“Quero, pois, que os homens orem em todo lugar,
levantando mãos santas, sem ira nem contenda.” - Paulo - ( I Timóteo, 2:8 )
Amados irmãos, bom dia!
"Alguns aprendizes desejarão lobrigar no texto apenas uma exortação às
atitudes de louvor; no entanto, o convertido de Damasco esclarece que devemos
levantar mãos santas em todo lugar, sem ira nem contenda.
Se desejas aplicar o raciocínio a ti próprio, repara, antes de tudo, se a tua
realização vai prosseguindo sem cólera destrutiva e sem demandas inúteis." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
"No século XVI uma grande revolução eclesiástica ocorreu na Europa
Ocidental, levando a mudanças consideráveis na esfera religiosa que,
durante todo o período medieval, estivera sob o domínio da Igreja
Católica. Essa revolução nas mentalidades teve tanto causas políticas
como religiosas. Muitos monarcas estavam insatisfeitos com o enorme
poder que o papa exercia no mundo, ao mesmo tempo que muitos
teólogos criticavam a doutrina e as práticas da Igreja, sua atitude para
com a fé e seu feitio organizacional.
Ideias e razões distintas deram
origem a diversas comunidades eclesiais novas.
» Na Inglaterra, o rei Henrique VIII rompeu com o papa porque este
se negou a lhe dar permissão para que se divorciasse. O rei se tornou,
então, chefe da Igreja da Inglaterra (Igreja Anglicana). Não houve
cisma, mas a Igreja da Inglaterra aos poucos foi adotando várias ideias
da Reforma. Hoje, o anglicanismo é uma Igreja que engloba diferentes
tendências e até mesmo seitas [...].
» Foi um monge alemão, Martinho Lutero, o maior responsável por esse
conflito teológico. Ele deu forte destaque à fé e à palavra (a Bíblia),
como elementos mais significativos. Diversos príncipes eleitores, nobres
governantes alemães, insatisfeitos com o poder do papa, apoiaram
Lutero e transformaram as igrejas de seus próprios domínios em igrejas
estatais, partindo do princípio de que a religião do eleitor também era
a de seus súditos.
» Os reformadores suíços Calvino e Zuínglio defendiam um rompimento
mais radical com o Catolicismo. Davam menos valor ao
batismo e à eucaristia do que os católicos e os luteranos, mas julgavam
vital mexer na organização da Igreja. Queriam seguir aquilo
que consideravam os preceitos do Novo Testamento. A Igreja é dirigida
por representantes eleitos que, juntamente com os ministros,
constituem a Assembleia Geral. Esta é conhecida como presbitério (da palavra grega que significa “conselho dos anciãos’’), e por isso
a Igreja reformada é chamada presbiteriana. Essa Igreja logo se
tornou a principal seita protestante em países cujos soberanos não
instituíram o Cristianismo como religião do Estado; por exemplo,
Holanda, Suíça e Escócia.
O Espiritismo, por meio de informações apresentadas por
Emmanuel, revela:
A Reforma e os movimentos que se lhe seguiram vieram ao mundo
com a missão especial de exumar a ‘‘letra’’ dos Evangelhos, enterrada
até então nos arquivos da intolerância clerical, nos seminários e nos
conventos, a fim de que, depois da sua tarefa, pudesse o Consolador
prometido, pela voz do Espiritismo cristão, ensinar aos homens o
‘‘espírito divino’’ de todas as lições de Jesus.
A Reforma Protestante provocou profundos e irreversíveis
impactos na Igreja Católica.
Por ocasião dos primeiros protestos contra o fausto desmedido
dos príncipes da Igreja, ocupava a cadeira pontifícia Leão X, cuja
vida mundana impressionava desagradavelmente os espíritos
sinceramente religiosos. Sob a sua direção criara-se, em 1518,
o célebre ‘‘Livro das Taxas da Sagrada Chancelaria e da Sagrada
Penitenciaria Apostólica’’, onde se encontrava estipulado o preço
de absolvição para todos os pecados, para todos os adultérios,
inclusive os crimes hediondos. Tais rebaixamentos da dignidade
eclesiástica ambientaram as pregações de Lutero e seus companheiros
de apostolado. De nada valeram as perseguições e as ameaças
ao eminente frade agostiniano.
O protestantismo foi um movimento que surgiu, no século
XVI, para conter os abusos do clero católico, sobretudo em relação
às indulgências.
Embora rompessem com a Igreja, os reformadores não pensaram
estar criando uma nova Igreja. Em vez disso, sustentavam a necessidade
de recolocar a igreja cristã em suas verdadeiras bases. Levados
à ação quase sempre em virtude de abusos e distorções da vida
eclesiástica no período medieval, logo compreenderam, no entanto,
que a sua interpretação do Evangelho era radicalmente diferente da sustentada pela Igreja existente. Baldados seus esforços para
renová-la, não tiveram outro recurso senão constituir instituição
independente da que consideravam sob ‘‘o jugo romano’’. A história
do protestantismo, portanto, deve começar com uma compreensão
dessa tentativa da recuperação, segundo se entendia, da vida da Igreja
à luz do Evangelho, dentro, contudo, do contexto sociocultural do
período medieval.
Outros fatos históricos foram decisivos para a ocorrência da
Reforma Protestante.
A [...] derrocada do feudalismo e o surgimento de classes médias
ocupadas com o comércio e a indústria criaram um novo setor na
sociedade, independente da influência direta da Igreja. A imprensa
foi inventada em meados do século XV e na última década do mesmo
século Colombo descobria o Novo Mundo. Nos mesmos dias em
que Magalhães circunavegava o globo (1519–1522). [...] Pequenos
povoados se convertiam em centros urbanos onde os homens já não
dependiam da agricultura para sua sobrevivência. Embora a Igreja
ainda fosse poder dominador, muitas forças novas, além do trabalho
dos reformadores, estavam operando para derrocar seu domínio
sobre os homens." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
271. Estudando, na erraticidade, as diversas condições em
que poderá progredir, como pensa o Espírito consegui-lo,
nascendo, por exemplo, entre canibais?
“Entre canibais não nascem Espíritos já adiantados,
mas Espíritos da natureza dos canibais, ou ainda inferiores
aos destes.”
Sabemos que os nossos antropófagos não se acham no último
degrau da escala espiritual e que mundos há onde a bruteza
e a ferocidade não têm analogia na Terra. Os Espíritos que aí encarnam são, portanto, inferiores aos mais ínfimos que no nosso
mundo encarnam. Para eles, pois, nascer entre os nossos selvagens
representa um progresso, como progresso seria, para os
antropófagos terrenos, exercerem entre nós uma profissão que
os obrigasse a fazer correr sangue. Não podem pôr mais alto suas
vistas, porque sua inferioridade moral não lhes permite compreender
maior progresso. O Espírito só gradativamente avança. Não
lhe é dado transpor de um salto a distância que da civilização
separa a barbárie e é esta uma das razões que nos mostram ser
necessária a reencarnação, que verdadeiramente corresponde à
justiça de Deus. De outro modo, que seria desses milhões de criaturas
que todos os dias morrem na maior degradação, se não
tivessem meios de alcançar a superioridade? Por que os privaria
Deus dos favores concedidos aos outros homens?
Que a graça e a paz sejam conosco!
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