“Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não
endureçais os vossos corações.” - Paulo - ( Hebreus, 3:15 )
Amados irmãos, bom dia!
"Aqui, todavia, nos referimos à criatura medianamente esclarecida. Todos os pequenos maus hábitos, aparentemente inexpressivos, devem ser
muito bem extirpados pelos seus portadores que, desde a Terra, já disponham de
algum conhecimento da vida espiritual, porque um dos maiores tormentos para a
alma desencarnada, de algum modo instruída sobre os caminhos que se desdobram
além da morte, é sentir, nos círculos de matéria sublimada, flores e trevas, luz e lama
dentro de si mesma." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
E eis que um homem da multidão clamou, dizendo, Mestre, peço-te
que olhes para meu filho, porque é o único que eu tenho. Eis que um Espírito o
toma, e de repente clama, e o despedaça até espumar; e só o larga depois de o ter
quebrantado. E roguei aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam.
E Jesus, respondendo, disse: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei
ainda convosco e vos sofrerei? Traze-me cá o teu filho. E, quando vinha chegando,
o demônio o derribou e convulsionou; porém Jesus repreendeu o Espírito
imundo, e curou o menino, e o entregou a seu pai (Lc 9: 38-42).
"Este texto evangélico evidencia um processo obsessivo mais grave, do
tipo subjugação. O enfermo é portador de uma afecção mental, semelhante à
epilepsia, em razão do domínio do Espírito, que o subjuga e o atormenta. Este
caso, também narrado por Mateus e Marcos, é peculiar porque os discípulos de Jesus não conseguiram curar o enfermo, libertando-o do obsessor. Indagado
a respeito, Jesus faz duas colocações de suma importância, relatadas por um
ou outro evangelista:
a) os discípulos não curaram o epilético, subjugado por
um Espírito malévolo, “por causa da pouca fé” (Mt 17:20);
b) neste tipo de
obsessão, o Espírito perseguidor só é afastado “por oração e jejum” (Mt 17:21
e Mc 9:29).
Os Espíritos endurecidos são perseguidores implacáveis, vingadores que
não se compadecem de suas vítimas, daí não serem convencidos com facilidade.
O trato com eles exige paciência e perseverança, uma vez que o senso moral lhes
é reduzido. Em geral, «[...] não atendem às exortações, não aceitam conselhos,
não obedecem a razões e não há sentimento, por mais generoso que seja que os
comova.»
As subjugações espirituais vinculam-se a ações passadas, desta ou de
outras existências, cuja mágoa e ódio mantêm ligados obsessor e obsidiado.
Quase sempre a obsessão exprime vingança tomada por um Espírito e cuja origem
frequentemente se encontra nas relações que o obsidiado manteve com o obsessor, em
precedente existência. Nos casos de obsessão grave, o obsidiado fica como que envolto
e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os
repele. É daquele fluido que importa desembaraçá-lo. Ora, um fluido mau não pode ser
eliminado por outro igualmente mau. Por meio de ação idêntica à do médium curador,
nos casos de enfermidade, preciso se faz expelir um fluido mau com o auxílio de um
fluido melhor. Nem sempre, porém, basta esta ação mecânica; cumpre, sobretudo, atuar
sobre o ser inteligente, ao qual é preciso se possua o direito de falar com autoridade,
que, entretanto, falece a quem não tenha superioridade moral. Quanto maior esta for,
tanto maior também será aquela. Mas, ainda não é tudo: para assegurar a libertação da
vítima, indispensável se torna que o Espírito perverso seja levado a renunciar aos seus
maus desígnios [...]." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
539. A produção de certos fenômenos, das tempestades, por
exemplo, é obra de um só Espírito, ou muitos se reúnem, formando grandes massas, para produzi-los?
“Reúnem-se em massas inumeráveis.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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