sábado, 29 de outubro de 2016

A reforma protestante


“Quero,  pois,  que  os  homens  orem  em  todo  lugar,  levantando mãos santas, sem ira nem contenda.”  - Paulo - ( I Timóteo, 2:8 )




Amados irmãos, bom dia!
"Alguns aprendizes desejarão lobrigar no texto apenas uma exortação às atitudes de louvor; no entanto, o convertido de Damasco  esclarece que devemos levantar mãos santas em todo lugar, sem ira nem contenda.
Se desejas aplicar o raciocínio a ti próprio, repara, antes de tudo, se a tua realização vai prosseguindo sem cólera destrutiva e sem demandas inúteis." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-







"No século XVI uma grande revolução eclesiástica ocorreu na Europa Ocidental, levando a mudanças consideráveis na esfera religiosa que, durante todo o período medieval, estivera sob o domínio da Igreja Católica. Essa revolução nas mentalidades teve tanto causas políticas como religiosas. Muitos monarcas estavam insatisfeitos com o enorme poder que o papa exercia no mundo, ao mesmo tempo que muitos teólogos criticavam a doutrina e as práticas da Igreja, sua atitude para com a fé e seu feitio organizacional. 

Ideias e razões distintas deram origem a diversas comunidades eclesiais novas. 

» Na Inglaterra, o rei Henrique VIII rompeu com o papa porque este se negou a lhe dar permissão para que se divorciasse. O rei se tornou, então, chefe da Igreja da Inglaterra (Igreja Anglicana). Não houve cisma, mas a Igreja da Inglaterra aos poucos foi adotando várias ideias da Reforma. Hoje, o anglicanismo é uma Igreja que engloba diferentes tendências e até mesmo seitas [...]. 

» Foi um monge alemão, Martinho Lutero, o maior responsável por esse conflito teológico. Ele deu forte destaque à fé e à palavra (a Bíblia), como elementos mais significativos. Diversos príncipes eleitores, nobres governantes alemães, insatisfeitos com o poder do papa, apoiaram Lutero e transformaram as igrejas de seus próprios domínios em igrejas estatais, partindo do princípio de que a religião do eleitor também era a de seus súditos. 

» Os reformadores suíços Calvino e Zuínglio defendiam um rompimento mais radical com o Catolicismo. Davam menos valor ao batismo e à eucaristia do que os católicos e os luteranos, mas julgavam vital mexer na organização da Igreja. Queriam seguir aquilo que consideravam os preceitos do Novo Testamento. A Igreja é dirigida por representantes eleitos que, juntamente com os ministros, constituem a Assembleia Geral. Esta é conhecida como presbitério (da palavra grega que significa “conselho dos anciãos’’), e por isso a Igreja reformada é chamada presbiteriana. Essa Igreja logo se tornou a principal seita protestante em países cujos soberanos não instituíram o Cristianismo como religião do Estado; por exemplo, Holanda, Suíça e Escócia.

O Espiritismo, por meio de informações apresentadas por Emmanuel, revela: A Reforma e os movimentos que se lhe seguiram vieram ao mundo com a missão especial de exumar a ‘‘letra’’ dos Evangelhos, enterrada até então nos arquivos da intolerância clerical, nos seminários e nos conventos, a fim de que, depois da sua tarefa, pudesse o Consolador prometido, pela voz do Espiritismo cristão, ensinar aos homens o ‘‘espírito divino’’ de todas as lições de Jesus.

A Reforma Protestante provocou profundos e irreversíveis impactos na Igreja Católica. Por ocasião dos primeiros protestos contra o fausto desmedido dos príncipes da Igreja, ocupava a cadeira pontifícia Leão X, cuja vida mundana impressionava desagradavelmente os espíritos sinceramente religiosos. Sob a sua direção criara-se, em 1518, o célebre ‘‘Livro das Taxas da Sagrada Chancelaria e da Sagrada Penitenciaria Apostólica’’, onde se encontrava estipulado o preço de absolvição para todos os pecados, para todos os adultérios, inclusive os crimes hediondos. Tais rebaixamentos da dignidade eclesiástica ambientaram as pregações de Lutero e seus companheiros de apostolado. De nada valeram as perseguições e as ameaças ao eminente frade agostiniano.

O protestantismo foi um movimento que surgiu, no século XVI, para conter os abusos do clero católico, sobretudo em relação às indulgências. Embora rompessem com a Igreja, os reformadores não pensaram estar criando uma nova Igreja. Em vez disso, sustentavam a necessidade de recolocar a igreja cristã em suas verdadeiras bases. Levados à ação quase sempre em virtude de abusos e distorções da vida eclesiástica no período medieval, logo compreenderam, no entanto, que a sua interpretação do Evangelho era radicalmente diferente da sustentada pela Igreja existente. Baldados seus esforços para renová-la, não tiveram outro recurso senão constituir instituição independente da que consideravam sob ‘‘o jugo romano’’. A história do protestantismo, portanto, deve começar com uma compreensão dessa tentativa da recuperação, segundo se entendia, da vida da Igreja à luz do Evangelho, dentro, contudo, do contexto sociocultural do período medieval.

Outros fatos históricos foram decisivos para a ocorrência da Reforma Protestante. A [...] derrocada do feudalismo e o surgimento de classes médias ocupadas com o comércio e a indústria criaram um novo setor na sociedade, independente da influência direta da Igreja. A imprensa foi inventada em meados do século XV e na última década do mesmo século Colombo descobria o Novo Mundo. Nos mesmos dias em que Magalhães circunavegava o globo (1519–1522). [...] Pequenos povoados se convertiam em centros urbanos onde os homens já não dependiam da agricultura para sua sobrevivência. Embora a Igreja ainda fosse poder dominador, muitas forças novas, além do trabalho dos reformadores, estavam operando para derrocar seu domínio sobre os homens." -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos






271. Estudando, na erraticidade, as diversas condições em que poderá progredir, como pensa o Espírito consegui-lo, nascendo, por exemplo, entre canibais? 

“Entre canibais não nascem Espíritos já adiantados, mas Espíritos da natureza dos canibais, ou ainda inferiores aos destes.” 

Sabemos que os nossos antropófagos não se acham no último degrau da escala espiritual e que mundos há onde a bruteza e a ferocidade não têm analogia na Terra. Os Espíritos que aí encarnam são, portanto, inferiores aos mais ínfimos que no nosso mundo encarnam. Para eles, pois, nascer entre os nossos selvagens representa um progresso, como progresso seria, para os antropófagos terrenos, exercerem entre nós uma profissão que os obrigasse a fazer correr sangue. Não podem pôr mais alto suas vistas, porque sua inferioridade moral não lhes permite compreender maior progresso. O Espírito só gradativamente avança. Não lhe é dado transpor de um salto a distância que da civilização separa a barbárie e é esta uma das razões que nos mostram ser necessária a reencarnação, que verdadeiramente corresponde à justiça de Deus. De outro modo, que seria desses milhões de criaturas que todos os dias morrem na maior degradação, se não tivessem meios de alcançar a superioridade? Por que os privaria Deus dos favores concedidos aos outros homens?




Que a graça e a paz sejam conosco!

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