão espiritual, adquirindo a capacidade de ter “olhos para ver”. 

A maioria das moléstias procede da alma, das profundezas do ser. [...] Quantas enfermidades pomposamente batizadas pela ciência médica não passam de estados vibratórios da mente em desequilíbrio? [...] Em tese, todas as manifestações mórbidas se reduzem a desequilíbrio, desequilíbrio esse cuja causa repousa no mundo mental.

“E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou”. São palavras que confirmam a cura realizada, e que transmitem valiosa lição: a partir daquele ponto, o Espírito teria condições para discernir, enxergando com mais lucidez, e, consequentemente, fazer escolhas mais acertadas. A propósito, esclarece Emmanuel, com sabedoria: A atitude do cego de Jericó representa padrão elevado a todo discípulo sincero do Evangelho. O enfermo de boa vontade procura primeiramente o Mestre, diante da multidão. Em seguida à cura, acompanha Jesus, glorificando a Deus. E todo o povo, observando o benefício, a gratidão e a fidelidade reunidos, volta-se para a confiança no divino Poder. [...] É óbvio que o mundo inteiro reclama visão com o Cristo, mas não basta ver simplesmente; os que se circunscrevem ao ato de enxergar podem ser bons narradores, excelentes estatísticos, entretanto, para ver e glorificar o Senhor é indispensável marchar nas pegadas do Cristo, escalando, com Ele, a montanha do trabalho e do testemunho." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






545. Pode, alguma vez, o general ser guiado por uma espécie de dupla vista, por uma visão intuitiva, que lhe mostre de antemão o resultado de seus planos? 

“Isso se dá amiúde com o homem de gênio. É o que ele chama inspiração e o que faz que obre com uma espécie de certeza. Essa inspiração lhe vem dos Espíritos que o dirigem, os quais se aproveitam das faculdades de que o vêem dotado.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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