“Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e o Cristo te esclarecerá.” - Paulo - ( Efésios, 5:14 )
Amados irmãos, bom dia!
"Grandes massas, supostamente religiosas, vão sendo conduzidas, através
das circunstâncias de cada dia, quais fileiras de sonâmbulos inconscientes. Fala-se
em Deus, em fé e em espiritualidade, qual se respirassem na estranha atmosfera de
escuro pesadelo. Sacudidas pela corrente incessante do rio da vida, rolam no turbilhão dos
acontecimentos, enceguecidas, dormentes e semimortas até que despertem e se
levantem, através do esforço pessoal, a fim de que o Cristo as esclareça." -( O Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
"Os Anais de Tacitus nos informam que na noite de 18 para 19 de
julho do ano de 64, três quartos da cidade de Roma foram devastados
por um incêndio que só seria dominado seis dias depois. Acusado da
autoria do incêndio, o imperador Nero não só nega como responsabiliza
os cristãos pelo atentado. Assim, na noite de 15 de agosto de 64,
vários cristãos são punidos no circo de Nero — situado no local onde
hoje se ergue a basílica de São Pedro —, reduzidos a tochas vivas que
serviram de iluminação à realização dos jogos e das diversões que se
seguiram ao suplício.
A partir desse acontecimento, as perseguições se tornaram corriqueiras
por mais de dois séculos consecutivos, nos governos de Domiciano
(81–96) a Diocleciano (184–302). A despeito dos suplícios e toda a sorte
de infelicidades, o número de cristãos aumentava, dia após dia, ao longo
dos anos. Em meados do século III, mais de um funcionário do Império
é convertido ao Cristianismo. “Nós enchemos os campos, as cidades, o
Fórum, o Senado, o Palácio”, escrevia o orgulhoso Tertuliano.
É importante considerar que nessa época começou a surgir a
palavra católico associada aos cristãos. O cognitivo católica (ou católico), significando universal, foi incorporado às ações e aos escritos
das igrejas do Ocidente (romana) e do Oriente (ortodoxa).
O termo “católico’’ foi utilizado antes da Era Cristã por alguns escritores
(Aristóteles, Zanão, Políbio), com o sentido de universal, oposto
a particular. Não aparece na Bíblia, nem no Antigo nem no Novo
Testamento, embora nela se encontre, como conceito fundamental, a
ideia de universalidade da salvação [...]. Aplicado à Igreja [romana e
ortodoxa], o termo aparece, pela primeira vez, por volta do ano 105
d.C., na carta de Inácio, bispo de Antioquia, aos erminenses.
Os escritores cristãos posteriores passaram a empregar o substantivo
catholica como sinônimo de igreja cristã, associando a essa palavra
as ideias de universalidade geográfica e de unidade de fé. Entretanto,
somente com o Concílio Ecumênico de Constantinopla (no ano 381) foi,
oficialmente, aplicada às igrejas romana e ortodoxa a designação “católica”. Este qualificativo, considerado como artigo de fé, assim deve ser
entendido e aceito pelos fiéis: Creio na una, santa, católica e apostólica
Igreja. Com a reforma protestante, e pela determinação do Concílio de
Trento (em 1571), restringiu-se o significado à expressão “católica’’, que
passou a designar, especialmente, a igreja de Roma. À denominação
“igreja católica’’ acrescentou-se a palavra “romana’’.
As primeiras raízes do catolicismo surgem, provavelmente, no
governo do imperador Valeriano (253–260) que promoveu impiedoso
ataque contra as comunidades cristãs, buscando atingir, em especial, os
seus líderes religiosos — bispos, padres e diáconos —, com o propósito
de eliminar a fé cristã do império.
A doutrina cristã, todavia, encontrara nas perseguições os seus melhores
recursos de propaganda e de expansão. Seus princípios generosos
encontravam guarida em todos os corações, seduzindo a consciência
de todos os estudiosos de alma livre e sincera. Observa-se-lhe a
influência no segundo século, em quase todos os departamentos da
atividade intelectual, com largos reflexos na legislação e nos costumes.
Tertuliano apresenta a sua apologia do Cristianismo, provocando admiração
e respeito gerais. Clemente de Alexandria e Orígenes surgem
com a sua palavra autorizada, defendendo a filosofia cristã, e com eles
levanta-se um verdadeiro exército de vozes que advogam a causa da
verdade e da justiça, da redenção e do amor.
O trauma resultante das perseguições impeliu os cristãos a desenvolverem
estratégias que, de certa forma, pudessem neutralizar os
constantes ataques de que eram vítimas. Delineia-se, então, a partir
desse período, uma organização institucional que será conhecida como
a monarquia papal. Importa considerar que a organização da Igreja
Católica nos conduz, necessariamente, à organização da igreja cristã
primitiva, em Roma, que, por sua vez, reflete a estrutura organizacional
das sinagogas. Originalmente, a igreja cristã consistia de uma
constelação de igrejas independentes cujos adeptos se “[...] reuniam
nas casas dos membros abastados da comunidade. Cada uma dessas
casas contava com seus próprios líderes, os anciãos ou “presbíteros”.
Os membros da igreja eram, na maioria, imigrantes, escravos e
pessoas livres. Essa diversidade cultural favorecia a existência de uma
malha de rituais e de doutrinas confusas e conflitantes, ortodoxas e
heréticas (pagãs). Diante desse panorama — perseguições de um lado,
conflitos doutrinários de outro —, foi natural a aceitação, pelos cristãos
de Roma, do “episcopado monárquico”.
Esse episcopado, que antecede a monarquia papal, determinou
que a direção da igreja romana caberia a um bispo, sistema oposto
ao existente de administração da igreja por um colégio de anciãos,
comuns nas demais igrejas cristãs do Império. A administração por
parte dos anciãos estava fundamentada nos preceitos da assembleia
(ecklesia), herdados das tradições judaicas." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
255. Quando um Espírito diz que sofre, de que natureza é o
seu sofrimento?
“Angústias morais, que o torturam mais dolorosamente
do que todos os sofrimentos físicos.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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