“Eu sou o caminho e a verdade.” - Jesus - ( João, 14:6 )
Amados irmãos, bom dia!
"Jesus é a verdade sublime e
reveladora. Todo aquele que lhe descobre a luz bendita absorvelhe os raios celestes,
transformadores... E começa a observar a experiência sob outros prismas, elege mais
altos padrões de luta, descortina metas santificantes e identificase com horizontes
mais largos. O reino do próprio coração passa a gravitar ao redor do novo centro
vital, glorioso e eterno. E à medida que se vai desvencilhando das atrações da
mentira, cada discípulo do Senhor penetra mais intensivamente na órbita da
Verdade, que é a Pura Luz."-( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
Então, clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!
E os que iam passando repreendiam-no para que se calasse; mas ele clamava
ainda mais: Filho de Davi tem misericórdia de mim! Então, Jesus,
parando, mandou que lho trouxessem; e, chegando ele, perguntou-lhe,
dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu veja. E Jesus
lhe disse: Vê; a tua fé te salvou. (Lc 18:38-42).
"Ao reconhecer Jesus como a fonte de todo o bem, a luz do
mundo, o cego fez o que qualquer um faria: suplicou por misericórdia,
e, ainda que lhe pedissem para silenciar, continuou clamando por
misericórdia, pedindo ao Senhor que o libertasse da cegueira em que
se encontrava prisioneiro.
O enfermo só começa, efetivamente, o processo de cura quando
admite a própria doença e identifica as causas geradoras. Nesta situação,
a criatura aprende a andar sobre os próprios passos e, humilde, rever
as ações cometidas, reconhecendo que nelas se encontram as raízes
de sua doença.
Daí o pedido do cego por misericórdia, que implicava piedade,
compaixão e solidariedade por parte de Jesus, a fim de que ele pudesse
“exorcizar os próprios demônios” e não fizesse, a sós, a árdua caminhada
de reconhecimento de faltas.
O clamor emitido traduz-se como um grito que partiu do íntimo
do ser, saturado de profundo sentimento. Mas o cego não ficou
apenas na manifestação desse sentimento. Modificado pela presença
do Mestre, identificou nele o Salvador e, por isso, suplicou-lhe a assistência
espiritual de que carecia para progredir.
Por outro lado, a multidão que seguia Jesus não se apercebia
da transformação e das necessidades operadas no cego, por isso “os
que iam passando repreendiam-no para que se calasse”.
Quão desavisada
é, às vezes, a criatura ao interpor obstáculos nos processos de
auxílio, dificultando ou criando empecilhos à melhoria de alguém
necessitado!
Jesus, porém, por conhecer as imperfeições de todos nós, ignora
as dificuldades impostas e volta-se para o enfermo, “dizendo: que queres
que te faça?” O cego, por sua vez, consciente do mal que o aflingia,
responde-lhe: “Senhor, que eu veja”. Este pedido pode, evidentemente,
ser interpretado, de forma literal, como alguém que sendo cego, do
ponto de vista físico, deseja enxergar. Todavia, não podemos esquecer
que os ensinamentos do Evangelho destinam-se, eminentemente à
melhoria do Espírito. Assim, o pedido expresso: “Senhor, que eu veja”,
pode significar auxílio para dilatar a visão espiritual, adquirindo a
capacidade de ter “olhos para ver”.
A maioria das moléstias procede da alma, das profundezas do ser. [...]
Quantas enfermidades pomposamente batizadas pela ciência médica
não passam de estados vibratórios da mente em desequilíbrio?
[...]
Em tese, todas as manifestações mórbidas se reduzem a desequilíbrio,
desequilíbrio esse cuja causa repousa no mundo mental.
“E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou”. São palavras que
confirmam a cura realizada, e que transmitem valiosa lição: a partir
daquele ponto, o Espírito teria condições para discernir, enxergando
com mais lucidez, e, consequentemente, fazer escolhas mais acertadas.
A propósito, esclarece Emmanuel, com sabedoria:
A atitude do cego de Jericó representa padrão elevado a todo discípulo
sincero do Evangelho.
O enfermo de boa vontade procura primeiramente o Mestre, diante da
multidão. Em seguida à cura, acompanha Jesus, glorificando a Deus. E
todo o povo, observando o benefício, a gratidão e a fidelidade reunidos,
volta-se para a confiança no divino Poder.
[...]
É óbvio que o mundo inteiro reclama visão com o Cristo, mas não
basta ver simplesmente; os que se circunscrevem ao ato de enxergar
podem ser bons narradores, excelentes estatísticos, entretanto, para ver
e glorificar o Senhor é indispensável marchar nas pegadas do Cristo,
escalando, com Ele, a montanha do trabalho e do testemunho." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
545. Pode, alguma vez, o general ser guiado por uma espécie de dupla vista, por uma visão intuitiva, que lhe
mostre de antemão o resultado de seus planos?
“Isso se dá amiúde com o homem de gênio. É o que ele
chama inspiração e o que faz que obre com uma espécie de
certeza. Essa inspiração lhe vem dos Espíritos que o dirigem,
os quais se aproveitam das faculdades de que o vêem
dotado.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
Nenhum comentário:
Postar um comentário