“Mas, se pelo espírito mortificardes as obras da carne, vivereis.” - Paulo - ( Romanos, 8:13 )
Amados irmãos, bom dia!
"Bem aventurado o homem que segue vida a fora em espírito!
Para ele, a morte aflitiva não é mais que alvorada de novo dia, sublime
transformação e alegre despertar!" -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
"Antes da fundação do Papado, em 607, as forças espirituais se viram
compelidas a um grande esforço no combate contra as sombras que
ameaçavam todas as consciências. Muitos emissários do Alto tomam
corpo entre as falanges católicas no intuito de regenerar os costumes
da Igreja. Embalde, porém, tentam operar o retorno de Roma aos
braços do Cristo, conseguindo apenas desenvolver o máximo de seus
esforços no penoso trabalho de arquivar experiências para gerações
vindouras.
Numerosos Espíritos reencarnam com as mais altas delegações
do plano invisível. Entre esses missionários, veio aquele que
se chamou Maomé, ao nascer em Meca no ano 570. Filho da tribo
dos Coraixitas, sua missão era reunir todas as tribos árabes sob a luz
dos ensinos cristãos, de modo a organizar-se na Ásia um movimento
forte de restauração do Evangelho do Cristo, em oposição aos abusos
romanos, no ambiente da Europa.
Maomé, contudo, pobre e humilde
no começo de sua vida, que deveria ser de sacrifício e exemplificação,
torna-se rico após o casamento com Khadidja e não resiste ao assédio
dos Espíritos da sombra, traindo nobres obrigações espirituais com as
suas fraquezas. Dotado de grandes faculdades mediúnicas inerentes
ao desempenho dos seus compromissos, muitas vezes foi aconselhado
por seus mentores do Alto, nos grandes lances de sua existência,
mas não conseguiu triunfar das inferioridades humanas. É por essa
razão que o missionário do Islã deixa entrever, nos seus ensinos,
flagrantes contradições. A par do perfume cristão se evola de muitas
das suas lições, há um espírito belicoso, de violência e de imposição;
junto da doutrina fatalista encerrada no Alcorão, existe a doutrina da
responsabilidade individual, divisando-se através de tudo isso uma imaginação superexcitada pelas forças do bem e do mal, num cérebro
transviado do verdadeiro caminho. Por essa razão o Islamismo, que
poderia representar um grande movimento de restauração do ensino
de Jesus, corrigindo desvios do Papado nascente, assinalou mais uma
vitória das Trevas contra a Luz e cujas raízes era necessário extirpar.
Certas práticas, impostas por Maomé, não encontraram apoio
na revelação islâmica.
Maomé, nas recordações do dever que o trazia à Terra, lembrando os
trabalhos que lhe competiam na Ásia, a fim de regenerar a Igreja para
Jesus, vulgarizou a palavra infiel, entre as várias famílias do seu povo, designando
assim os árabes que lhe eram insubmissos, quando a expressão
se aplicava, perfeitamente, aos sacerdotes transviados do Cristianismo.
Com o seu regresso ao plano espiritual, toda a Arábia estava submetida
à sua doutrina, pela força da espada; e, todavia os seus continuadores
não se deram por satisfeitos com semelhantes conquistas. Iniciaram no
exterior as “guerras santas’’, subjugando toda a África setentrional, no fim
do século VII. Nos primeiros anos do século atravessaram o estreito de
Gibraltar, estabelecendo-se na Espanha, em vista da escassa resistência
dos visigodos atormentados pela separação, e somente não seguiram
o além dos Pirineus porque o plano espiritual assinalara um limite às
suas operações, encaminhando Carlos Martel para as vitórias de 732.
Importa considerar que Ismael, guia espiritual do Brasil, filho de
Hagar e Abraão, deu origem à descendência árabe, assim como Isaque,
filho de Abraão com a judia Sara, formou a raça judaica. Ambos, Ismael
e Isaque são aparentados, portanto, de Maomé.
Narra Humberto de Campos que Jesus, dirigindo-se a Ismael,
um dos seus mais elevados mensageiros do Orbe, teria dito:
Ismael, manda o meu coração que doravante sejas o zelador dos
patrimônios imortais que constituem a Terra do Cruzeiro. Recebe-a nos teus braços de trabalhador devotado da minha seara, como a
recebi no coração, obedecendo a sagradas inspirações do nosso Pai.
Reúne as incansáveis falanges do Infinito, que cooperam nos ideais
sacrossantos de minha doutrina, e inicia, desde já, a construção da
pátria do meu ensinamento. Para aí transplantei a árvore da minha
misericórdia e espero que a cultives com a tua abnegação e com o teu
sublimado heroísmo. Ela será a doce paisagem dilatada do Tiberíades,
que os homens aniquilaram na sua voracidade de carnificina. Guarda este símbolo da paz e inscreve na sua imaculada pureza o lema da tua
coragem e do teu propósito de bem servir à causa de Deus e, sobretudo,
lembra-te sempre de que estarei contigo no cumprimento dos teus
deveres, com os quais abrirás para a humanidade dos séculos futuros
um caminho novo, mediante a sagrada revivescência do Cristianismo.
Ismael recebe o lábaro bendito das mãos compassivas do Senhor,
banhado em lágrimas de reconhecimento, e, como se entrara em ação
o impulso secreto da sua vontade, eis que a nívea bandeira tem agora
uma insígnia. Na sua branca substância, uma tinta celeste inscrevera
o lema imortal: “Deus, Cristo e Caridade’’. Todas as almas ali reunidas
entoam um hosana melodioso e intraduzível à sabedoria do Senhor
do Universo. São vibrações gloriosas da espiritualidade, que se elevam
pelos espaços ilimitados, louvando o artista inimitável e o matemático
supremo de todos os sóis e de todos os mundos.
Todas as suas realizações e todos os seus feitos, forros dos miseráveis
troféus de glorias sanguinolentas, tiveram suas origens profundas
no plano espiritual, de onde Jesus, pelas mãos carinhosas de Ismael,
acompanha desveladamente a evolução da pátria extraordinária, em
cujos céus fulguram as estrelas da cruz. São elas, ainda um grito de fé
e de esperança aos que estacionam no meio do caminho." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
269. Pode o Espírito enganar-se quanto à eficiência da
prova que escolheu?
“Pode escolher uma que esteja acima de suas forças e
sucumbir. Pode também escolher alguma que nada lhe aproveite,
como sucederá se buscar vida ociosa e inútil. Mas, então,
voltando ao mundo dos Espíritos, verifica que nada ganhou
e pede outra que lhe faculte recuperar o tempo perdido.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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